Pra jogar ou assistir
Sexta-feira estreia em todos os cinemas brasileiros O Príncipe da Pérsia, mais uma adaptação dos games para o cinema. Fala-se que esta seria uma redenção dos games na sétima arte, que em sua maior parte foi um grande fiasco de bilheteria e/ou crítica. Parece que o diretor Mike Newell e a Disney conseguiram unir a narrativa cinematográfica com o game de forma satisfatória. Enquanto esperamos para conferir, vamos relembrar algumas tentativas de adaptação, que resgatei com a ajuda de Ari Cabral, dessa arte de entreter.
Super Mario Bros (1993)
Quem nunca se divertiu com esse clássico jogo de plataforma? Pular cogumelo e colecionar estrelinhas para vencer o Koppa e salvar a princesa era a sensação desde o Nintendinho. Agora, quando Rocky Morton resolveu levar isso ao cinema, com Bob Hoskins como protagonista e o recém-falecido Denis Hopper, o resultado foi um verdadeiro fiasco... Precisa dizer por quê?
Street fighter: a batalha final (1994)
Fico triste de um ator como Raul Julia ter encerrado sua carreira encarnando o vilão M. Bison nesse pífio filme de ação. Jean-Claude Van Damme como o Coronel William F. Guile fazia mais pose que nunca e o roteiro era quase inexistente. O figurino exagerado conseguiu piorar tudo e fazer desse uma piada ainda maior.
Mortal Kombat (1995)
Paul W. S. Anderson dirigiu essa nova tentativa de adaptação dos games que poderia ser esquecida. Destaque para a péssima participação de Chistopher Lambert, o eterno Highlander, como Rayden, um mago dos raios.
Lara Croft: Tomb Raider (2001)
Com Angelina Jolie no papel da arqueóloga boa de briga, o filme dirigido por Simon West teve uma aceitação razoável. A atriz ficou muito parecida com o desenho do jogo e os efeitos especiais são muito bem feitos. É um filme que vale pela diversão. Quem não entra no clima do game reclama da quantidade de absurdos. Mas aí já é pedir demais, já que por mais realista que seja, um game sempre terá um quê de fantasioso.
Final Fantasy (2001)
Em relação a Final Fantasy, existem dois problemas que fizeram ele cair na bilheteria, apesar de pessoalmente eu gostar do resultado final. Primeiro ele só tem do jogo o nome. A história, os personagens, o mundo, tudo é diferente. Depois, a construção em 3D dos seres humanos ainda é um ítem em evolução, imagine então em 2001. Os bonecos tentaram ser realistas e soaram falsos. Na época, até um programa para fazer uma animação mais realista dos cabelos foi criado. Agora, a história de Aki Ross e sua procura pelos oito espíritos para criar a força pura e proteger Gaia me convenceu, tornando uma experiência fílmica interessante.
Resident Evil: o hóspede maldito (2002)
Após o fiasco de 95, Paul W.S. Anderson volta com um filme direcionado aos fãs de Resident Evil. Todos os elementos do jogo estão lá e a história é até interessante. Quem gosta de zumbis, monstros e muito sangue jorrando, consegue algum divertimento. Teve três sequências, todas piores que o original.
Doom: a porta do inferno (2005)
Em alguns momentos do filme é possível ficar com a simulação quase idêntica do jogo em primeira pessoa, com a visão em primeira pessoa e a arma aparecendo. O roteiro também tentou ser fiel e por isso, o ponto mais fraco. Na verdade, em um game por mais interessante que seja, a história é sempre secundária em um jogo de ação. O importante é correr, dar tiro, bater, apanhar, etc.
Max Payne (2008)
Um dos games mais inovadores dos últimos tempos. Inaugurou a bullet time, em que uma câmera lenta é acionada pelo jogador e facilita ações calculadas, como se jogar num tiroteio ou se desviar de balas. No filme, a história é tão densa quanto, a viagem é forte, mas falta algo a Max Payne. E não é Valkyr. Talvez se decidir melhor no estilo e narrativa do jogo. Considero um dos trabalhos mais fracos de Mark Wahlberg, que já não é esses atores todos, mas faz escolhas interessantes. O cenário é muito bem composto e os efeitos alucinógenos interessantes.
