Verônica é uma professora de escola pública, sem paciência para crianças e com problemas pessoais. Um dia, ela percebe que ninguém foi buscar o aluno Leandro e resolve ajudar o menino. Começa, então, uma luta pela sobrevivência e justiça. Os pais de Leandro foram assassinados e o garoto está jurado de morte, pois tem um pendrive com informações que comprometem tanto traficantes quanto a polícia. Aos poucos, Verônica vai se afeiçoando ao menino e desenvolvendo seu lado materno, sendo capaz de tudo para protegê-lo.
O filme possui suspense, reflexão, muita correria e alguns bons momentos. Mas, destaque mesmo, só a atuação de Andréa Beltrão que dá vida a Verônica, provando que não é apenas uma atriz de comédia. No mais, falta ao filme um pouco mais de tato com o gênero de ação. Talvez porque seja tão raro no Brasil, mas já é um começo interessante. Apesar da co-produção com a Globo Filmes, foi feito com baixo orçamento, tendo a equipe que criar uma cooperativa para viabilizar as filmagens no mesmo estilo de O Cheiro do Ralo. A Globo só entrou no projeto após o filme pronto, para ajudar na distribuição, que aliás é a parte mais complicada do nosso mercado nacional. Com apenas 500 mil reais, sendo o filme editado pelo próprio diretor em casa, Verônica merece aplausos. Foi feito praticamente pelo sonho do diretor. É um exemplo em um país ainda tão carente de bons filmes.
