Começa nessa quarta-feira o 9º Olhar de Cinema - Festival Internacional de Curitiba. O Festival que costuma acontecer em junho na capital paranaense adiou sua edição como boa parte dos festivais nacionais por causa da pandemia. E agora acontecerá em versão on-line, como a maioria dos eventos cinematográficos tem feito, adaptando-se a realidade, mas não perdendo sua essência. Como os organizadores e curadores explicaram na coletiva do último dia 29 de setembro, adaptações precisaram ser feitas, mas o formato e estilo do festival continuam os mesmos. Sempre em busca de obras que instiguem e tragam um olhar peculiar, novidades, experimentações na linguagem.
Olhar de Cinema vem aí
Começa nessa quarta-feira o 9º Olhar de Cinema - Festival Internacional de Curitiba. O Festival que costuma acontecer em junho na capital paranaense adiou sua edição como boa parte dos festivais nacionais por causa da pandemia. E agora acontecerá em versão on-line, como a maioria dos eventos cinematográficos tem feito, adaptando-se a realidade, mas não perdendo sua essência. Como os organizadores e curadores explicaram na coletiva do último dia 29 de setembro, adaptações precisaram ser feitas, mas o formato e estilo do festival continuam os mesmos. Sempre em busca de obras que instiguem e tragam um olhar peculiar, novidades, experimentações na linguagem.
Para a edição online, os filmes ficarão disponíveis diretamente no site do festival: www.olhardecinema.com.br. Ao todo, a programação terá sete mostras: Mostra Competitiva, Mostra Foco, Novos Olhares, Outros Olhares, Olhares Brasil, Exibições Especiais e Mirada Paranaense. Como tem ocorrido com todos os festivais que estão tendo que se adaptar ao online, o positivo disso é o fato de o festival poder ser acessado por todo o país, já que uma ida a Curitiba não é tão simples para todos.
A abertura hoje acontece com a exibição do filme Para Onde Voam as Feiticeiras, de Eliane Caffé, Carla Caffé e Beto Amaral, que une encenações e improvisos de sete artistas de rua de São Paulo, expondo a permanência de antigos preconceitos de gênero e raça. O longa foi selecionado para o Cinelatino Rencontres de Toulouse, mas não chegou a ser exibido por causa da pandemia de Covid-19.
Já o filme de encerramento, no dia 15 de outubro, será Antena da Raça de Paloma Rocha e Luís Abramo onde os diretores resgatam diálogos, trechos, cenas dos filmes e entrevistas feitas por Glauber Rocha e os atualizam com personagens reais, atores da nossa tragédia contemporânea.
A Mostra Competitiva tradicionalmente apresenta uma seleção composta por filmes recém-lançados e ainda inéditos no Brasil, um conjunto de apostas e descobertas que busca o equilíbrio entre inventividade, abordagem de temas contemporâneos e potencial de comunicação com o público. Nesta edição serão nove longas-metragens, formando um recorte original da cinematografia mundial.
Mas como já foi dito, o Olhar não é apenas uma mostra competitiva, diversas mostra e atividades como debates e oficinais preenchem a programação do Festival, vocês podem conferir tudo no site oficial. O valor do ingresso é de cinco reais por filme que ficará disponível por 24 horas, sempre das 6h do dia de exibição até as 5h59 do dia seguinte.
Mostra Competitiva
Longas-Metragens
Nasir (Índia, Países Baixos, Singapura, 2019, 79 min.), de Arun Karthick;
Na Cabine de Exibição (The Viewing Booth, Israel, Estados Unidos, 2019, 71 min.), de Ra'anan Alexandrowicz
A Metamorfose dos Pássaros (Portugal, 2020, 101 min.), de Catarina Vasconcelos
Los Lobos (México, 2019, 95 min.), de Samuel Kishi
Longa Noite (Espanha, 2019, 90 min.), de Eloy Enciso
Victoria (Bélgica, 2020, 72 min.) de Sofie Benoot, Liesbeth De Ceulaer e Isabelle Tollenaere
Entre Nós Talvez Estejam Multidões ( Brasil, 2020, 99 min.) de Pedro Maia de Brito, Aiano Bemfica
Luz nos Trópicos (Brasil, 2020, 260 min.) de Paula Gaitan
Um Filme Dramático (Un film dramatique, 2019, França, 114 min.) , de Eric Baudelaire.
Curtas-Metragens
Chão de Rua (Brasil, 2019, 20 min.) de Tomás von der Osten
O Mártir (El Màrtir, 2020, Espanha, 18 min.) de Fernando Pomares
Panteras (Panteres, 2020, Espanha, 22 min.) de Erika Sanchez
Noite Perpétua (Portugal, 2020, França, 17 min.) de Pedro Peralta
Noite de Seresta (Brasil, 2019, 19 min.) de Sávio Fernandes, Muniz Filho
O Silêncio do Rio (El Silencio del rio, 2020, Peru, 14 min.) de Francesca Canepa
Telas de Shanzhai (Shānzhài Screens, 2020, França, 23 min.) de Paul Heintz
Algo-Rhythm (Austria, Senegal, Reino Unido, 2019, 14 min.) de Manu Luksch
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Olhar de Cinema vem aí
2020-10-07T08:35:00-03:00
Amanda Aouad
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