
Em Código de Conduta somos levados pela história de Clyde Shelton, vivido por Gerard Butler, que tem sua esposa e filha assassinadas brutalmente. Para completar, no julgamento, vê um dos criminosos sair ileso por ter feito um acordo com seu próprio advogado, não se conforma com tamanha distorção da Justiça e começa a arquitetar seu plano. A princípio, parece apenas mais uma trama de vingança pessoal, mas logo o cenário se abre para algo maior. Shelton não quer apenas vingar sua mulher e filho, quer provar que todo o sistema judicial do país é uma farsa mal arrumada.

A situação começa a perder o controle. Shelton não atinge mais apenas aqueles que estavam relacionados ao seu trauma, mas todos que atravessam o seu caminho. Incluindo aí seu companheiro de cela, uma garotinha simpática (fiha de Rice) e diversos outros inocentes que vão pagando por algo que está além deles. Neste ponto, entra a personagem de Viola Davis, uma prefeita pedante e insuportável que não tem o menor tato para resolver os problemas que se apresentam em sua frente. O espectador começa a ficar perdido, pois não consegue torcer nem para o bandido, nem para o mocinho.

Código de Conduta não chega a ser um filme ruim, tem más escolhas e maus momentos, mas consegue seu intento principal: entreter. De maneira distorcida, é verdade, mas ainda assim nos deixa presos na frente da tela, curiosos com o que pode acontecer em seguida. Pode não ser o ideal cinematográfico, mas também não é uma causa perdida.
Código de Conduta (Law Abiding Citizen: 2009 /EUA)
Direção: F. Gary Gray
Roteiro: Kurt Wimmer
Com: Jamie Foxx, Gerard Butler, Viola Davis, Colm Meaney, Bruce McGill.
Duração: 109 min.