O Pequeno Nicolau
O Pequeno Nicolau é uma celebração à infância. Leve, divertido, feito sobre medida para o público infanto-juvenil, que agrada também aos adultos. Não é fácil traduzir a cabeça de uma criança e Tirard consegue fazer muito bem isso em uma história hilária sobre o medo de ser abandonado pelos pais. Talvez vocês achem os pais de Nicolau meio tresloucados, mas lembre-se de que eles estão apenas representados da forma como o garoto vê o mundo. É daquelas histórias simples, divertidas e muito bem realizadas.
Nicolau é um garoto francês cheio de amigos, amado pelos pais e que se dá bem com os professores. Um dia, ele acredita que sua mãe esteja grávida e teme ser abandonado na floresta assim que o irmãozinho nascer, da mesma forma que aconteceu com o pequeno polegar. Seus amigos resolvem ajudá-lo em um plano mirabolante que traz situações inusitadas e bastante engraçadas. O filme todo é riso garantido. Você se diverte com a forma como Nicolau entende e nos apresenta o seu mundo. Impossível não se divertir com cada referência distorcia e com a personalidade dos garotos.
Aliás, que elenco Laurent Tirard consegue ter nas mãos. Todos os meninos dão um show de interpretação. Seja ao fazer rir, chorar, demonstrar medo, dúvida e apresentar o estereótipo de cada personagem. Tem o CDF, o burro que sempre fica de castigo, o comilão, o amigo de todos, etc. O roteiro é baseado nos quadrinhos de René Goscinny e Sempé. Há uma série de livros com o personagem que é bastante popular na França como As brincadeiras do pequeno Nicolau, Os vizinhos do pequeno Nicolau, As férias do Pequeno Nicolau, etc. A adaptação foi muito bem feita e seguiu o clima dos quadrinhos. Não por acaso, ele foi indicado ao César de melhor roteiro e foi o maior sucesso no país em 2010, levando 5 milhões de franceses ao cinema.
A direção de Laurent Tirard é feliz ao manter a premissa de um filme com o olhar de uma criança. Tudo ali é pensado para que vejamos o mundo como Nicolau vê. Até a câmera sempre posiciona os adultos de baixo para cima e parte da altura do olhar de uma criança para determinar o ângulo de visão do filme, mesmo quando não temos uma câmera subjetiva, que é quando ela está no lugar do olhar do personagem. O ritmo é ágil e abusa de efeitos infantis como balões de pensamento ou referência do universo de uma criança. A forma como a nova professora é apresentada é genial nesse aspecto.
O Pequeno Nicolau é daquelas histórias que agrada todos os tipos de espectadores, sejamos crianças ou adultos, nos identificamos com diversas situações presentes naquela história. Mesmo que seja a representação da França dos anos 50, tem uma aura universal. Afinal, todo mundo já foi criança um dia e viu o mundo de uma forma bem particular. Que possamos assistir mais histórias ingênuas e singelas como as aventuras do pequeno Nicolau no cinema.
Nicolau é um garoto francês cheio de amigos, amado pelos pais e que se dá bem com os professores. Um dia, ele acredita que sua mãe esteja grávida e teme ser abandonado na floresta assim que o irmãozinho nascer, da mesma forma que aconteceu com o pequeno polegar. Seus amigos resolvem ajudá-lo em um plano mirabolante que traz situações inusitadas e bastante engraçadas. O filme todo é riso garantido. Você se diverte com a forma como Nicolau entende e nos apresenta o seu mundo. Impossível não se divertir com cada referência distorcia e com a personalidade dos garotos.
Aliás, que elenco Laurent Tirard consegue ter nas mãos. Todos os meninos dão um show de interpretação. Seja ao fazer rir, chorar, demonstrar medo, dúvida e apresentar o estereótipo de cada personagem. Tem o CDF, o burro que sempre fica de castigo, o comilão, o amigo de todos, etc. O roteiro é baseado nos quadrinhos de René Goscinny e Sempé. Há uma série de livros com o personagem que é bastante popular na França como As brincadeiras do pequeno Nicolau, Os vizinhos do pequeno Nicolau, As férias do Pequeno Nicolau, etc. A adaptação foi muito bem feita e seguiu o clima dos quadrinhos. Não por acaso, ele foi indicado ao César de melhor roteiro e foi o maior sucesso no país em 2010, levando 5 milhões de franceses ao cinema.
A direção de Laurent Tirard é feliz ao manter a premissa de um filme com o olhar de uma criança. Tudo ali é pensado para que vejamos o mundo como Nicolau vê. Até a câmera sempre posiciona os adultos de baixo para cima e parte da altura do olhar de uma criança para determinar o ângulo de visão do filme, mesmo quando não temos uma câmera subjetiva, que é quando ela está no lugar do olhar do personagem. O ritmo é ágil e abusa de efeitos infantis como balões de pensamento ou referência do universo de uma criança. A forma como a nova professora é apresentada é genial nesse aspecto.
O Pequeno Nicolau é daquelas histórias que agrada todos os tipos de espectadores, sejamos crianças ou adultos, nos identificamos com diversas situações presentes naquela história. Mesmo que seja a representação da França dos anos 50, tem uma aura universal. Afinal, todo mundo já foi criança um dia e viu o mundo de uma forma bem particular. Que possamos assistir mais histórias ingênuas e singelas como as aventuras do pequeno Nicolau no cinema.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
O Pequeno Nicolau
2011-01-16T09:56:00-03:00
Amanda Aouad
cinema europeu|comedia|critica|infantil|quadrinhos|
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