Dizem que o melhor amigo do homem é o cachorro. Então, histórias sobre cães legais, companheiros, inteligentes é sempre uma boa fonte de sucesso. Certo? Agora imagina uma história em que o cão não é exatamente legal, mas o pior cão do mundo? Foi embasado nas travessuras de seu cachorro labrador que John Grogan começou a escrever suas crônicas para o jornal da Califórnia e posteriormente lançou o livro Marley e Eu, que não apenas virou best seller como iniciou uma febre de livros sobre cachorros. É só dar uma olhada nas livrarias para entender do que eu estou falando.
Como era de se esperar, a história chegou ao cinema e bateu recordes de bilheteria. Tudo baseado no carisma do confuso cão e no amor que as pessoas têm por esses animais de quatro patas. A história se resume a isso, a relação entre cão e dono. Claro que acompanhamos a trajetória daquela família, porém o centro condutor é a construção do amor por esse ser de quatro patas. O roteiro picotado se baseia nas trapalhadas de Marley que arranca boas risadas da platéia, mas não passa disso. Jennifer Aniston e Owen Wilson não têm nenhuma atuação fantástica e apenas seguem o tom, assim como os demais personagens. A grande atração é mesmo Marley, um cão que sabemos que existiu e que está tão bem representado pelos diversos dublês que utilizaram para o filme. O que encanta e nos leva aos cinemas é exatamente o fato dele ser real e tão parecido com tantos outros cães que nós tivemos. Quem tem ou já teve um cachorro se pega comparando as travessuras do seu bichinho com o que se vê na tela. Transferimos o afeto pelo nosso cachorro para aquele simpático labrador amarelo e por isso, as lágrimas são inevitáveis ao final da exibição.
Marley e Eu é, então, nada mais do que uma catarse. Uma divertida experiência para quem gosta de cães e adora se identificar com as situações inusitadas que esses bichinhos constroem. Para aqueles que preferem os gatos, ou mesmo, odeiam bichos de estimação, é melhor procurar outra história para assistir. Agora se você é louco por cães, vá correndo, você não vai se arrepender.