![Olhos da Justiça - filme Olhos da Justiça - filme](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioMUiMMoTISvrY6z_D1M6DX1N9pZOLQ_u84uHthirCH5qHZX45gFEyKRArcNfBFfAFMgLBGTtETezCeDk9rmPJszA_pI6UHFpzS-yuS055VuZjJSz8ESwddDrxA3TZttYLyXFEw1K8mKE/s200/olhos-da-justica-filme-03.jpg)
Aqui, a obra é ambientada nos anos 2000 e se passam apenas treze anos (não vinte e cinco) entre o crime e a retomada. O investigador Ray, vivido por Chiwetel Ejiofor, não é um escritor novato, mas um obcecado que acredita ter reencontrado Marzin, o suspeito de um crime brutal. Há treze anos, ele teria violentado e matado a jovem Carolyn, filha de sua colega de trabalho Jess, vivida por Julia Roberts. Assim, ele pede a sua antiga chefe e paixão platônica, Claire, vivida por Nicole Kidman, a reabrir o caso.
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O problema é que ele não é um filme original, é um remake, e um remake de um filme recente que se tornou um grande exemplar de nosso cinema. E ao compará-los, Olhos da Justiça cai muito no julgamento, ainda que copie muitas cenas. Ou talvez, exatamente por isso. São filmes diferentes, com tons diferentes e personagens idem. Ao inserir as cenas copiadas ficam completamente fora de contexto, soam falsas, estranhas. Ou mesmo geram expectativas frustradas como quando a câmera começa a se aproximar de um certo estádio.
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Billy Ray trabalha elementos do suspense de uma maneira quase vazia, ao contrário de Campanella que nos deu intensidade à sua trama. Não há verdade nas personagens de Olhos da Justiça, como não há verdade em sua trama, tudo parece milimetricamente encenado não nos fazendo embarcar na história com a mesma facilidade que na trama argentina.
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Talvez a melhor mudança com tentativa de manter o espírito original esteja na culpa. Sentimento presente em ambos os filmes, mas de maneira diversa, com impactos também diversos, mas que são o principal motor do protagonista para continuar buscando aquele crime e um final para ele, mesmo tantos anos depois. A diferença é que no americano a culpa vem com uma carga de melodrama maior.
Ainda assim, Olhos da Justiça não é um filme ruim. Como já foi dito, pensando nele isoladamente é uma boa obra. O problema é mesmo ele ser um remake de uma obra-prima recente, o que o torna até mesmo descenessário.
Olhos da Justiça (Secret in Their Eyes, 2015 / EUA)
Direção: Billy Ray
Roteiro: Billy Ray
Com: Chiwetel Ejiofor, Nicole Kidman, Julia Roberts, Dean Norris, Alfred Molina, Michael Kelly
Duração: 111 min.