Além desses, ainda cito: Double Dragon (1994), Wing Commander (1999), Alone in the Dark (2005), Hitman (2007). Alguém lembra mais algum?
Super Mario Bros (1993)
Quem nunca se divertiu com esse clássico jogo de plataforma? Pular cogumelo e colecionar estrelinhas para vencer o Koppa e salvar a princesa era a sensação desde o Nintendinho. Agora, quando Rocky Morton resolveu levar isso ao cinema, com Bob Hoskins como protagonista e o recém-falecido Denis Hopper, o resultado foi um verdadeiro fiasco... Precisa dizer por quê?
Street fighter: a batalha final (1994)
Fico triste de um ator como Raul Julia ter encerrado sua carreira encarnando o vilão M. Bison nesse pífio filme de ação. Jean-Claude Van Damme como o Coronel William F. Guile fazia mais pose que nunca e o roteiro era quase inexistente. O figurino exagerado conseguiu piorar tudo e fazer desse uma piada ainda maior.
Mortal Kombat (1995)
Paul W. S. Anderson dirigiu essa nova tentativa de adaptação dos games que poderia ser esquecida. Destaque para a péssima participação de Chistopher Lambert, o eterno Highlander, como Rayden, um mago dos raios.
Lara Croft: Tomb Raider (2001)
Com Angelina Jolie no papel da arqueóloga boa de briga, o filme dirigido por Simon West teve uma aceitação razoável. A atriz ficou muito parecida com o desenho do jogo e os efeitos especiais são muito bem feitos. É um filme que vale pela diversão. Quem não entra no clima do game reclama da quantidade de absurdos. Mas aí já é pedir demais, já que por mais realista que seja, um game sempre terá um quê de fantasioso.
Final Fantasy (2001)
Em relação a Final Fantasy, existem dois problemas que fizeram ele cair na bilheteria, apesar de pessoalmente eu gostar do resultado final. Primeiro ele só tem do jogo o nome. A história, os personagens, o mundo, tudo é diferente. Depois, a construção em 3D dos seres humanos ainda é um ítem em evolução, imagine então em 2001. Os bonecos tentaram ser realistas e soaram falsos. Na época, até um programa para fazer uma animação mais realista dos cabelos foi criado. Agora, a história de Aki Ross e sua procura pelos oito espíritos para criar a força pura e proteger Gaia me convenceu, tornando uma experiência fílmica interessante.
Resident Evil: o hóspede maldito (2002)
Após o fiasco de 95, Paul W.S. Anderson volta com um filme direcionado aos fãs de Resident Evil. Todos os elementos do jogo estão lá e a história é até interessante. Quem gosta de zumbis, monstros e muito sangue jorrando, consegue algum divertimento. Teve três sequências, todas piores que o original.
Doom: a porta do inferno (2005)
Em alguns momentos do filme é possível ficar com a simulação quase idêntica do jogo em primeira pessoa, com a visão em primeira pessoa e a arma aparecendo. O roteiro também tentou ser fiel e por isso, o ponto mais fraco. Na verdade, em um game por mais interessante que seja, a história é sempre secundária em um jogo de ação. O importante é correr, dar tiro, bater, apanhar, etc.
Max Payne (2008)
Um dos games mais inovadores dos últimos tempos. Inaugurou a bullet time, em que uma câmera lenta é acionada pelo jogador e facilita ações calculadas, como se jogar num tiroteio ou se desviar de balas. No filme, a história é tão densa quanto, a viagem é forte, mas falta algo a Max Payne. E não é Valkyr. Talvez se decidir melhor no estilo e narrativa do jogo. Considero um dos trabalhos mais fracos de Mark Wahlberg, que já não é esses atores todos, mas faz escolhas interessantes. O cenário é muito bem composto e os efeitos alucinógenos interessantes.
Além desses, ainda cito: Double Dragon (1994), Wing Commander (1999), Alone in the Dark (2005), Hitman (2007). Alguém lembra mais algum?
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Pra jogar ou assistir
2010-06-01T09:16:00-03:00
Amanda Aouad
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