2012
Roland Emmerich não cansou de destruir o mundo. E os produtores de Hollywood não se cansaram de embarcar em suas idéias mirabolantes. Agora ele se valeu de uma lenda Maia para justificar o cataclisma. O filme é uma grande bobagem, mas quem esperava mais do que isso? Julgando por seus últimos trabalhos, era mesmo de se esperar um roteiro pífio, muita mentira, clichês absurdos, melodrama barato e explosões mil. Então, acho que o filme cumpre o propósito. Quem foi conferir não deveria reclamar do óbvio. É o típico pipoca pulando, não é para se levar a sério.
Dito isso, fica até complicado uma análise mais profunda. 2012 praticamente não tem história, é uma correria só, estilo salve-se quem puder, sem faltar um super herói quase imortal, um maluco anunciando o fim do mundo, um cachorro Highlander, um presidente dos Estados Unidos liderando as ações mundiais, os assessores inescrupulosos que só querem salvar a si mesmos e os éticos que se incomodam com isso. Vale ressaltar que o presidente é negro, tal qual o atual chefe de Estado do momento, Obama. E que o maluco que anuncia o fim do mundo é até uma variação interessante, com uma rádio pirata, um blog e algumas teorias que dão o único embasamento para a teoria Maia expressa no título do filme.
O forte é mesmo os efeitos especiais. Não há nada de novo, mas tudo é muito realístico e bem feito. A forma como a Califórnia é destruída impressiona. A grande onda no Himalaia também. O Rio de Janeiro é visto por uma televisão, em cenas muito rápidas, mesmo assim, é interessante perceber que o Brasil já está sendo lembrado por Hollywood. A erupção vulcânica é grandiosa, deixando O inferno de Dante no chinelo.
Em contrapartida, as tais arcas de Noé high tech poderiam ser um pouco mais criativas, parecem submarinos gigantes. Fica, então, a pergunta, por que tão poucos foram feitos? A correria no momento-chave lembra o Titanic, mas aí já estou falando demais e vai acabar virando um grande spoiler. Outro detalhe que não passou despercebido foi dizerem que as Olimpíadas de Londres foram interrompidas devido às catástrofes, mas... tudo não acontece em Dezembro? As olimpíadas ocorrem em Julho e Agosto. Talvez seja demais pedir coerência em qualquer coisa que seja.
O fato é que 2012 é o que parece, uma correria cheia de efeitos especiais e muita mentira. Diversão pura, se você for com esse espírito. Se procura um filme com conceito, não vá, pois vai acabar se irritando.
Dito isso, fica até complicado uma análise mais profunda. 2012 praticamente não tem história, é uma correria só, estilo salve-se quem puder, sem faltar um super herói quase imortal, um maluco anunciando o fim do mundo, um cachorro Highlander, um presidente dos Estados Unidos liderando as ações mundiais, os assessores inescrupulosos que só querem salvar a si mesmos e os éticos que se incomodam com isso. Vale ressaltar que o presidente é negro, tal qual o atual chefe de Estado do momento, Obama. E que o maluco que anuncia o fim do mundo é até uma variação interessante, com uma rádio pirata, um blog e algumas teorias que dão o único embasamento para a teoria Maia expressa no título do filme.
O forte é mesmo os efeitos especiais. Não há nada de novo, mas tudo é muito realístico e bem feito. A forma como a Califórnia é destruída impressiona. A grande onda no Himalaia também. O Rio de Janeiro é visto por uma televisão, em cenas muito rápidas, mesmo assim, é interessante perceber que o Brasil já está sendo lembrado por Hollywood. A erupção vulcânica é grandiosa, deixando O inferno de Dante no chinelo.
Em contrapartida, as tais arcas de Noé high tech poderiam ser um pouco mais criativas, parecem submarinos gigantes. Fica, então, a pergunta, por que tão poucos foram feitos? A correria no momento-chave lembra o Titanic, mas aí já estou falando demais e vai acabar virando um grande spoiler. Outro detalhe que não passou despercebido foi dizerem que as Olimpíadas de Londres foram interrompidas devido às catástrofes, mas... tudo não acontece em Dezembro? As olimpíadas ocorrem em Julho e Agosto. Talvez seja demais pedir coerência em qualquer coisa que seja.
O fato é que 2012 é o que parece, uma correria cheia de efeitos especiais e muita mentira. Diversão pura, se você for com esse espírito. Se procura um filme com conceito, não vá, pois vai acabar se irritando.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
2012
2010-01-06T08:12:00-03:00
Amanda Aouad
acao|aventura|critica|Danny Glover|John Cusack|Roland Emmerich|
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