Wall-E e Eva: robôs também amam
Continuando nossos especiais do mês de junho em homenagem ao Dia dos Namorados, trago um casal inusitado. Os robôs Wall-E e Eva do filme da Pixar. Uma prova de que o amor é universal e pode ser personificado em qualquer ser ou objeto. Mesmo em máquinas inteligentes.
O grande mistério da construção amorosa aqui está em Wall-E, um robô humanizado e sensível que não sabe explicar o que é o amor, mas o compreende com todo o seu ser. Inspiração é o filme Hello Dolly que ele assiste todos os dias. Especialmente uma cena poética de um entrelaçar de mãos ao pôr do sol. Wall-E busca essa sensação desesperadamente. Ele que vive só naquele planeta devastado, em uma rotina enfadonha. E para não dizer que vive completamente só, tem uma barata amiga que o acompanha.
Quando Eva aparece no planeta é como um sonho realizado para o robozinho. Mesmo que tão diferente dele, ela é aquilo que ele aguardava. Há uma "química" entre os personagens. A inocência e insistência de Wall-E vão humanizando Eva. Ela que é um robô moderno, frio, sem nuanças emocionais, vai "amolecendo". Wall-E é um robô especial e isso faz toda a diferença àqueles que começam a conviver com ele.
E é impressionante como a animação nos passa tudo isso com pouquíssimas falas. As expressões de olhar de Wall-E são extremamente bem desenvolvidas. E é no olhar brilhante de Eva que ele encontra as respostas que esperava por todo tempo. Ainda que extremamente improvável, os dois parecem se completar. E quando Wall-E vai atrás de sua amada e acaba com isso, ajudando toda a raça humana, nos dá um prazer imenso. O amor vence tudo.
Queremos sempre acreditar nisso. Projetamos nos personagens e casais amorosos nossos sonhos. Gostamos de ver uma boa história de amor. Por isso, Wall-E e Eva funcionam tão bem em um filme onde, teoricamente, não era para ter enlaces amorosos. São muitas as cenas onde Eva e Wall-E encontram-se e desencontram-se nessa busca eterna pelo encontro com o ser amado. Isso é bonito de ver, de sentir, de acompanhar, de torcer.
Não por acaso, o clímax do filme envolve o casal. Ainda que a questão da humanidade, do recomeço e todas as probabilidades da ficção científica nos envolva, o que sentiríamos se, depois de tudo, Wall-E não tivesse o seu novo despertar? Se ficasse apenas um robô programado para continuar sua coleta diária? Torcemos para que "o amor vença", por mais clichê e piegas que possa parecer.
Queremos as mãos entrelaçadas ao pôr do sol e a troca de olhares apaixonados. Sejam entre humanos, animais ou simples robôs programados. Afinal, o amor pode transformar o mundo. Que Wall-E e Eva possam nos inspirar a nos preocupar um pouquinho mais com o que realmente vale a pena nessa vida.
O grande mistério da construção amorosa aqui está em Wall-E, um robô humanizado e sensível que não sabe explicar o que é o amor, mas o compreende com todo o seu ser. Inspiração é o filme Hello Dolly que ele assiste todos os dias. Especialmente uma cena poética de um entrelaçar de mãos ao pôr do sol. Wall-E busca essa sensação desesperadamente. Ele que vive só naquele planeta devastado, em uma rotina enfadonha. E para não dizer que vive completamente só, tem uma barata amiga que o acompanha.
Quando Eva aparece no planeta é como um sonho realizado para o robozinho. Mesmo que tão diferente dele, ela é aquilo que ele aguardava. Há uma "química" entre os personagens. A inocência e insistência de Wall-E vão humanizando Eva. Ela que é um robô moderno, frio, sem nuanças emocionais, vai "amolecendo". Wall-E é um robô especial e isso faz toda a diferença àqueles que começam a conviver com ele.
E é impressionante como a animação nos passa tudo isso com pouquíssimas falas. As expressões de olhar de Wall-E são extremamente bem desenvolvidas. E é no olhar brilhante de Eva que ele encontra as respostas que esperava por todo tempo. Ainda que extremamente improvável, os dois parecem se completar. E quando Wall-E vai atrás de sua amada e acaba com isso, ajudando toda a raça humana, nos dá um prazer imenso. O amor vence tudo.
Queremos sempre acreditar nisso. Projetamos nos personagens e casais amorosos nossos sonhos. Gostamos de ver uma boa história de amor. Por isso, Wall-E e Eva funcionam tão bem em um filme onde, teoricamente, não era para ter enlaces amorosos. São muitas as cenas onde Eva e Wall-E encontram-se e desencontram-se nessa busca eterna pelo encontro com o ser amado. Isso é bonito de ver, de sentir, de acompanhar, de torcer.
Não por acaso, o clímax do filme envolve o casal. Ainda que a questão da humanidade, do recomeço e todas as probabilidades da ficção científica nos envolva, o que sentiríamos se, depois de tudo, Wall-E não tivesse o seu novo despertar? Se ficasse apenas um robô programado para continuar sua coleta diária? Torcemos para que "o amor vença", por mais clichê e piegas que possa parecer.
Queremos as mãos entrelaçadas ao pôr do sol e a troca de olhares apaixonados. Sejam entre humanos, animais ou simples robôs programados. Afinal, o amor pode transformar o mundo. Que Wall-E e Eva possam nos inspirar a nos preocupar um pouquinho mais com o que realmente vale a pena nessa vida.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Wall-E e Eva: robôs também amam
2013-06-09T08:00:00-03:00
Amanda Aouad
animacao|materias|namorados|romance|
Assinar:
Postar comentários (Atom)
cadastre-se
Inscreva seu email aqui e acompanhe
os filmes do cinema com a gente:
os filmes do cinema com a gente:
No Cinema podcast
mais populares do blog
-
Em seu quarto longa-metragem, Damien Chazelle , conhecido por suas incursões musicais de sucesso, surpreende ao abandonar o território da me...
-
Os Batutinhas , lançado em 1994, é uma obra cinematográfica que evoca nostalgia e diversão para aqueles que cresceram assistindo às aventura...
-
Cinco pessoas em uma sala precisam decidir sobre uma obra com questões raciais . Três dessas pessoas são brancas e duas negras. As três prim...
-
Garfield , a icônica criação de Jim Davis , ganhou vida nas telonas em 2004, sob a direção de Peter Hewitt . O filme , baseado nas tirinhas ...
-
Uma família padrão, uma casa dos sonhos, a paz de ter suas necessidades atendidas e sua vida ajustada à expectativa do que prometeu o govern...