Sem Oscar para Salve Geral
Desde Cidade de Deus que o brasileiro não se vê representado no Oscar. Há quem conteste a importância deste, o que em parte concordo. Afinal é uma festa americana em que os estrangeiros são apenas figurantes de uma categoria especial que tem, inclusive, um júri diferente. Mas prêmio é sempre prêmio. Traz visibilidade, reconhecimento e abre portas para novos trabalhos.
Desde que O Quatrilho foi escolhido para nos representar em 1996 ficou uma falsa sensação de que nosso cinema estava estabilizado, até pelos anos seguintes com O que é isso Companheiro?, Central do Brasil e Fernanda Montenegro na categoria de melhor atriz. Uma grande surpresa, já que era uma atriz completamente desconhecida por lá, ainda mais falando em português. O êxtase veio com Cidade de Deus, preterido no ano anterior como filme estrangeiro, teve três indicações, incluindo melhor roteiro. Desde então, o país tem feito uma quatidade muito maior de filmes, mas nunca mais conseguiu enviar algo competitivo para as pré-seleções. Insisto aqui que a escolha do representante tem sido nos últimos anos equivocada, mesmo assim, não tivemos nenhuma obra-prima se destacando desde o filme de Meirelles. Esse ano, enviamos Salve Geral de Sérgio Rezende. Os maiores sucessos de bilheteria são as comédias da Globo Filmes, que cumprem seu papel, mas não são para prêmios desse estilo.
O fato é que Salve Geral não chegou lá e pouca gente acreditava que conseguisse. Mesmo o diretor Sérgio Rezende tinha poucas esperanças. O filme não é maravilhoso, mas as opções também não eram muitas.Então, na última pré-seleção, ele já ficou de fora. Os cinco indicados serão conhecidos dia 2 de fevereiro.
Pré-Selecionados:
Argentina : "El Secreto de Sus Ojos", de Juan Jose Campanella.
Austrália: "Samson & Delilah", de Warwick Thornton.
Bulgária: "The World Is Big and Salvation Lurks around the Corner", do diretor Stephan Komandarev.
França: "Un Prophète", de Jacques Audiard.
Alemanha: "The White Ribbon" (A Fita Branca), dirigido por Michael Haneke.
Israel: "Ajami", de Scandar Copti and Yaron Shani
Cazaquistão: "Kelin", de Ermek Tursunov
Holanda: "Winter in Wartime", de Martin Koolhoven
Peru: "A Teta Assustada" (The Milk of Sorrow), de Claudia Llosar (crítica).
Desde que O Quatrilho foi escolhido para nos representar em 1996 ficou uma falsa sensação de que nosso cinema estava estabilizado, até pelos anos seguintes com O que é isso Companheiro?, Central do Brasil e Fernanda Montenegro na categoria de melhor atriz. Uma grande surpresa, já que era uma atriz completamente desconhecida por lá, ainda mais falando em português. O êxtase veio com Cidade de Deus, preterido no ano anterior como filme estrangeiro, teve três indicações, incluindo melhor roteiro. Desde então, o país tem feito uma quatidade muito maior de filmes, mas nunca mais conseguiu enviar algo competitivo para as pré-seleções. Insisto aqui que a escolha do representante tem sido nos últimos anos equivocada, mesmo assim, não tivemos nenhuma obra-prima se destacando desde o filme de Meirelles. Esse ano, enviamos Salve Geral de Sérgio Rezende. Os maiores sucessos de bilheteria são as comédias da Globo Filmes, que cumprem seu papel, mas não são para prêmios desse estilo.
O fato é que Salve Geral não chegou lá e pouca gente acreditava que conseguisse. Mesmo o diretor Sérgio Rezende tinha poucas esperanças. O filme não é maravilhoso, mas as opções também não eram muitas.Então, na última pré-seleção, ele já ficou de fora. Os cinco indicados serão conhecidos dia 2 de fevereiro.
Pré-Selecionados:
Argentina : "El Secreto de Sus Ojos", de Juan Jose Campanella.
Austrália: "Samson & Delilah", de Warwick Thornton.
Bulgária: "The World Is Big and Salvation Lurks around the Corner", do diretor Stephan Komandarev.
França: "Un Prophète", de Jacques Audiard.
Alemanha: "The White Ribbon" (A Fita Branca), dirigido por Michael Haneke.
Israel: "Ajami", de Scandar Copti and Yaron Shani
Cazaquistão: "Kelin", de Ermek Tursunov
Holanda: "Winter in Wartime", de Martin Koolhoven
Peru: "A Teta Assustada" (The Milk of Sorrow), de Claudia Llosar (crítica).
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Sem Oscar para Salve Geral
2010-01-22T08:37:00-03:00
Amanda Aouad
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