Spider-Man
O site da Marvel acaba de disponibilizar os episódios da série original do desenho animado do Homem Aranha de 1967. A ação possivelmente é para divulgar um pouco mais o personagem às vesperas do quarto longa que tem previsão para maio de 2011. Pode parecer distante, mas a expectativa tem sido o segredo para grandes bilheterias.
Homem Aranha é um dos mais queridos personagens dos quadrinhos. Aclamada pelos fãs como uma grande adaptação, a série dirigida por Sam Raimi chegou ao seu terceiro filme demonstrando cansaço. Talvez, por isso, a demora para um quarto filme. Sem dúvidas, estamos diante da melhor exibição de cenas de ação e efeitos especiais do cinema, porém o charme da complexidade do personagem se perde diante de tantas tentativas de tramas que são desenvolvidas de forma superficial no terceiro filme. Tobey Maguire, na pele do super-herói, teve a possibilidade de desenvolver seu momento mais intenso. Afinal, no terceiro filme, Peter Parker tem que enfrentar três vilões externos e, principalmente, o vilão interno de sua personalidade egoística e deslumbrada com a fama. Claro que esta personalidade é exacerbada pela gosma preta alienígena que cai em seu corpo. Mas, o que as histórias de Homem-Aranha sempre focaram, foi exatamente o lado humano deste herói. O garoto de carne e osso que tem problemas na escola, perde o tio, tem contas para pagar e quer ser alguém especial para conquistar a garota que ama. É nesta complexidade que reside o sucesso do aracnídeo humano e que foi tão bem explorada pelo roteiro dos dois filmes anteriores. O problema de Homem-Aranha três é querer falar de muita coisa em pouco tempo, trazendo pros dez minutos finais o que é considerado por muitos fãs o maior vilão do Homem-Aranha: Venom.
Como é muito assunto para tratar, o roteiro se intercala nas tramas paralelas enquanto a direção aproveita para investir nas cenas de ação. A primeira seqüência do filme já é de tirar o fôlego, com o Homem-Aranha cada vez mais rápido em suas acrobacias e as engenharias de lutas reforçadas pelos efeitos especiais cada vez mais próximos da perfeição. Tudo leva a crer que o grande esforço do filme é mesmo o entretenimento gratuito e o ritmo acelerado próprio dos tempos atuais. Mas, mesmo isto, perde seu fôlego nos minutos finais e tudo que vemos é uma batalha final pobre, com clichês de arrependimento e repetições de estratégias dos outros dois filmes, como a mocinha pendurada em um arame qualquer, enquanto o herói tem que se dividir entre ela e a cidade.
No geral, a direção continua tão boa quanto nos filmes anteriores. A interpretação dos atores, é coerente e verdadeira, enquanto que os enquadramentos e movimentos de câmera estão sempre buscando um olhar e uma expressão diferente. Mas, ficamos o tempo todo esperando sermos surpreendidos novamente com cenas memoráveis como o primeiro beijo do Aranha com Mary Jane de cabeça para baixo na chuva (primeiro filme), ou na tensão da revelação de sua identidade tão negativamente explorada no segundo filme.
O terceiro episódio nos traz muita tentativa de informação e pouca história propriamente dita, esta é a sensação ao sair do cinema. De que vimos um degustativo, um pouco de tudo e nada de algo. Mas, por mais incongruente que pareça, sempre é bom ver o Aranha nas telas. Apesar da sensação de frustração, as imagens impressionam e os efeitos das cenas de ação nos deixam extasiados. Se você for um fã de quadrinhos e principalmente de Peter Parker e sua turma não pode perder este filme. Agora se você espera ver um bom filme de ação, com enredo, tensão e um desfecho satisfatório não perca o seu tempo. É melhor rever o primeiro filme desta trilogia, ele sim tem tudo isso e um pouco mais.
Aos fãs, fica a dica para rever o desenho de 67, enquanto aguarda o quarto da série.
Homem Aranha é um dos mais queridos personagens dos quadrinhos. Aclamada pelos fãs como uma grande adaptação, a série dirigida por Sam Raimi chegou ao seu terceiro filme demonstrando cansaço. Talvez, por isso, a demora para um quarto filme. Sem dúvidas, estamos diante da melhor exibição de cenas de ação e efeitos especiais do cinema, porém o charme da complexidade do personagem se perde diante de tantas tentativas de tramas que são desenvolvidas de forma superficial no terceiro filme. Tobey Maguire, na pele do super-herói, teve a possibilidade de desenvolver seu momento mais intenso. Afinal, no terceiro filme, Peter Parker tem que enfrentar três vilões externos e, principalmente, o vilão interno de sua personalidade egoística e deslumbrada com a fama. Claro que esta personalidade é exacerbada pela gosma preta alienígena que cai em seu corpo. Mas, o que as histórias de Homem-Aranha sempre focaram, foi exatamente o lado humano deste herói. O garoto de carne e osso que tem problemas na escola, perde o tio, tem contas para pagar e quer ser alguém especial para conquistar a garota que ama. É nesta complexidade que reside o sucesso do aracnídeo humano e que foi tão bem explorada pelo roteiro dos dois filmes anteriores. O problema de Homem-Aranha três é querer falar de muita coisa em pouco tempo, trazendo pros dez minutos finais o que é considerado por muitos fãs o maior vilão do Homem-Aranha: Venom.
Como é muito assunto para tratar, o roteiro se intercala nas tramas paralelas enquanto a direção aproveita para investir nas cenas de ação. A primeira seqüência do filme já é de tirar o fôlego, com o Homem-Aranha cada vez mais rápido em suas acrobacias e as engenharias de lutas reforçadas pelos efeitos especiais cada vez mais próximos da perfeição. Tudo leva a crer que o grande esforço do filme é mesmo o entretenimento gratuito e o ritmo acelerado próprio dos tempos atuais. Mas, mesmo isto, perde seu fôlego nos minutos finais e tudo que vemos é uma batalha final pobre, com clichês de arrependimento e repetições de estratégias dos outros dois filmes, como a mocinha pendurada em um arame qualquer, enquanto o herói tem que se dividir entre ela e a cidade.
No geral, a direção continua tão boa quanto nos filmes anteriores. A interpretação dos atores, é coerente e verdadeira, enquanto que os enquadramentos e movimentos de câmera estão sempre buscando um olhar e uma expressão diferente. Mas, ficamos o tempo todo esperando sermos surpreendidos novamente com cenas memoráveis como o primeiro beijo do Aranha com Mary Jane de cabeça para baixo na chuva (primeiro filme), ou na tensão da revelação de sua identidade tão negativamente explorada no segundo filme.
O terceiro episódio nos traz muita tentativa de informação e pouca história propriamente dita, esta é a sensação ao sair do cinema. De que vimos um degustativo, um pouco de tudo e nada de algo. Mas, por mais incongruente que pareça, sempre é bom ver o Aranha nas telas. Apesar da sensação de frustração, as imagens impressionam e os efeitos das cenas de ação nos deixam extasiados. Se você for um fã de quadrinhos e principalmente de Peter Parker e sua turma não pode perder este filme. Agora se você espera ver um bom filme de ação, com enredo, tensão e um desfecho satisfatório não perca o seu tempo. É melhor rever o primeiro filme desta trilogia, ele sim tem tudo isso e um pouco mais.
Aos fãs, fica a dica para rever o desenho de 67, enquanto aguarda o quarto da série.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Spider-Man
2009-04-08T12:48:00-03:00
Amanda Aouad
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