Waldick, sempre no meu coração
Para realizar seu primeiro trabalho de direção, Patrícia Pillar apelou para o seu coração. Fã confessa de Waldick Soriano, o cantor romântico brega baiano, fez um documentário bastante honesto, simples e surpreendente.
A linguagem é dinâmica, iniciando com o cantor na estrada e o seguindo em sua última turnê pelo Brasil. Em paralelo são entrevistadas mulheres de diversas classes sociais que são fãs do cantor, expondo o porquê de suas músicas fazerem tanto sucesso. Há imagens interessantes de sua cidade natal: Caetité, no interior da Bahia, entrevistas com suas ex-esposas e com a última companheira (o cantor faleceu ano passado).
Um dos momentos mais tensos do filme é o embate com o filho de Waldick em uma boate. O encontro casual gera uma discussão velada expondo as dificuldades afetivas do artista. Contrastando com os depoimentos de fãs que o consideram sensível e amoroso.
A figura do machão é reforçada durante toda a projeção, porém sem julgamentos. A diretora apenas expõe as posturas e dificuldades de Waldick em sua vida pessoal, as relações difíceis com suas ex-esposas e a solidão no fim da vida. Mostrando suas músicas e apresentações com fãs apaixonadas, chorando, ela contrasta bem a figura do artista com o homem por trás da fama.
É um belo filme, mesmo para quem não gosta do cantor. Linguagem fácil, envolvente e simples. Cumpre bem o seu papel de expor a paixão da diretora e o porquê de Waldick Soriano ser um ícone da música romântica do país.
O filme entra em cartaz em Salvador no Circuito de Arte a partir do dia 21 de agosto, a sessão com a presença de Patrícia Pillar hoje é apenas para convidados.
A linguagem é dinâmica, iniciando com o cantor na estrada e o seguindo em sua última turnê pelo Brasil. Em paralelo são entrevistadas mulheres de diversas classes sociais que são fãs do cantor, expondo o porquê de suas músicas fazerem tanto sucesso. Há imagens interessantes de sua cidade natal: Caetité, no interior da Bahia, entrevistas com suas ex-esposas e com a última companheira (o cantor faleceu ano passado).
Um dos momentos mais tensos do filme é o embate com o filho de Waldick em uma boate. O encontro casual gera uma discussão velada expondo as dificuldades afetivas do artista. Contrastando com os depoimentos de fãs que o consideram sensível e amoroso.
A figura do machão é reforçada durante toda a projeção, porém sem julgamentos. A diretora apenas expõe as posturas e dificuldades de Waldick em sua vida pessoal, as relações difíceis com suas ex-esposas e a solidão no fim da vida. Mostrando suas músicas e apresentações com fãs apaixonadas, chorando, ela contrasta bem a figura do artista com o homem por trás da fama.
É um belo filme, mesmo para quem não gosta do cantor. Linguagem fácil, envolvente e simples. Cumpre bem o seu papel de expor a paixão da diretora e o porquê de Waldick Soriano ser um ícone da música romântica do país.
O filme entra em cartaz em Salvador no Circuito de Arte a partir do dia 21 de agosto, a sessão com a presença de Patrícia Pillar hoje é apenas para convidados.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Waldick, sempre no meu coração
2009-08-14T14:37:00-03:00
Amanda Aouad
cinema brasileiro|critica|documentario|Sala de Arte|
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