
The Dude é um cara pacato, desempregado por convicção, adora jogar boliche e trocar ideias com os amigos. Até que é confundido por outro Jeffrey Lebowski, um milionário. E sua vida vira de cabeça para o ar, fazendo se envolver com bandidos, sequestro e um milhão de dólares. E pensar que tudo começou com um tapete sujo de urina.

Seus dois companheiros de boliche, Walter Sobchak (John Goodman) e Donny (Steve Buscemi) também tem seus momentos. O primeiro sempre traumatizado com a guerra, o segundo sempre ingênuo, querendo participar das conversas e sendo cortado. É uma construção típica do homem comum norte-americano, do interior, ainda que o filme se passe em Los Angeles. E, claro, a personagem de Julianne Moore também merece destaque, assim como a participação de Philip Seymour Hoffman como o mordomo.

Dirigido de uma maneira bastante concisa, mesmo nas poucas cenas de ação como a entrega da mala, O Grande Lebowski nos leva na aventura que, além dos personagens e diálogos, se destaca pela direção de arte cuidadosa. Detalhes bem construídos desde o esmalte azul da mulher do Lebowski milionário, passando pelas roupas e pela composição das cenas de modo geral. É uma Los Angeles especial, crível para aquele mundo de Dude e seus amigos.
O Grande Lebowski é um ícone da carreira dos irmãos Coen, ainda que não seja dos meus favoritos. Um filme que se sustenta, principalmente pela excelente construção dos seus personagens em grandes atuações do elenco especial. Tendo essa base em mãos, fica fácil, então, nos conduzir por qualquer história, por mais absurda que seja.
O Grande Lebowski (The Big Lebowski, 1998 / EUA
Direção: Joel Coen, Ethan Coen
Roteiro: Joel Coen, Ethan Coen
Com: Jeff Bridges, John Goodman, Julianne Moore, Philip Seymour Hoffman, David Huddleston, Sam Elliott.
Duração: 117 min.