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E o
Meme já começa complicado, né? Escolher um filme entre tantos vistos, revistos e adorados parece uma tarefa insana. Mas, no fundo, sempre temos aquele que mais nos marcou por um motivo ou outro. Aquele que é o primeiro que lembramos ao falar de cinema. O que fica em nossa memória, nosso coração. Por isso escolhi
E o Vento Levou.
Este filme de 1939 é, sem dúvidas, o
filme que mais vi em minha vida. Já tinha visto facilmente umas quinze vezes antes de escolhê-lo como meu TCC da Pós de
Cinema. Aí, foram mais algumas visitas a obra, comprei o box especial, vi todos os extras possíveis e acompanhei mais uma vez a saga de
Scarlett O'Hara, vendo seu mundo ruir à sua frente, tomando as rédeas da situação e superando tudo.
![E o Vento Levou](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBwjU7TKSwCdWMsXZ2nfOJIEWucKN42rWfbyIyVuI_eB7jzDFKZvughNDiacMLds4QeiAZnl9a-XaHVhnZk-_YtSdGLAUP27_iuVfj6GT7hYTCs0kjnG-Vb3VOUu-909nUUtJ7dTM5bcug/s299/E-o-Vento-Levou-Scarlett-em-Tara.jpg)
Por que
E o Vento Levou me marcou tanto? Sinceramente, não sei. Vejo desde a infância, é verdade. Ouvia minha mãe falando dele e da força de sua protagonista. A primeira vez que vi foi nas intermináveis noites de dezembro da Globo que sempre reprisava o
filme em algum momento. Da segunda vez, gravei em uma VHS (da Globo mesmo) e fui ver de novo. Depois, meu pai comprou o VHS duplo do filme, hehe, até chegar ao DVD foram bons anos.
Mas, voltando ao
filme em si. É um clássico. Teve inúmeros problemas de direção, acho que foi o
filme que mais mudou diretor na história, mas ainda assim é extremamente bem construído. Foi uma inovação na época, com cenários grandiosos, trilha sonora pomposa e um ar de superação que americano adora. Aliás, foi uma coisa que coloquei em meu TCC, é impressionante como o
filme nos leva a ficar dos lados do Sul, quando tudo o que a civilização atual valoriza estava representado no Norte e em Abraham Lincoln.
E o Vento Levou é, na verdade, um símbolo dos Estados Unidos romântico que não existe mais.
![E o Vento Levou](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9hTCDiYgUT7UQKkeiN0eF3PHfiogjXFfIckj1o5vHuhGWRAU8qlJQytFZ70nQBU8wlIlYARGM_lSzs5NJZe1oNK-yRX2am1wD3Ln47gl7CB6SdJHsoEEDo-NdHxkitjvOEfz1U6wYtW-X/s400/e-o-vento-levou1.jpg)
Ainda no campo simbólico, é possível considerar
Scarlett e sua relação com a terra, mais do que uma metáfora do Sul e seu sonho, uma representante do próprio sonho americano. A força com que
Scarlett defende a sua terra e a paixão que demonstra por seu mundo pode ser comparada ao amor do americano por seu país, sua “terra natal”. Observando a época em que o
filme foi lançado (1939, pré-segunda guerra mundial), podemos perceber que esta visão do
sonho americano encontra um espaço bastante propício para crescer em termos de identificação com o público, não apenas norte-americano, mas mundial já que a guerra traz esse sentimento de defesa da pátria, que pode ser transposto para realidade de cada país.
Onde fico nisso tudo, e por que o
filme marcou tanto a minha vida, ainda pode ser um mistério. Mas, é uma obra que emociona em cada detalhe. De fato,
E o Vento Levou é o filme de minha vida.
E o Vento Levou (Gone With The Wind: 1939 / EUA)
Direção: Victor Fleming
Roteiro: Sidney Howard, baseado em livro de Margaret Mitchell
Com: Clark Gable, Vivien Leigh, Leslie Howard, Olivia de Havilland.
Duração: 241 min.