Te amarei para sempre
Cada filme tem o seu propósito, então, não posso analisar Te amarei para sempre como um filme de ficção científica sobre viagens no tempo. Sua premissa peculiar serve apenas para contar mais uma bela história de amor, entre duas pessoas que lutam para ficar juntas apesar das intempéries da vida. Devo apenas reclamar do título brasileiro, afinal, não é sobre um homem que ama uma mulher, mas sobre um casal. O título "A mulher do viajante do tempo" confesso que não gosto também, talvez um "amor eterno" fosse mais honesto para a produção.
O roteiro de Bruce Joel Rubin é bastante inteligente ao ser sutil nos problemas criados pelas constantes viagens no tempo de Henry. Seja no futuro, deixando sua esposa Clare sozinha, ou no passado, quando acaba induzindo a pequena a se apaixonar por ele. Interessante ver também, que à medida em que amadurece, a moça vai gostando mais da versão contrária do amado. Quando era pequena, Clare se apaixonou pela versão madura de Henry e ao encontrá-lo, quando os dois estão jovens, parece gostar mais do homem mais velho. Quando o casal vai amadurecendo e os problemas vão surgindo, ela vai sentindo falta do doce e jovem Henry. Uma relação confusa de sentimentos que o fazem disputar com ele mesmo o espaço no seu coração.
O filme traz ainda uma mudança na premissa do viajante no tempo que sempre tem o domínio da situação por normalmente saber mais do que os que ali estão vivendo sua vida presente. Henry acaba encontrando Clare, e esta, já conhecia sua versão futura e suas vivências, deixando-o confuso muitas vezes. O fato dele também não ter controle sobre as viagens, nem quando, nem pra onde, muito menos por quanto tempo vai, o tornam um joguete nas mãos do destino. Quer dizer, da genética, já que a explicação para o seu "dom" é uma mutação nos genes. Pelo menos ele pode ficar mais tempo com sua mãe, morta em um acidente de carro no exato instante em que ele faz a primeira viagem ainda criança.
Na parte técnica tenho pouco a dizer. Robert Schwentke faz um filme redondo e a fotografia de Florian Ballhaus acerta ao deixar o longa com imagens sempre em tons outonais, destacando uma certa melancolia. A montagem das viagens no tempo e a ordem de alguns detalhes que vão explicando o desfecho do filme ajudam na narrativa, construindo um belo drama, em que tanto Eric Bana quanto Rachel McAdams conseguem defender seus personagens com grande emoção e verdade. É bonito, por mais que alguns achem piegas. Talvez por isso, Brad Pitt e sua esposa na época Jennifer Aniston tenham comprado os direitos de adaptação antes mesmo do livro ser lançado. A idéia era os dois protagonizarem o longa. Mas, o tempo passou, tudo mudou e Brad acabou sendo apenas o produtor executivo do mesmo, enquanto Aniston não teve nenhuma participação.
Ah, e a escolha do cartaz é porque achei a imagem muito mais bonita que a versão brasileira.
O roteiro de Bruce Joel Rubin é bastante inteligente ao ser sutil nos problemas criados pelas constantes viagens no tempo de Henry. Seja no futuro, deixando sua esposa Clare sozinha, ou no passado, quando acaba induzindo a pequena a se apaixonar por ele. Interessante ver também, que à medida em que amadurece, a moça vai gostando mais da versão contrária do amado. Quando era pequena, Clare se apaixonou pela versão madura de Henry e ao encontrá-lo, quando os dois estão jovens, parece gostar mais do homem mais velho. Quando o casal vai amadurecendo e os problemas vão surgindo, ela vai sentindo falta do doce e jovem Henry. Uma relação confusa de sentimentos que o fazem disputar com ele mesmo o espaço no seu coração.
O filme traz ainda uma mudança na premissa do viajante no tempo que sempre tem o domínio da situação por normalmente saber mais do que os que ali estão vivendo sua vida presente. Henry acaba encontrando Clare, e esta, já conhecia sua versão futura e suas vivências, deixando-o confuso muitas vezes. O fato dele também não ter controle sobre as viagens, nem quando, nem pra onde, muito menos por quanto tempo vai, o tornam um joguete nas mãos do destino. Quer dizer, da genética, já que a explicação para o seu "dom" é uma mutação nos genes. Pelo menos ele pode ficar mais tempo com sua mãe, morta em um acidente de carro no exato instante em que ele faz a primeira viagem ainda criança.
Na parte técnica tenho pouco a dizer. Robert Schwentke faz um filme redondo e a fotografia de Florian Ballhaus acerta ao deixar o longa com imagens sempre em tons outonais, destacando uma certa melancolia. A montagem das viagens no tempo e a ordem de alguns detalhes que vão explicando o desfecho do filme ajudam na narrativa, construindo um belo drama, em que tanto Eric Bana quanto Rachel McAdams conseguem defender seus personagens com grande emoção e verdade. É bonito, por mais que alguns achem piegas. Talvez por isso, Brad Pitt e sua esposa na época Jennifer Aniston tenham comprado os direitos de adaptação antes mesmo do livro ser lançado. A idéia era os dois protagonizarem o longa. Mas, o tempo passou, tudo mudou e Brad acabou sendo apenas o produtor executivo do mesmo, enquanto Aniston não teve nenhuma participação.
Ah, e a escolha do cartaz é porque achei a imagem muito mais bonita que a versão brasileira.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Te amarei para sempre
2009-11-17T15:46:00-03:00
Amanda Aouad
critica|drama|romance|
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