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O Mágico de Oz
O Mágico de Oz
Baseado no livro de L. Frank Baum, O Mágico de Oz é daqueles grandes clássicos do cinema. A trama da jovem Dorothy que vai parar no mundo encantado de Oz após uma tempestade e precisa apelar ao grande mágico local é mesmo encantadora. Ainda mais com os cuidados de cenários e a novidade das cores para a época, que apesar de não ser o primeiro filme colorido, foi um dos primeiros a utilizar a cor de uma maneira tão bem feita.
A história é bem simples, e nem por isso, menos encantadora. Dorothy vivia em uma fazenda no Kansas com seus tios e seu cãozinho Totó. Até que o pequeno cão é ameaçado por uma vizinha maldosa que pretende levá-lo preso. Tentando fugir, Dorothy acaba se afastando da família quando um vendaval se aproxima. Todos se escondem, mas ela e Totó ficam expostos ao tornado e acabam sendo levados, indo parar na terra de Oz. Lá, eles conhecem três novos amigos, um espantalho, um leão e um homem de lata, além de uma bruxa bondosa e uma bruxa má. E precisam chegar até a cidade de Esmeraldas para pedir ajuda ao grande mágico local para os seus problemas.
Uma das coisas que chama a atenção na construção de O Mágico de Oz é a cor. A parte inicial, no Kansas, é toda em preto e branco, mas quando Dorothy abre a porta de casa e se vê em Oz, tudo fica colorido, inclusive a garota e o cãozinho. A direção de arte é muito bem feita, com excesso de cores, é verdade, para chamar a atenção da nova tecnologia. Até os sapatinhos da bruxa que seriam de cristal no livro, viram de rubis para realçar o vermelho da pedra. As paisagens, a estrada de tijolos amarelos que eles tem que seguir, a cidade de Esmeraldas, toda verde. Levando em consideração a época, então, tudo fica ainda melhor.
O fato é que, apesar de ter sonhado com um mundo além do arco-íris, Dorothy se assusta ao chegar a Oz e quer ir para casa. A referência à música nos obriga a falar desse momento que é um dos mais emblemáticos do filme, quando Judy Garland solta a sua voz, nessa que é uma das canções mais lembradas do cinema. Realizando, de certa forma, seu sonho, ela chega a Oz, matando a Bruxa Má do Leste e libertando os pequenos seres escravizados ali. Por isso, acaba ganhando os sapatos mágicos dela e desperta a ira de sua irmã, a malvada Bruxa do Oeste que passa a persegui-la.
Dorothy, então, precisa seguir os tijolos amarelos e encontrar o Mágico de Oz, na cidade de Esmeraldas para conseguir voltar para casa. Mas, no caminho ainda vai encontrar três outros companheiros de jornada. A cada encontro, é interessante a forma como o filme vai nos conduzindo. Primeiro o Espantalho, que quer um cérebro. Sempre muito divertido e musical, o filme arruma cenas e músicas para apresentações, sem tantos obstáculos. Depois vem o Homem de Lata que quer um coração. E por fim o Leão, que precisa de coragem. Aliás, a apresentação do leão é a melhor de todas. Com uma tensão inicial pelos perigos da floresta que tem "tigres, ursos e leões". O aparente ataque. E a resposta de Dorothy que desmascara o "vilão".
Uma coisa interessante em O Mágico de Oz é a analogia do que encontramos no mundo mágico e o que existe na vida real de Dorothy no Kansas. Tanto que, no final, todos acreditam ter sido um sonho, não deixando muito claro o que foi ou não realidade. A vizinha insuportável é a Bruxa Má do Oeste, vivida pela atriz Margaret Hamilton. O Espantalho, o Homem de Lata e o Leão, são três colonos Zeke (Bert Lahr), Hickory (Jack Haley) e Hunk (Ray Bolger) que na parte inicial já dão pistas de não ter coragem, ter "palha na cabeça" ou ser sem coração. E claro, o Mágico de Oz, é o professor Marvel (Frank Morgan), um falso adivinho que Dorothy encontra enquanto foge com Totó.
Com números musicais bem compostos e um bom ritmo, O Mágico de Oz tem também efeitos especiais bem realizados para época, como o próprio tornado, ainda que pareça que Dorothy vê tudo de uma televisão (a janela) e os efeitos do mágico no final. Há também a composição da Bruxa do Oeste e a forma como o roteiro ajuda a resolver tudo. Tendo ali, uma boa crítica também da própria sociedade, dos jogos de ilusão e da forma como as vezes, o que mais desejamos já está conosco, só precisamos aprender a ver.
O Mágico de Oz é daqueles clássicos mágicos que ficam em nossa mente. Bem feito, simbólico, envolvente e cheio de aprendizados e pensamentos. Afinal, Dorothy aprende a sua lição. Ela que sonhava com um lugar além do arco-íris acaba descobrindo que não há mesmo nenhum lugar como seu próprio lar.
