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Nosso Blockbuster
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Em 2006, Daniel Filho levou as cinemas o que seria mais uma de suas comédias românticas, com atores globais, piadas divertidas, dancinhas engraçadas e uma história leve para toda a família. Porém, Se eu fosse você foi além de todas as expectativas do gênero, levando 3.644.956 espectadores aos cinemas. O maior público daquele ano. Glória Pires e Tony Ramos, atores de grande talento, conseguiram o tom certo para a história de Cláudio e Helena, um casal que troca de corpo sem razão aparente e tem que viver a vida um do outro. O argumento não tem absolutamente nada de novo, várias versões já foram feitas sobre o mesmo tema. Ainda assim, rendeu tanto sucesso que o público não ficaria satisfeito apenas com uma dose.
Em um acontecimento inédito no cinema brasileiro, um filme comercial (sem ser produto televisivo, nem infantil) tem uma continuação pautada exclusivamente em seu sucesso de público. E o mais incrível: com total êxito. Recorde de bilheteria em sua estréia, com 570 mil espectadores, já chegou a impressionante marca de 2,4 milhões de espectadores, batendo filmes como Tropa de Elite. Tudo isso com apenas três semanas.
Como a maioria das pessoas, tenho um pé atrás em relação a continuações. São sempre mais do mesmo, com piadas requentadas e uma dose oportunismo. Os americanos são experts nisso. Basta um filme fazer sucesso que lá vem o 2, 3, 4 e sabe-se lá o quê. Mas, apesar de todo o preconceito, Se eu fosse você 2 vale a pena. Primeiro porque temos dois grande atores, ainda mais a vontade em seus papéis invertidos. Depois, porque a história consegue inovar em cima do mesmo tema, trazendo situações extras, tão ou mais hilárias que o primeiro. Na realidade, o filme é uma comédia de situação (sitcom) que fala da necessidade de se colocar no papel do outro para resolver os problemas e as diferenças. Em uma crise maior que a do primeiro filme, o casal desta vez está pedindo o divórcio e até por isso, a troca é ainda mais inusitada. E vale a diversão.
O resto do elenco está praticamente trocado: Glória Menezes, Ary Fontoura e Patrícia Pilar envolvidos com as gravações da novela A Favorita, não puderam participar. E coube a nomes como Cássio Cabus Mendes, Vivianne Pasmanter e Chico Anísio dar o suporte à dupla. Sinceramente, o primeiro time era melhor, mesmo assim, o filme consegue ser leve e não torna-se repetitivo. Direção e fotografia, nada de mais, apenas cumprindo o papel do gênero. Mas, afinal é uma comédia romântica. Sessão da tarde, mas das mais divertidas e o melhor: nacional. Se damos tanto dinheiro para besteiras americanas, por que não para o nosso próprio cinema?
Em um acontecimento inédito no cinema brasileiro, um filme comercial (sem ser produto televisivo, nem infantil) tem uma continuação pautada exclusivamente em seu sucesso de público. E o mais incrível: com total êxito. Recorde de bilheteria em sua estréia, com 570 mil espectadores, já chegou a impressionante marca de 2,4 milhões de espectadores, batendo filmes como Tropa de Elite. Tudo isso com apenas três semanas.
Como a maioria das pessoas, tenho um pé atrás em relação a continuações. São sempre mais do mesmo, com piadas requentadas e uma dose oportunismo. Os americanos são experts nisso. Basta um filme fazer sucesso que lá vem o 2, 3, 4 e sabe-se lá o quê. Mas, apesar de todo o preconceito, Se eu fosse você 2 vale a pena. Primeiro porque temos dois grande atores, ainda mais a vontade em seus papéis invertidos. Depois, porque a história consegue inovar em cima do mesmo tema, trazendo situações extras, tão ou mais hilárias que o primeiro. Na realidade, o filme é uma comédia de situação (sitcom) que fala da necessidade de se colocar no papel do outro para resolver os problemas e as diferenças. Em uma crise maior que a do primeiro filme, o casal desta vez está pedindo o divórcio e até por isso, a troca é ainda mais inusitada. E vale a diversão.
O resto do elenco está praticamente trocado: Glória Menezes, Ary Fontoura e Patrícia Pilar envolvidos com as gravações da novela A Favorita, não puderam participar. E coube a nomes como Cássio Cabus Mendes, Vivianne Pasmanter e Chico Anísio dar o suporte à dupla. Sinceramente, o primeiro time era melhor, mesmo assim, o filme consegue ser leve e não torna-se repetitivo. Direção e fotografia, nada de mais, apenas cumprindo o papel do gênero. Mas, afinal é uma comédia romântica. Sessão da tarde, mas das mais divertidas e o melhor: nacional. Se damos tanto dinheiro para besteiras americanas, por que não para o nosso próprio cinema?
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Nosso Blockbuster
2009-01-26T00:16:00-03:00
Amanda Aouad
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