My Fair Lady
Audrey Hepburn foi a grande cinderela dos anos 60/70 de Hollywood, não há dúvidas. Com sua beleza e sua classe, protagonizou histórias de amor inesquecíveis como Sabrina, Bonequinha de luxo ou Cinderela em Paris. Mas, quando seu nome foi o escolhido para interpretar Eliza Doolittle nos cinemas, a polêmica foi grande. Primeiro, porque a atriz não tinha uma voz tão potente para o musical, depois porque Eliza estava sendo interpretada há anos por Julie Andrews na Broadway. Os estúdios acharam que Julie não tinha experiência cinematográfica, mas o público achou tão absurdo que ela foi convidada para estrelar Mary Poppins, que acabou lhe rendendo o Oscar de melhor atriz no mesmo ano. Com toda a polêmica, Audrey ficou incomodada em ser dublada pela cantora Marni Nixon e gravou todas as músicas que foram mixadas em duas vozes. O resultado é muito interessante. Mas, os agudos mais altos são mesmo da dubladora, que tem um timbre bem parecido com o de Julie Andrews. A semelhança fez com que algumas pessoas achassem que era ela quem cantava.
My Fair Lady conta a história de uma vendedora de flores bastante rude e do professor Henry Higgins. A moça passa por aulas de dicção e postura por causa de uma aposta feita entre ele e o amigo Hugh Pickering, dizendo ser capaz de transformar uma simples vendedora de flores numa dama da alta sociedade, num espaço de seis meses.Um musical divertido, com canções inesquecíveis como I Could Have Danced All Night. O talento de Audrey Hepburn é demonstrado nas expressões e transformações na postura de Eliza, que vai evoluindo no decorrer do filme, mas sem perder sua personalidade forte. A parte chata fica por conta do pai da personagem, vagabundo que se aproveita da ascenção da filha para se dar bem. Há cenas intermináveis dele com os colegas.
O mais interessante em My Fair Lady é que trata-se de uma história de amor completamente atípica. Não temos um casal apaixonado, trocando juras de amor. Não há um único beijo no filme. A relação de Eliza e Henry é extremamente tensa, o amor fica velado, sem que nenhum dos dois seja capaz de admitir. O tom de comédia também é muito forte. Eliza é bastante atrapalhada e suas atitudes arrancam risadas do público como na cena em que vai acompanhar uma corrida de cavalos. Ainda assim levou multidões aos cinemas para sonhar com aquele conto de fadas.
E aqui um especial de My Fair Lady para televisão, com Julie Andrews, este foi uma forma de minimizar a polêmica. Eu adoro a voz da eterna Noviça Rebelde e a considero uma excelente atriz, vide seu papel não-musical em Dueto só para um, bom filme de Andrei Konchalovsky. Nem por isso deixo de admirar a Eliza de Audrey. São duas grandes estrelas do cinema.
My Fair Lady conta a história de uma vendedora de flores bastante rude e do professor Henry Higgins. A moça passa por aulas de dicção e postura por causa de uma aposta feita entre ele e o amigo Hugh Pickering, dizendo ser capaz de transformar uma simples vendedora de flores numa dama da alta sociedade, num espaço de seis meses.Um musical divertido, com canções inesquecíveis como I Could Have Danced All Night. O talento de Audrey Hepburn é demonstrado nas expressões e transformações na postura de Eliza, que vai evoluindo no decorrer do filme, mas sem perder sua personalidade forte. A parte chata fica por conta do pai da personagem, vagabundo que se aproveita da ascenção da filha para se dar bem. Há cenas intermináveis dele com os colegas.
O mais interessante em My Fair Lady é que trata-se de uma história de amor completamente atípica. Não temos um casal apaixonado, trocando juras de amor. Não há um único beijo no filme. A relação de Eliza e Henry é extremamente tensa, o amor fica velado, sem que nenhum dos dois seja capaz de admitir. O tom de comédia também é muito forte. Eliza é bastante atrapalhada e suas atitudes arrancam risadas do público como na cena em que vai acompanhar uma corrida de cavalos. Ainda assim levou multidões aos cinemas para sonhar com aquele conto de fadas.
E aqui um especial de My Fair Lady para televisão, com Julie Andrews, este foi uma forma de minimizar a polêmica. Eu adoro a voz da eterna Noviça Rebelde e a considero uma excelente atriz, vide seu papel não-musical em Dueto só para um, bom filme de Andrei Konchalovsky. Nem por isso deixo de admirar a Eliza de Audrey. São duas grandes estrelas do cinema.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
My Fair Lady
2009-11-19T11:29:00-03:00
Amanda Aouad
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