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A importância dos festivais de cinema

Sessão Competitiva Baiana V, exibida no dia 17 de março de 2024, no XIX Panorama Internacional Coisa de Cinema.

Quando uma sala com seis curta-metragens baianos iriam lotar duas salas quase simultâneas e ainda deixar muita gente do lado de fora esperando por um ingresso? Essa é a força e importância de um festival de cinema, a oportunidade de distribuir obras que dificilmente teriam destaque em algum circuito comercial. Mais do que isso, dar a oportunidade de celebrar entre amigos e familiares o sonho de se produzir arte. 

A sessão da Competitiva Baiana V foi a primeira a esgotar no dia. E a única a abrir uma segunda sessão devido a enorme procura. Nela estavam os curtas: Todos os Olhos, de Wayner Tristão, Cobaias Habitam Meu Sonho, de Ramon Coutinho, Camaleoa, de Eduardo Tosta, Por que Não Ensinaram Bixas Pretas a Amar?, de Juan Rodrigues, A Faísca, de Gabriela Monteiro, e 56 Dias, de Lara Carvalho. 

Com exceção de Todos os Olhos (que a equipe não pode comparecer), cada cineasta estava repleto de amigos ao redor, vide a ovação a cada crédito inicial na tela. Nesse ponto, o maior destaque da noite foi mesmo Camaleoa que levou a plateia ao delírio desde o primeiro frame. Já o filme mais aplaudido após a exibição foi 56 Dias. Mas não há como negar que todos tiveram um carinho especial da plateia entre gritos e aplausos, tornando o momento mais emocionante. 

Produzir curta-metragem não é fácil. Ainda que alguns contem com a verba de um edital, a grande maioria trabalha no esquema de guerrilha, por amor à arte e o sonho de dias melhores. É compreensível, então, tamanha euforia. E mais ainda ao perceber que a qualidade das obras apresentadas é bastante consistente. 

Com temáticas e linguagens diversas, a sessão trouxe pontos de conexão entre as obras que trabalharam conceitos como pertencimento, busca por sobrevivência, desafios com mudanças, luta contra preconceitos e por vencer crises financeiras. Cada filme dialogou com a plateia em níveis diversos e foi possível sentir essa conexão para além do interesse pessoal de prestigiar um amigo ou parente. 

De qualquer maneira, foi bonito ver uma sala lotada aplaudindo, vibrando, chorando, tomando susto e rindo com seis filmes baianos. Seis curta-metragens, formato tão pouco valorizado pelo grande público. Que possamos ter mais momentos assim. Mais festivais de cinema e experiências de exibição de obras baianas nas grandes telas.


Sessão Competitiva Baiana V, exibida no dia 17 de março de 2024, no XIX Panorama Internacional Coisa de Cinema.

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