Os Vampiros que se mordam
Em 1991, Jim Abrahams levou aos cinemas Top Gang - Ases muito Loucos, uma sátira ao sucesso adolescente Top Gun com Tom Cruise. O filme tinha piadas inteligentes e fez um razoável sucesso que levou a uma continuação um pouco mais apelativa, Top Gang 2: A Missão em 1993. Outra série de sucesso no estilo foi Todo Mundo em Pânico de Keenen Ivory Wayans que teve três continuações, sendo o primeiro também mais inteligente. Ainda assim, a fórmula é a mesma. São todos filmes que focam na piada fácil e brincadeiras com filmes e personagens conhecidos.
Com menos sutileza e mais apelações Jason Friedberg e Aaron Seltzer nos apresentaram A Liga da Injustiça e Espartalhões. E agora eles resolvem mexer não apenas com a Saga de maior sucesso adolescente como com toda a mania que se tornaram os vampiros em nossos tempos. O título em inglês "Vampires Suck" é bastante direto e dá o tom do filme, com muita piada sexual e várias apelações. A brincadeira "Os Vampiros que se mordam" do título em português acabam sendo mais ingênua.
A idéia base são os três primeiros livros / filmes da Saga Crepúsculo. Mas várias participações especiais vampirescas são vistas como Buffy ou os personagens de True Blood. Outras mais inusitadas como Alice e Lady Gaga são até engraçadas. Aliás, o filme todo tem momentos até engraçados, principalmente a sátira ao drama principal de Bella: Jacob ou Edward. As crepusculetes estão bem representadas lá, em eterna disputa. Mas, no geral é uma sucessão de besteira. Aqui, o nome da protagonista é Becca e sua definição de garota depressiva, sem graça que acaba fazendo todos os garotos bonitos se apaixonarem não deixa de ser engraçada. Eles abusam da insinuação de que Edward é gay e têm até algumas cenas interessantes com Jacob.
O problema é que a intenção da brincadeira além de clichê e cansativa esbarra em algum humor negro que acaba nos dando asco. Nunca vi tanto membro decepado, fraturas expostas e sangue jorrando. A piada se perde no realismo de alguns efeitos. Há também piadas de mau gosto. E impressiona como a produção é bem feita. Tanto dinheiro gasto poderia resultar em filmes tão melhores. Mas, sempre tem um público para cada estilo de filme. Apesar dos 3,3 do IMDB já vi gente falando que o filme é bom e divertido... Tem gosto pra tudo.
Os três protagonistas são quase desconhecidos vindo da televisão. Chris Riggi faz Jacob, Jenn Proske faz Becca e Matt Lanter faz Edward. Este último, com maior currículo, já participou de séries como Heroes e fez a voz de Anakin Skywalker em The Clone Wars. Em um filme desse estilo nem dá para avaliar muito a atuação, pois ser canastrão é um pré-requisito do papel, principalmente para Edward.
No balanço, devo dizer que o filme não foi tão ruim quanto eu esperava. Pensei que seria uma tortura maior. É mais um besteirol americano. Pouco inspirado como A Liga da Injustiça e Espartalhões. Agora, acaba de uma forma totalmente inusitada. Ah, mas não levante ao primeiro crédito que logo vem uma cena para terminar.
Com menos sutileza e mais apelações Jason Friedberg e Aaron Seltzer nos apresentaram A Liga da Injustiça e Espartalhões. E agora eles resolvem mexer não apenas com a Saga de maior sucesso adolescente como com toda a mania que se tornaram os vampiros em nossos tempos. O título em inglês "Vampires Suck" é bastante direto e dá o tom do filme, com muita piada sexual e várias apelações. A brincadeira "Os Vampiros que se mordam" do título em português acabam sendo mais ingênua.
A idéia base são os três primeiros livros / filmes da Saga Crepúsculo. Mas várias participações especiais vampirescas são vistas como Buffy ou os personagens de True Blood. Outras mais inusitadas como Alice e Lady Gaga são até engraçadas. Aliás, o filme todo tem momentos até engraçados, principalmente a sátira ao drama principal de Bella: Jacob ou Edward. As crepusculetes estão bem representadas lá, em eterna disputa. Mas, no geral é uma sucessão de besteira. Aqui, o nome da protagonista é Becca e sua definição de garota depressiva, sem graça que acaba fazendo todos os garotos bonitos se apaixonarem não deixa de ser engraçada. Eles abusam da insinuação de que Edward é gay e têm até algumas cenas interessantes com Jacob.
O problema é que a intenção da brincadeira além de clichê e cansativa esbarra em algum humor negro que acaba nos dando asco. Nunca vi tanto membro decepado, fraturas expostas e sangue jorrando. A piada se perde no realismo de alguns efeitos. Há também piadas de mau gosto. E impressiona como a produção é bem feita. Tanto dinheiro gasto poderia resultar em filmes tão melhores. Mas, sempre tem um público para cada estilo de filme. Apesar dos 3,3 do IMDB já vi gente falando que o filme é bom e divertido... Tem gosto pra tudo.
Os três protagonistas são quase desconhecidos vindo da televisão. Chris Riggi faz Jacob, Jenn Proske faz Becca e Matt Lanter faz Edward. Este último, com maior currículo, já participou de séries como Heroes e fez a voz de Anakin Skywalker em The Clone Wars. Em um filme desse estilo nem dá para avaliar muito a atuação, pois ser canastrão é um pré-requisito do papel, principalmente para Edward.
No balanço, devo dizer que o filme não foi tão ruim quanto eu esperava. Pensei que seria uma tortura maior. É mais um besteirol americano. Pouco inspirado como A Liga da Injustiça e Espartalhões. Agora, acaba de uma forma totalmente inusitada. Ah, mas não levante ao primeiro crédito que logo vem uma cena para terminar.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Os Vampiros que se mordam
2010-10-05T08:45:00-03:00
Amanda Aouad
comedia|critica|vampiro|
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