O Mágico de Oz (The Wizard of Oz, 1939 / EUA)
Direção: Victor Fleming
Roteiro: Noel Langley, Florence Ryerson, Edgar Allan Woolf
Com: Judy Garland, Frank Morgan, Ray Bolger e Margaret Hamilton
Duração: 101 min
A história é bem simples, e nem por isso, menos encantadora. Dorothy vivia em uma fazenda no Kansas com seus tios e seu cãozinho Totó. Até que o pequeno cão é ameaçado por uma vizinha maldosa que pretende levá-lo preso. Tentando fugir, Dorothy acaba se afastando da família quando um vendaval se aproxima. Todos se escondem, mas ela e Totó ficam expostos ao tornado e acabam sendo levados, indo parar na terra de Oz. Lá, eles conhecem três novos amigos, um espantalho, um leão e um homem de lata, além de uma bruxa bondosa e uma bruxa má. E precisam chegar até a cidade de Esmeraldas para pedir ajuda ao grande mágico local para os seus problemas.
Uma das coisas que chama a atenção na construção de O Mágico de Oz é a cor. A parte inicial, no Kansas, é toda em preto e branco, mas quando Dorothy abre a porta de casa e se vê em Oz, tudo fica colorido, inclusive a garota e o cãozinho. A direção de arte é muito bem feita, com excesso de cores, é verdade, para chamar a atenção da nova tecnologia. Até os sapatinhos da bruxa que seriam de cristal no livro, viram de rubis para realçar o vermelho da pedra. As paisagens, a estrada de tijolos amarelos que eles tem que seguir, a cidade de Esmeraldas, toda verde. Levando em consideração a época, então, tudo fica ainda melhor.
O fato é que, apesar de ter sonhado com um mundo além do arco-íris, Dorothy se assusta ao chegar a Oz e quer ir para casa. A referência à música nos obriga a falar desse momento que é um dos mais emblemáticos do filme, quando Judy Garland solta a sua voz, nessa que é uma das canções mais lembradas do cinema. Realizando, de certa forma, seu sonho, ela chega a Oz, matando a Bruxa Má do Leste e libertando os pequenos seres escravizados ali. Por isso, acaba ganhando os sapatos mágicos dela e desperta a ira de sua irmã, a malvada Bruxa do Oeste que passa a persegui-la.
Dorothy, então, precisa seguir os tijolos amarelos e encontrar o Mágico de Oz, na cidade de Esmeraldas para conseguir voltar para casa. Mas, no caminho ainda vai encontrar três outros companheiros de jornada. A cada encontro, é interessante a forma como o filme vai nos conduzindo. Primeiro o Espantalho, que quer um cérebro. Sempre muito divertido e musical, o filme arruma cenas e músicas para apresentações, sem tantos obstáculos. Depois vem o Homem de Lata que quer um coração. E por fim o Leão, que precisa de coragem. Aliás, a apresentação do leão é a melhor de todas. Com uma tensão inicial pelos perigos da floresta que tem "tigres, ursos e leões". O aparente ataque. E a resposta de Dorothy que desmascara o "vilão".
Uma coisa interessante em O Mágico de Oz é a analogia do que encontramos no mundo mágico e o que existe na vida real de Dorothy no Kansas. Tanto que, no final, todos acreditam ter sido um sonho, não deixando muito claro o que foi ou não realidade. A vizinha insuportável é a Bruxa Má do Oeste, vivida pela atriz Margaret Hamilton. O Espantalho, o Homem de Lata e o Leão, são três colonos Zeke (Bert Lahr), Hickory (Jack Haley) e Hunk (Ray Bolger) que na parte inicial já dão pistas de não ter coragem, ter "palha na cabeça" ou ser sem coração. E claro, o Mágico de Oz, é o professor Marvel (Frank Morgan), um falso adivinho que Dorothy encontra enquanto foge com Totó.
Com números musicais bem compostos e um bom ritmo, O Mágico de Oz tem também efeitos especiais bem realizados para época, como o próprio tornado, ainda que pareça que Dorothy vê tudo de uma televisão (a janela) e os efeitos do mágico no final. Há também a composição da Bruxa do Oeste e a forma como o roteiro ajuda a resolver tudo. Tendo ali, uma boa crítica também da própria sociedade, dos jogos de ilusão e da forma como as vezes, o que mais desejamos já está conosco, só precisamos aprender a ver.
O Mágico de Oz é daqueles clássicos mágicos que ficam em nossa mente. Bem feito, simbólico, envolvente e cheio de aprendizados e pensamentos. Afinal, Dorothy aprende a sua lição. Ela que sonhava com um lugar além do arco-íris acaba descobrindo que não há mesmo nenhum lugar como seu próprio lar.
O Mágico de Oz (The Wizard of Oz, 1939 / EUA)
Direção: Victor Fleming
Roteiro: Noel Langley, Florence Ryerson, Edgar Allan Woolf
Com: Judy Garland, Frank Morgan, Ray Bolger e Margaret Hamilton
Duração: 101 min
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
O Mágico de Oz
2013-03-04T08:30:00-03:00
Amanda Aouad
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