Home
Andre Braugher
Brad Silberling
critica
Dennis Franz
drama
Meg Ryan
Nicolas Cage
romance
Cidade dos Anjos
Cidade dos Anjos
Cidade dos Anjos (1998), dirigido por Brad Silberling, é uma refilmagem americana do aclamado filme Asas do Desejo (1987), dirigido por Wim Wenders. Essa nova versão, estrelada por Nicolas Cage e Meg Ryan, traz uma abordagem envolvente sobre o amor impossível entre um anjo e uma humana com uma narrativa repleta de sensações e uma trilha sonora marcante, mesmo quando comparado ao seu inspirado filme original.
Cidade dos Anjos nos apresenta a Los Angeles, e aí está um trocadilho do filme, vista pelos olhos de Seth (Nicolas Cage), um anjo que vagueia pela cidade, invisível aos humanos. Sua missão é influenciar e confortar as pessoas em momentos difíceis, enquanto se mantém distante das emoções humanas. No entanto, tudo muda quando Seth conhece a dedicada cirurgiã Maggie (Meg Ryan), o que o faz questionar sua existência divina.
As atuações de Nicolas Cage e Meg Ryan merecem destaque. Cage interpreta Seth com uma expressão serena e um olhar apaixonado, transmitindo a serenidade e dignidade necessárias para o personagem. Sua química com Meg Ryan é palpável, criando momentos de intimidade e conexão. Meg Ryan, por sua vez, entrega uma atuação intensa e obstinada como Maggie, uma médica em busca de algo além da sua própria realidade. Ambos os atores trazem vida e emoção aos seus personagens, tornando a jornada romântica ainda mais envolvente.
A direção de Brad Silberling é sensível e cuidadosa. Ele utiliza planos detalhes e câmeras lentas para transmitir a beleza e a intimidade dos protagonistas. Silberling nos convida a mergulhar nas emoções e na busca de Seth e Maggie, aproximando-nos dos personagens e tornando o filme uma experiência pessoal envolvente. Além disso, a escolha de filmar em Los Angeles, com suas paisagens, adiciona um elemento visual poderoso à narrativa.
Um momento marcante do filme, e isso já era esperado desde seu primeiro olhar para a médica, ocorre quando Seth decide abrir mão de sua imortalidade e se lança do alto de uma estrutura em direção à mortalidade, em busca da possibilidade de tocar e sentir as coisas mundanas ao lado de Maggie. Essa é a entrega do protagonista ao amor e à experiência humana, resultando em um momento emocionante e inesquecível. Uma grande cena.
Além disso, a trilha sonora desempenha um papel fundamental em Cidade dos Anjos. As músicas, especialmente "Iris" da banda Goo Goo Dolls, são escolhidas com maestria, complementando perfeitamente as cenas e aprofundando as emoções transmitidas pelos personagens. A trilha sonora se torna parte integrante da narrativa, potencializando a atmosfera romântica e emocional do filme.
Cidade dos Anjos é um romance que encanta e emociona a quem assiste. Mesmo sendo uma refilmagem do clássico Asas do Desejo, o filme consegue impor sua própria identidade e se destacar. As atuações de Nicolas Cage e Meg Ryan são poderosas, transmitindo a serenidade e a paixão dos protagonistas. A direção sensível de Brad Silberling nos convida a mergulhar nas sensações e nos dilemas dos personagens, tornando a experiência cinematográfica ainda mais envolvente. Com momentos marcantes e uma trilha sonora cuidadosa, Cidade dos Anjos é um filme apaixonante que nos faz refletir sobre o amor, a mortalidade e a busca pela eternidade. O que seria mais importante?
Cidade dos Anjos (City of Angels, 1998 / Alemanha, EUA)
Direção: Brad Silberling
Roteiro: Dana Stevens
Com: Nicolas Cage, Meg Ryan, Andre Braugher, Dennis Franz
Duração: 114 min.

Ari Cabral
Bacharel em Publicidade e Propaganda, profissional desde 2000, especialista em tratamento de imagem e direção de arte. Com experiência também em redes sociais, edição de vídeo e animação, fez ainda um curso de crítica cinematográfica ministrado por Pablo Villaça. Cinéfilo, aprendeu a ser notívago assistindo TV de madrugada, o único espaço para filmes legendados na TV aberta.
Cidade dos Anjos
2023-08-23T08:30:00-03:00
Ari Cabral
Andre Braugher|Brad Silberling|critica|Dennis Franz|drama|Meg Ryan|Nicolas Cage|romance|
Assinar:
Postar comentários (Atom)
cadastre-se
Inscreva seu email aqui e acompanhe
os filmes do cinema com a gente:
os filmes do cinema com a gente:
No Cinema podcast
anteriores deste site
mais lidos do site
-
Em Alexandria (Ágora), Alejandro Amenábar empreende um mergulho ambicioso no século IV, colocando no centro uma figura rara: Hipátia , pol...
-
Rafiki me envolve como uma lufada de ar fresco. Uma história de amor adolescente que rompe o silêncio com coragem e delicadeza. Desde os pr...
-
Poucos filmes carregam em seu DNA o peso de inaugurar, questionar e ao mesmo tempo mitificar um gênero cinematográfico nacional. O Cangacei...
-
Fitzcarraldo (1982) é uma obra que supera qualquer limite do cinema convencional, mergulhando o espectador em uma narrativa tão grandiosa q...
-
Poucos filmes conseguem atravessar a barreira do drama para se tornar confissão. O Lutador (The Wrestler, 2008), de Darren Aronofsky , é u...
-
Assistindo a Timbuktu (2014), de Abderrahmane Sissako , encontrei um filme que, logo na abertura, revela sua dicotomia: a beleza quase hip...
-
Assisti Wallay com a sensação de que o que vemos na tela é ao mesmo tempo familiar e invisível: uma história de choque cultural, sim, mas f...
-
Rever Johnny & June (Walk the Line) quase duas décadas após seu lançamento é como escutar uma velha canção de Johnny Cash em vinil: há...
-
Loucamente Apaixonados (Like Crazy, 2011) é uma elegante dissecação do amor jovem . Não o amor idealizado, mas aquele repleto de fissuras, ...
-
Assistir Margin Call – O Dia Antes do Fim (2011) é como espiar pela fechadura o instante exato em que uma engrenagem colossal decide se que...