![Buzz Lightyear Buzz Lightyear](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQhLDzRoHfosPrGdPksf30ZtUMbiJm7D4zwjLPJB9oFR2vHjtrTeWykhFmnJ8LZ_q3eCQzeXrhAY0ILi6D2b4cOweKjlpTK-tqR31D3bcIeIqOU2b_HaZ_l4RsZv8KzvkMe7WPIGmjbjM/s320/buzz-3.jpg)
Em 1999, veio o Toy Story 2. Outro filme muito bem feito, com bom roteiro, mas muito parecido com o primeiro. Quebrando a lógica da Pixar de não fazer continuações, dizem que a responsabilidade foi da Disney, estúdio adepto de novos filmes com o mesmo tema. Particularmente eu não me envolvi tanto com esta segunda investida no mundo dos brinquedos, porque não trouxe algo de novo, parecia mais do mesmo.
![Woody e Andy Woody e Andy](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLaALIKXm1rFfbvtEdX7UG-54z-P2NuequoW3mEpsoDvxXtQrCU3rpnQcUcJFvRH49-1DOklMtq58lk6IwaDv93A5ggUrm3cI6qKIRMlukvv-utbfuqtr4Y7LtSfMHKQF1d8g2INmoehI/s400/woody-andy.jpg)
Eis que surge, em 2010, o Toy Story 3. Antes de ler o argumento, pensei que seria mais um ao estilo do segundo filme. Porém, aquela história fazia sentido. Após quinze anos da surpresa inicial, a Pixar e a Disney nos brindavam com uma verdadeira continuação do primeiro filme. Agora, Andy tinha crescido e ia para faculdade. O que fazer com seus brinquedos favoritos? Nasce então, uma potencial obra-prima dos cinemas. Os pequenos continuarão a se divertir com as aventuras de brinquedos bem humanizados. Os adultos vão se lembrar daquele momento crucial em que tiveram que dar adeus à infância. E principalmente, o público infantil que conheceu Toy Story em 1995, agora é o adulto jovem que passou recentemente pelo mesmo drama de Andy e mais do que ninguém vai compreender aquela dor e ter que se despedir junto ao garoto de seus queridos Woody, Buzz, Jessie e companhia.
![Caixa para Sunnyside Caixa para Sunnyside](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1iW3RGpLO_l48A6nVj_JNZ3jutj-5pBiNeS1mgSzuWVqiQbjxsuf6XWbZ1hiJ_K9vJS4u2swcsJSiOt79LrFOT4ckr4iBvlPCjMsdb_ruggz6EG_glQn9ZCROEqe356ql4ndtZNRUzrQ/s400/sunnyside-box.jpg)
É difícil traduzir em palavras a emoção da última sequência do filme. Claro que não vou contar aqui para vocês, não se preocupem. Mas quem já viu vai entender e quem não viu vai lembrar quando for conferir. É um momento mágico, nostálgico e mesmo doloroso. Confesso que fiquei em prantos na sala escura. Como é difícil se despedir da infância. Lembro de cada brinquedo que fui doando a outras crianças ao longo da vida e o sofrimento que isso causava. Toy Story nos dá isso e ainda inverte o ponto de vista, mostrando o quanto é doloroso para os brinquedos esse momento. Ao mesmo tempo em que querem continuar com seu dono, querem brincar. A emoção do dinossauro quando Andy toca nele dentro do baú é o retrato dessa sensação dúbia. Afinal, brinquedos foram feitos para brincar.
![Lots, Buzz e Woody Lots, Buzz e Woody](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgGtZ4Hnt0jvmTjcbirot_WsG2EsIGQhySiN2hQFI2gYYiZdzenSvvGbq_eGhH4BV4rTyc8v9wv9LFbhdfOEkl_aTqSN482Fyv7Sk7iR-_OU4WqvVbEDiuAnQJ90dhGrBRltrxv0hOR3U/s400/toy-story-3.jpg)
Toda a trajetória na creche, a confusão da ida para o sotão ou para o lixo e a disputa dentro do local, nos envolvem na direção do sentimento principal, que mais do que o medo da solidão, é o medo do momento da despedida. Do fim da amizade que julgávamos eterna. "O importante é que estejamos todos juntos", diz Woody logo no início. O final foi melancólico e surpreendente, um ponto final perfeito para uma história perfeita. Com a mesma técnica, aprimorada pelo tempo, Toy Story é um filme fundamental para todas as idades. A exibição em 3D não é tão importante, apenas um plus, nada que faça falta na versão 35mm. A essência está na história e na forma como esta é conduzida.
Ah, e antes que esqueça, destaque também para Dia e Noite, curta exibido antes do longa, muito interessante. Esse sim, vale a pena ver em 3D, pois aproveita bem o formato.