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A Era do Gelo 3D

A Era do Gelo 3
Após ver o filme A Era do Gelo 3, reforço a teoria de que continuações podem estragar uma boa franquia. Apesar de melhor do que o segundo, o terceiro filme, novamente dirigido pelo brasileiro Carlos Saldanha, não chega perto da consistência do primeiro. A grande novidade fica por conta da técnica, além de uma animação com detalhes impressionantes e melhor acabada, temos a tecnologia 3D, onde Saldanha pode brincar com a profundidade e textura dos quadros, criando uma sensação interessante e nem um pouco gratuita. Vale a pena pagar um pouco mais para vê-lo.

O roteiro, dessa vez, erra diminuindo a participação de Sid, a preguiça engraçada, fazendo com que suas cenas fiquem soltas. Mas, acerta ao criar uma trama própria para o melhor personagem da série: o esquilo Scratch. É interessante, vê-lo embolando nos pés de Sid logo no início e cruzando com o bando em alguns momentos. Sua trama com a fêmea Scratita arranca gargalhadas da platéia, com direito a cenas de ciúmes da noz. Muito bom.

A Era do Gelo 3 - Scratch e Scratita
A trama parte da solidão de Sid, com a aproximação do nascimento do filho de Manny e Ellie. Diego, também, não está feliz, vendo que seu vigor está menor e quer voltar a ser um tigre solitário. O problema é que para aplacar a solidão, Sid encontra três ovos de dinossauros e resolve criar os filhotes como se fosse dele. A mamãe dinossauro não gosta nada disso e acaba levando a preguiça para um vale subterrâneo, onde diversas feras co-habitam. O bando vai atrás do amigo e acaba conhecendo a doninha Buck. Um personagem interessante, com distúrbios psíquicos que sonha em caçar um dinossauro específico.

A Era do Gelo 3 - Carlos SaldanhaA história em si é simples, com um humor ingênuo, mas que consegue atingir todos os públicos com sua vertente pastelão. Mesmo assim, ao terminar a exibição fica a sensação de vazio. Nada foi acrescentado à experiência, ao contrário do que aconteceu no primeiro filme e que pode ser percebido também em obras como Madagascar e Monstros S.A. Fica gratuito, parece que a história está ali apenas para expor a técnica. Os personagens também ficam perdidos, sem aprofundamento, soltando piadas prontas. Uma pena, poderia ser muito melhor.

Já em relação à técnica, Carlos Saldanha consegue ser ainda mais detalhista nesse terceiro filme. Os planos, as movimentações nas cenas de ação, os detalhes, tudo funciona de forma harmônica tornando o filme uma diversão. Fico feliz de ver um brasileiro tão bem conceituado em hollywood, fazendo um trabalho digno. Não deixa de ser um orgulho e uma esperança de dias melhores para o nosso cinema.


Como curiosidade, a música que embala o casal é You'll never find another love like mine de Lou Rawls. É a melhor cena do filme, mas tem mais trapalhadas de Scratch no decorrer da trama. Você pode ouvi-la na minha rádio na aba esquerda.

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