V SENCINE - Ano da França no Brasil
Com inscrições abertas, O V Seminário Internacional de Cinema e Audiovisual será realizado de 27 de julho a 1o de agosto no Teatro Castro Alves e irá homenagear o cineasta Jean-Luc Godard, como uma comemoração pelo ano da França no Brasil.
Serão exibidos 14 filmes do diretor francês, refletindo sobre contribuição para linguagem cinematográfica, que foi totalmente desconstruída a partir de Acossados. Ícone do movimento Nouvelle Vague, Godard é um dos cineastas que mais filmou em todos os tempos e uma seleção seria mesmo complicado, o seminário irá exibir:
Acossado (1960)
Homem rouba um carro e mata um policial antes de seguir para Paris. Lá, ele se esconde na casa de uma mulher, que tem o desejo de ser engravidada por ele. Quando ele perde a consciência e comete alguns pequenos delitos, dá também a brecha para os policiais o acharem e darem início a sua perseguição final.
Carmem (1983)
Carmem faz parte de uma gang terrorista e apaixona-se por um oficial da polícia que faz a segurança que ela e seus companheiros planejam roubar. Ela o seduz colocando-os cada vez mais próximos da destruição.
Uma mulher é uma mulher (1962)
Uma dançarina de cabaré tenta convencer seu marido a engravidá-la, ao mesmo tempo que reflete sobre sua vida.
Alphaville (1965)
Em uma deliciosa mistura de ficção-científica com drama, conhecemos a história de Lemmy Caution (Eddie Constantine), um agente intergalático que deve matar o inventor do super-computador Alpha 60. Conhecemos através de sua jornada um mundo totalmente novo, onde pessoas são controladas por um cérebro eletrônico extremamente avançado.
Nouvelle Vague (1998)
Uma mulher rica, bonita e autoritária, atropela um homem na estrada. Ela o leva para casa e cuida dele, os dois se tornam amantes.
Para sempre Mozart (1996)
O filme faz parte das nove obras que o diretor batizou de Histórias do Cinema, realizadas entre 1996 e 1998. São quatro filmes em um, unidos sem nenhuma indicação de separação. O tema principal envolve um diretor que planejou um filme, mas teve problemas com o elenco. Sendo assim, ele vai ajudar um primo a encenar uma peça de Musset, em Sarajevo. Ele foge quando os atores começam a se envolver com a guerra. O diretor tenta então finalizar o filme no qual estava trabalhando anteriormente, mas não consegue. Entre as estórias surgem reflexões, pensamentos e idéias sobre arte, política e cinema.
O desprezo (1963)
O roteirista Paul Javal é contratado para trabalhar no script de uma adaptação de “A Odisséia”, que está sendo dirigida por Fritz Lang em Capri, Itália, e produzida por Prokosch. Num dia, Javal deixa a mulher, Camille, pega uma carona com Prokosch, e acaba se atrasando para encontrá-la. Camille pensa que o marido a está usando como um “presente” para o produtor, e o casamento se desfaz.
O demônio das 11 horas (1965)
Cansado de sua monótona vida burguesa com a esposa, o professor espanhol Ferdinand Griffon (Jean-Paul Belmondo) foge com Marianne (Anna Karina), uma mulher que já fora sua amante no passado. Quando um corpo é encontrado na casa dela, os dois saem em direção ao sul da França cometendo uma série de roubos por onde passam.
O pequeno soldado (1963)
1958, guerra da Argélia. Bruno Forestier é desertor, está refugiado em Genebra e se apaixona por Véronica Dreyer. Recebe a incumbência, por um partido de extrema esquerda, de eliminar um jornalista político da rádio suíça. Fracassada a missão, Bruno é preso e torturado pelo FLN. Consegue escapar e volta para Véronica que está trabalhando para o FLN. Tempos depois, ela é presa e torturada até a morte pelos extremistas franceses.
Je vus salue Marie (1975)
O arcanjo Gabriel desembarca no aeroporto de Genebra acompanhado de uma garotinha e toma um táxi - o motorista é Joseph. Seu destino é um posto de gasolina, onde anuncia à Marie, filha do dono do posto, que ela será mãe. Entretanto, Marie, que ama Joseph, continua virgem. Depois de um pouco enciumado, Joseph acaba por aceitar o nascimento. O menino, Jésus, se torna um garoto agitado. Na estrada, Gabriel saúda Marie, mulher entre todas as mulheres.
Tempos de Guerra (1963)
Depois de ser convocados pelo rei para a guerra, dois camponeses saqueiam terras, fuzilam inocentes e voltam para casa com cartões-postais que imaginam ser títulos de propriedade. O filme não apenas denuncia a guerra, mas desmoraliza sua imagem no cinema.
Infelizmente para mim (1993)
A idéia do filme nasceu de um texto do poeta italiano Leopardi, em que descreve o lento e difícil percurso da humanidade; mostra a angústia, as constantes preocupações e a perturbação de seu criador frente aos infortúnios do homem. É novamente Godard renegando a história e a lógica, objetivando através da imagem; a busca de sensações, sentimentos e representações. A estrutura é desregrada, incomunicável e "artística". Mas, não deixa de ser um estilo muito interessante, provando que não precisamos de uma sequência lógica e didática para compreendermos os sentimentos e os seus significados. Um godardiano dos mais herméticos.
