![Mazzaropi Mazzaropi](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMc5g4wULObQ1Z-K0B0xCcy0SFfSjUoiJIBg6MH3VHgEgSPWiE6_bSt2bzu9sfAia9e_jH09O2Ya5PLEKh3lKFLV_1IweITDUZHt1BZMr8BKWcBV_k8P6i0FSvZWlxdePL5Vg_q4csXwFs/s1600/mazzaropi-sabadin.jpg)
Celso Sabadin, crítico cinematográfico conhecido, dirigiu o seu primeiro longa-metragem no formato desta homenagem. Mas, engana-se quem pensa que o documentário Mazzaropi é apenas um daqueles resgates que só faz elogiar o seu objeto de estudo. O filme vai além e cumpre o papel que a imprensa ficou devendo ao cineasta: analisar a sua carreira de uma maneira imparcial e digna, apresentando-o a novas gerações.
![Mazzaropi Mazzaropi](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiM_9-gVZBsjhl33j974cMGXcdSUkuhg-QKTkniO66TA07yTM5sVd658RekFamQ-aQFSZd2n6f7XTpCV2dB8qRH2okCBDR1jFVpMqDBIIppH9TVZ7FjHOowJU82CApAWnkfbQgGG8GtJSEu/s1600/foto-amacio-mazzaropi-01.jpg)
Talvez este seja o maior mérito do artista, conhecer e saber se comunicar com suas plateias. Em determinado momento, um depoente diz que ele continuava fazendo apresentações em circos mesmo depois de toda a fama no cinema porque usava a plateia como teste. Se a piada funcionasse ele guardava para usar em tela. Era inteligente e perspicaz como todo empresário de sucesso.
![Mazzaropi Mazzaropi](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnPP24nf80hJpYcUhObswy13PlSk9DCo-KmSxsApAh5YyyoA2OOISV7c3KIWyNJKDIK2pFo7t4qddjlbJy7JpBYcaKvWNaceaFscQwFyhMFOyqS1ieM4tf3XLA1ghtB8ena0miw1TYFy-S/s1600/mazzaropi_hebe-camargo.jpg)
Celso Sabadin constrói o seu documentário assim, relembrando a carreira do cineasta através de depoimentos diversos. Críticos, artistas, pessoas que conviveram com ele, inclusive a falecida Hebe Camargo que conta algumas curiosidades de quando viajava com ele em turnês. Há também cenas dos diversos filmes do artista e uma interessante pesquisa empírica onde pessoas comuns respondem à pergunta: Você conhece Mazzaropi?
![Mazzaropi Mazzaropi](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3HfNT_tYT4A4xIogcwiUMvgjulGPKtv0j__gUa6ZTamoNbmHUhOrN9CLor-RnA8JWVksUNqzywD0ncAsNFmHwA6k-Ie0tl7Ba59xQN9_pqok42FEdQ2-2hMfaUaFxTp6imvfXAG5i2wWM/s1600/mazzaropi-celso-sabadin.jpg)
Mas, voltando a dualidade amor e preconceito, é interessante ver como Celso Sabadin costura os depoimentos de uma maneira inteligente e irônica ao trazer falas quase contraditórias lado a lado. A exemplo de quando uma artista diz que ele era pão duro, que o figurino de sua personagem era um vestidinho simples, feito por uma costureira e pronto. Enquanto outro vem nos dizer que ele sempre exigia o melhor, mandando comprar veludo francês.
Mas, o que fica mesmo é a reflexão sobre este fenômeno popular, negado pela classe média intelectual e amado por muitos. Mesmo hoje, ainda há preconceitos com o artista e seus filmes, ainda que muitos já busquem resgatá-lo. O que não se pode negar é que ele conseguiu ir muito além de grande parte dos artistas brasileiros. Fez cinema ao seu modo, e levou plateias a lotarem salas, vibrando, aplaudindo e se divertindo com cada frame. Não há como negar o seu valor e sua importância para a nossa história.
Mazzaropi (2013 / Brasil)
Direção: Celso Sabadin
Duração: 97 min.