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Jogo do Dinheiro
Jogo do Dinheiro
Lee Gates (George Clooney) é uma espécie de showman do programa de televisão Money Monster, onde dá dicas financeiras. Um dia, um jovem armado invade o programa e exige que a diretora Patty Fenn (Julia Roberts) o mantenha no ar, ou matará Lee. Tudo o que o invasor deseja é entender o porquê de uma dica ter dado errado e ele ter perdido todo o seu dinheiro ao mesmo tempo em que expõe a farsa a todos os telespectadores.
Essa é a premissa de Jogo do Dinheiro, novo filme de Jodie Foster. A princípio um suspense psicológico com críticas ao mundo do entretenimento e das apostas financeiras. Mas, na verdade, como todos os filmes da diretora, o que importa aqui é a construção das personagens e a relação entre elas. Ir descascando as camadas de cada uma delas é que torna tudo mais interessante.
Tanto Lee, quanto Patty ou Kyle, o jovem invasor, vão além do estereótipo, nos dando elementos para nos envolver com eles. Outras personagens também vão se revelando como a assessora Diane Lester ou o cameraman Lenny. Talvez, o maior pecado de Foster e seu time de roteiristas seja não desenvolver tão bem o empresário Walt Camby, o que acaba resultando em alguns problemas na resolução do roteiro.
De qualquer maneira, o filme cumpre o seu papel de nos deixar atentos e envolvidos com os acontecimentos em tela. Há verdade no drama, assim como há um jogo bem arquitetado de imagens que nos fazem estar ali junto com as personagens dentro do estúdio, na sala de controle, ou mesmo assistindo a tudo pela televisão. O filme pulsa em nossa frente e pulsamos junto com ele.
Enquanto estamos ali presos no estúdio, tudo parece funcionar em um timming perfeito. Mesmo os questionamentos sobre a bolsa, os riscos e o sensacionalismo dos programas de televisão parecem se encaixar. Ao mesmo tempo, vamos nos aproximando das personagens e compreendendo que elas vão além do estereótipo inicial.
O roteiro perde o fôlego quando há uma virada e algumas questões começam a ser esclarecidas. Há uma simplicidade nas questões que vão se perdendo em força e tornando a crítica quase ingênua. Há inclusive alguns detalhes como um jogo de "totó" que retorna que soa bobo em um apelo emocional que não cria o impacto necessário.
Mas, as personagens continuam ali, nos importando e isso acaba não deixando a obra se perder. Principalmente por contar com o talento de George Clooney – ainda que mais uma vez como ele mesmo –, Julia Roberts – que está bem na contida Patty –, Jack O'Connell – que nos passa verdade em seu Kyle – e até Dominic West, apesar do estereótipo.
Jogo do Dinheiro pode ser aquém do que prometia, se perdendo principalmente após a virada na trama. Mas, ainda assim, consegue nos manter atentos em tela e nos envolver com suas personagens e seus conflitos, aguardando ansiosamente pelo desfecho.
Jogo do Dinheiro (Money Monster, 2016 / EUA)
Direção: Jodie Foster
Roteiro: Jamie Linden, Alan DiFiore, Jim Kouf
Com: George Clooney, Julia Roberts, Jack O'Connell, Dominic West, Caitriona Balfe, Giancarlo Esposito
Duração: 108 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Jogo do Dinheiro
2016-05-26T08:30:00-03:00
Amanda Aouad
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