

Sobre a polêmica de dublado ou legendado, Eduardo Acuña falou que a Cinépolis tem sempre a política de atender à demanda. Há uma constante pesquisa com o público e cada sala vai se adequando. Com o Salvador Norte, a percepção foi que os blockbusters dublados tem mais procura, mas, eles sempre procuram dar a opção da cópia legendada pelo menos em um horário na semana. "Com o Bela Vista, começaremos com um mix de dublados e legendados, além de filmes sofisticados, como Woody Allen, para observar. Com o tempo, vamos adequando ao público que frequenta o local", explicou.

Já a Macro XE é uma maximização da qualidade de exibição. A tela de proporções gigantescas que tomam toda a parede da sala, a quantidade de caixas sonoras e os dois projetores 4K permitem uma imersão maior que nas salas normais. As poltronas também são mais confortáveis, com descanso de braço individual (não precisa mas brigar com o vizinho) e recosto mais alto. Os dois projetores de alta definição também prometem proporcionar um efeito 3D melhor, com uma imersão maior na imagem. Ainda pretendo conferir para ver se é isso tudo mesmo.
De qualquer forma, é um ganho para cidade, que pode contar com mais um complexo de cinemas, e pela primeira vez com esse tipo de tecnologia de ponta. Todas as salas do Cinépolis Bela Vista são 100% digitais. A Cinépolis aumenta assim sua presença nacional para 153 salas e promete não parar por aí. Que venham mais.

A Era do Gelo 4Dx - Relato de uma experiência
Em primeiro lugar é importante ressaltar que a experiência em uma sala 4D está mais próxima de um parque de diversões que de um cinema. Não falo isso com juízo de valor, mas apenas constatando a expectativa e o que ela pode proporcionar. A imersão de um filme está na história, ele nos faz viajar com o auxílio de nossa imaginação. Aqui, a proposta é outra. É uma simulação de realidade através dos sentidos e dos diversos recursos possíveis.
É uma experiência cara? Sim, relativamente, já que o preço de um ingresso custa R$ 55,00, mais que o dobro que as salas 3D. Agora, se compararmos a uma atração de um parque de diversões desse nível, a situação até não fica tão complicada, basta observar aqueles simuladores de shopping que dão apenas uma experiência de 10 minutos de filme e não são baratinhos. E o 4D é mais do que um simulador. Sua cadeira balança, bastante, mas, além disso, existem outros elementos que compõem a sala e ajudam na experiência. Embaixo da tela, máquinas de fumaça prontas para ambientar uma neblina, por exemplo. Nas duas laterais superiores vários ventiladores para um vendaval. Luzes especiais para efeitos diversos como raios, relâmpagos e tiros a laser. Na cadeira da sua frente, dois esguichos, um para água outro para cheiro. E na sua poltrona, duas caixas de som individuais para efeitos sonoros específicos e mais dois sopros de ar.

Ver A Era do Gelo 4 não foi mesmo a melhor das aventuras. Já tinha visto o filme e não gostado, como podem relembrar na crítica. Então, em determinado momento ficou quase uma tortura ter que ver tudo de novo. Mas, sentei na cadeira curiosa com tudo aquilo. Uma cadeira confortável, mais larga que a normal e com uma plataforma para colocarmos os pés. Mal vem os letreiros e já começa as sacudidas. Como nosso corpo estava na inércia, tudo parece meio incômodo e as pausas da cadeira são quase um alívio.

Os outros efeitos são divertidos. É interessante sentir o vento que toma conta da sala, ou a luz com o relâmpago na tempestade que os protagonistas pegam pela frente. Os sopros que vem do encosto de nossas cadeiras também são interessantes, dão sustos em muitos momentos, já que não esperamos aquilo. Já a água, não se preocupem que não chega a ser um jato que irá borrar a maquiagem, não chegou nem mesmo a incomodar o óculos 3D. Agora, ainda bem que A Era do Gelo não tinha aromas, porque eu não ia querer sentir o cheiro de Sid ou da vovó assim, no meio da manhã. Acredito que seja o efeito mais desagradável.
