Desde a retomada do cinema, o Brasil vem procurando caminhos para chegar ao público. Tivemos a fase dos dramas sociais, do chamado Cine Favela e entramos em uma onda de comédias que parece não ter fim. Atualmente, temos muita coisa interessante no cinema independente, de autor, dos nichos, que encontram pouco espaço no circuito comercial, e assim, pouco público. E temos as comédias que invadem as salas e dão recordes de bilheteria. Essa semana, uma coisa diferente acontece. Entre Nós, o novo filme da O2, dirigido e roteirizado por Paulo Morelli não se enquadra em nenhum desses perfis. É um drama humano, inteligente, bem filmado, com uma ótima direção de atores e um texto envolvente. Com a força da O2 e a distribuição da Paris Filmes, chega a diversas salas em todo o país, não sendo apenas algo restrito. Agora é torcer para dar público e que seja o início de uma nova fase promissora para o nosso cinema.Estreias no cinema:
Direção: Paulo Morelli
Sete amigos marcaram de se reencontrar depois de dez anos para abrir uma caixa enterrada com cartas que eles escreveram para si mesmo no futuro. Porém, muita coisa mudou nesse tempo, inclusive a morte de um deles e esse reencontro trará a toma feridas e segredos.
Thomas: Rapaz, gostei. Filme forte, com bons diálogos, algumas cenas memoráveis. Não sabia que Paulinho Vilhena e Carolina Dieckmann poderiam interpretar tão bem. Aliás, todo o elenco está muito bom, em especial Caio Blat e Martha Nowill.
Direção: Carlos Saldanha
Blu, Jade e seus filhos vão à Amazônia para tentar ajudar Túlio e Linda a encontrarem outras ararinhas azuis vivas. Na floresta, eles são se deparar com uma realidade completamente diferente e ter algumas surpresas.
Thomas: Uma continuação com cara de continuação. Diverte as crianças e tem algumas camadas para adultos, como as diferenças entre Blu e Jade, além da questão ambiental. Mas, não traz nada de realmente novo, exceto pelas músicas.
Outras estreias:
Tudo por justiça (EUA/Reino Unido, 2013), de Scott Cooper
Em busca de Iara (Brasil, 2014), de Flavio Frederico
O Congresso Futurista (França/Israel/Alemanha/Polônia/Luxemburgo/Bélgica, 2013), de Ari Folman
O que há de bom no cinema:
Ninfomaníaca – Volume 2 (Dinamarca/Alemanha/França/ Bélgica/ Reino Unido, 2014)
Direção: Lars von Trier
Continuação da saga de Joe, uma mulher ninfomaníaca, narrada à Seligman, o homem que a resgatou da rua.
Thomas: Aqui dá pra entender melhor o que Lars von Trier queria, principalmente ao ver as auto-referências que ele faz. A mais explícita foi à cena inicial de Anticristo, mas tem outras do próprio Anticristo, de Dogville e até Melancolia. No final, a sensação é de que seria um filme muito melhor. Talvez vendo a versão estendida...
Eles Voltam (Brasil, 2014)
Direção: Marcelo Lordello
Irmãos adolescentes precisam voltar para casa depois de serem deixados na beira da estrada pelos pais.
Thomas: A cena na estrada é impressionante, me deixou sem ar. Pena que depois o filme vai caindo, principalmente na parte final. De qualquer maneira é um belo filme e com ótimos diálogos.
12 Anos de Escravidão (EUA/Reino Unido, 2013)
Direção: Steve McQueen
Um homem liberto é sequestrado, tornando-se novamente escravo e sofrendo as maiores atrocidades na tentativa de resgatar sua liberdade.
Thomas: Forte. Essa é a palavra que melhor define 12 anos de escravidão. Todo homem merece ser livre e ver a forma como um escravo é tratado por seu "dono" é sempre assustador.
Frozen - Uma aventura congelante (EUA, 2013)Direção: Chris Buck e Jennifer Lee
A trama conta a história das irmãs Elsa e Anna. Quando a primeira descobre que seu divertido poder de neve pode ser perigoso, a história da família real é traçada e ainda irá trazer muitos problemas ao reino. Mas, é também uma oportunidade para uma aventura e a constatação de que o amor ainda tem força nesse mundo.
Thomas: Confesso que meus olhos ficaram suados. Pode parecer nonsense, mas adoro também musicais, com o povo cantando e dançando por tudo. E aqui, há criatividade também nos números. Ah, e até que Porchat ficou bem de boneco de neve.
RoboCop (EUA, 2013)Direção: José Padilha
O policial Alex Murphy sofre um acidente que o deixaria incapaz e acaba sendo submetido a uma experiência inédita de misturar homem e máquina em um sistema único criando o Robocop.
Thomas: Padilha não fez um remake simplesmente, mas criou sua própria história a partir do original. O resultado é bom, traz pontos bem interessantes. E é mais light que o primeiro, até Lumi pode ver sem pesadelos.
Inside Llewin Davis: Balada de um Homem Comum (EUA/França, 2013)Direção: Joel e Ethan Cohen
Cantor e compositor sonha em viver de sua música, mas vive de favor entre um sofá e outro de amigos na Nova York dos anos 60.
Thomas: Um filme dos irmãos Coen, com sua ironia nonsense. Não gostei que um dos personagens de destaque é um gato, rs. Acho que poderia ter mais história, mas é interessante a jornada.
Humor
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Classificação: 1 - Péssimo, 2 - Regular, 3 - Bom, 4 - Muito Bom, 5 - Excelente.
