
A trama gira em torno do estressado Red, renegado pela maioria da sua comunidade. Em um grupo de ajuda, ele conhece o veloz Chuck e o volátil Bomba, que também não conseguem ser reconhecidos. Quando um grupo de porcos chega à ilha, no entanto, caberá a eles investigar e descobrir a verdadeira intenção dos forasteiros.
Uma coisa interessante no filme é que ele sabe dar tempo as coisas. Primeiro ele constrói Red e seu problema com o grupo, depois vem Chucky e Bomba, assim como o relacionamento dos três. Vêm, então, os porcos e suas atitudes suspeitas que não enganam Red, mas envolvem todo o grupo. O conflito pássaros versus porcos, que é o mote dos jogos, só vai acontecer mesmo quase no final do segundo ato se tornando o clímax da obra.

As situações cômicas giram em torno das gags características do gênero pastelão, com muita piada física, tapas, explosões e atrapalhações. E o fato de Red ser um personagem de mau humor acaba ampliando a graça da situação, pois ele se torna alvo fácil das brincadeiras.

Isso não quer dizer que o roteiro não cai também em soluções fáceis, piadas clichês ou mesmo em situações tolas que não trazem camadas para a obra. Ainda que existam algumas referências divertidas para cinéfilos, como quando Red abre uma porta e dá para um corredor conhecido.
No final, Angry Birds: O Filme é uma obra divertida, sem grandes consequências, mas que também não se torna algo tão envolvente quanto os jogos que viciaram gerações. É uma ampliação da franquia, mas não deve ir muito além disso.
Angry Birds: O Filme (The Angry Birds Movie, 2016 / EUA)
Direção: Clay Kaytis, Fergal Reilly
Roteiro: Jon Vitti
Duração: 97 min.