

Fácil escolher o filme de Kleber Mendonça Filho como o melhor nacional do ano. O filme consegue nos envolver de uma maneira incrível, chamando a atenção para o som e costurando micro-histórias que pareciam sem ligação de uma maneira harmônica. E, no final, ainda somos surpreendidos com a informação de que a verdadeira trama estava acontecendo nos bastidores da narrativa.

Elena é um filme que esconde diversos outros filmes. Sensações, emoções, lembranças, receios, traumas. A eterna redescoberta e aprendizado da vida. Um dos que mais me emocionou no cinema este ano.

Tatuagem é um filme poético e belo. Uma fábula delicada sobre o amor, a liberdade e os direitos de cada um que apesar de se situar em um período específico de nossa história, se torna universal e atemporal. Recife nos brinda a cada dia com um cinema que realmente empolga.

Paixão pelo cinema, simplicidade interiorana, o local falando do geral. Assim é Cine Holliúdy, de longe a melhor comédia que o nosso cinema produziu este ano. Aqui podemos rir de maneira sincera.

Um filme sensível sobre uma história de amor tocante. Não é sobre a homossexualidade, mas sim sobre o amor, seus ganhos e suas perdas. Gosto do resultado, ainda que tenha alguns problemas, principalmente de ritmo.

Baseado em uma das mais intensas letras de Chico Buarque, o filme consegue nos envolver no drama da personagem e trazer momentos ímpares. Incomoda a parte final, a forma como Karim Aïnouz tenta inserir a música de qualquer maneira na trama e outros detalhes. Ainda assim, um filme bonito.

Há um componente bem pessoal aqui, já que minha mãe nasceu em Itajuípe e acompanhei parte do drama do cacau e a vassoura de bruxa. Porém, o que me ganhou neste filme foi mesmo a virada final. A reflexão que fica da situação daquela família, tudo que está simbolizado ali e suas consequências.

Uma interessante mistura. Um filme infantil, mas com uma temática adulta, construído em camadas que vão do raso onde crianças se divertem e se emocionam e adultos também podem ser levados por emoções e reflexões maiores.

Uma boa adaptação que busca manter aquilo que é mais importante na trama, a capacidade da imaginação humana e a força de uma verdadeira amizade. Nisso, o filme nos prende, nos emociona e nos faz esquecer qualquer outro problema que possa ter surgido no caminho como a fotografia e a montagem.

Fazer animação no Brasil é difícil, ainda mais uma animação com temática adulta em um país que passa Os Simpsons pela manhã. E Luiz Bolognesi conseguiu nos presentear com uma trama bem trabalhada e interessante, com uma visão crítica e necessária para a história do nosso país.