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Hitman: Agente 47
Hitman: Agente 47
Hitman: Agente 47 é mais uma adaptação de um videogame para o cinema que decepciona, entrando em cena como mais uma tentativa de transformar a ação desenfreada de um ambiente interativo em uma narrativa cinematográfica coesa. É só examinar de perto este filme que é difícil ignorar os tropeços que o levaram a se perder no emaranhado de clichês e falta de originalidade.
Desde o início, a ideia de um assassino letal criado por meio de engenharia genética tem um potencial intrínseco para um enredo complexo e fascinante. No entanto, Hitman: Agente 47 opta pelo caminho mais fácil, entregando uma trama genérica repleta de reviravoltas previsíveis e diálogos rasos. A falta de desenvolvimento dos personagens, em particular do protagonista, deixa o público sem âncora emocional para se conectar à história.
Timothy Olyphant, no papel principal, enfrenta o desafio de trazer vida a um personagem que é mais máquina do que homem. Sua performance, embora competente, é prejudicada pela falta de profundidade do roteiro, deixando-o incapaz de transcender os limites de um estereótipo de herói de ação. Olyphant luta bravamente para injetar um pouco de humor na taciturna personalidade do Agente 47, mas sua jornada claramente é frustrada pela falta de material para trabalhar.
A direção de Xavier Gens, em sua estreia em um grande lançamento de Hollywood, deixa muito a desejar. Embora ele tente emular o estilo visual de filmes de ação dos anos 80, o resultado é uma imitação sem vida de clichês do gênero. As cenas de ação, embora abundantes, carecem de originalidade e acabam se tornando monótonas à medida que o filme avança. Gens parece mais interessado em impressionar com explosões e tiroteios do que em desenvolver uma narrativa envolvente e personagens cativantes.
Um dos pontos mais marcantes do filme é a falta de identidade visual distinta. Hitman: Agente 47 parece mais uma colagem de sequências de outros filmes de ação do que uma obra singular e autêntica. A falta de coesão visual contribui para a sensação de desorientação que permeia todo o filme, deixando o espectador desinvestido na jornada do protagonista.
Em meio a tantos tropeços, é difícil identificar um momento verdadeiramente marcante em Hitman: Agente 47. O filme parece perdido em uma série de cenas de ação desconexas e subtramas superficiais, sem nenhum momento que se destaque como verdadeiramente memorável.
Sinto dizer, mas Hitman: Agente 47 é uma decepção em quase todos os aspectos. Desde sua trama genérica até suas performances subutilizadas, o filme falha em entregar uma experiência satisfatória para os fãs do videogame e para o público em geral. Se há uma lição a ser aprendida com este filme, é que nem todas as adaptações conseguem capturar a essência e a emoção do meio original.
Hitman – Assassino 47 (Hitman, 2007 / EUA, França)
Direção: Xavier Gens
Roteiro: Skip Woods
Com: Timothy Olyphant, Olga Kurylenko, Dougray Scott, Henry Ian Cusick, Michael Offei
Duração: 100 min.
Ari Cabral
Bacharel em Publicidade e Propaganda, profissional desde 2000, especialista em tratamento de imagem e direção de arte. Com experiência também em redes sociais, edição de vídeo e animação, fez ainda um curso de crítica cinematográfica ministrado por Pablo Villaça. Cinéfilo, aprendeu a ser notívago assistindo TV de madrugada, o único espaço para filmes legendados na TV aberta.
Hitman: Agente 47
2024-05-03T08:30:00-03:00
Ari Cabral
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