Passion (1982)
Um diretor começa a preparar um filme sobre grandes mestres da pintura. Em meio a esse cenário, ele passa a ter problemas para encontrar a luz adequada para a reprodução dessas obras e se envolve com duas mulheres.
A chinesa (1967)
Um grupo de estudantes franceses se tranca em um apartamento durante as férias e, enquanto discutem sobre diferentes temas político-sociais, também planejam ações terroristas.
Made in USA (1966)
Experimento linguístico e descontínuo de Godard, último filme que ele rodou com sua musa Anna Karina. Paula vai para Atlantic City encontrar-se com o marido, mas descobre que ele foi morto e encarna uma femme fatale para encontrar os assassinos.
As inscrições para o V Semcine, no valor de R$ 25 (meia) e R$ 50 (inteira), dão acesso às mesas-redondas e mostras de filmes. Devem ser feitas através do site.
Serão exibidos 14 filmes do diretor francês, refletindo sobre contribuição para linguagem cinematográfica, que foi totalmente desconstruída a partir de Acossados. Ícone do movimento Nouvelle Vague, Godard é um dos cineastas que mais filmou em todos os tempos e uma seleção seria mesmo complicado, o seminário irá exibir:
Acossado (1960)
Homem rouba um carro e mata um policial antes de seguir para Paris. Lá, ele se esconde na casa de uma mulher, que tem o desejo de ser engravidada por ele. Quando ele perde a consciência e comete alguns pequenos delitos, dá também a brecha para os policiais o acharem e darem início a sua perseguição final.
Carmem (1983)
Carmem faz parte de uma gang terrorista e apaixona-se por um oficial da polícia que faz a segurança que ela e seus companheiros planejam roubar. Ela o seduz colocando-os cada vez mais próximos da destruição.
Uma mulher é uma mulher (1962)
Uma dançarina de cabaré tenta convencer seu marido a engravidá-la, ao mesmo tempo que reflete sobre sua vida.
Alphaville (1965)
Em uma deliciosa mistura de ficção-científica com drama, conhecemos a história de Lemmy Caution (Eddie Constantine), um agente intergalático que deve matar o inventor do super-computador Alpha 60. Conhecemos através de sua jornada um mundo totalmente novo, onde pessoas são controladas por um cérebro eletrônico extremamente avançado.
Nouvelle Vague (1998)
Uma mulher rica, bonita e autoritária, atropela um homem na estrada. Ela o leva para casa e cuida dele, os dois se tornam amantes.
Para sempre Mozart (1996)
O filme faz parte das nove obras que o diretor batizou de Histórias do Cinema, realizadas entre 1996 e 1998. São quatro filmes em um, unidos sem nenhuma indicação de separação. O tema principal envolve um diretor que planejou um filme, mas teve problemas com o elenco. Sendo assim, ele vai ajudar um primo a encenar uma peça de Musset, em Sarajevo. Ele foge quando os atores começam a se envolver com a guerra. O diretor tenta então finalizar o filme no qual estava trabalhando anteriormente, mas não consegue. Entre as estórias surgem reflexões, pensamentos e idéias sobre arte, política e cinema.
O desprezo (1963)
O roteirista Paul Javal é contratado para trabalhar no script de uma adaptação de “A Odisséia”, que está sendo dirigida por Fritz Lang em Capri, Itália, e produzida por Prokosch. Num dia, Javal deixa a mulher, Camille, pega uma carona com Prokosch, e acaba se atrasando para encontrá-la. Camille pensa que o marido a está usando como um “presente” para o produtor, e o casamento se desfaz.
O demônio das 11 horas (1965)
Cansado de sua monótona vida burguesa com a esposa, o professor espanhol Ferdinand Griffon (Jean-Paul Belmondo) foge com Marianne (Anna Karina), uma mulher que já fora sua amante no passado. Quando um corpo é encontrado na casa dela, os dois saem em direção ao sul da França cometendo uma série de roubos por onde passam.
O pequeno soldado (1963)
1958, guerra da Argélia. Bruno Forestier é desertor, está refugiado em Genebra e se apaixona por Véronica Dreyer. Recebe a incumbência, por um partido de extrema esquerda, de eliminar um jornalista político da rádio suíça. Fracassada a missão, Bruno é preso e torturado pelo FLN. Consegue escapar e volta para Véronica que está trabalhando para o FLN. Tempos depois, ela é presa e torturada até a morte pelos extremistas franceses.
Je vus salue Marie (1975)
O arcanjo Gabriel desembarca no aeroporto de Genebra acompanhado de uma garotinha e toma um táxi - o motorista é Joseph. Seu destino é um posto de gasolina, onde anuncia à Marie, filha do dono do posto, que ela será mãe. Entretanto, Marie, que ama Joseph, continua virgem. Depois de um pouco enciumado, Joseph acaba por aceitar o nascimento. O menino, Jésus, se torna um garoto agitado. Na estrada, Gabriel saúda Marie, mulher entre todas as mulheres.
Tempos de Guerra (1963)
Depois de ser convocados pelo rei para a guerra, dois camponeses saqueiam terras, fuzilam inocentes e voltam para casa com cartões-postais que imaginam ser títulos de propriedade. O filme não apenas denuncia a guerra, mas desmoraliza sua imagem no cinema.
Infelizmente para mim (1993)
A idéia do filme nasceu de um texto do poeta italiano Leopardi, em que descreve o lento e difícil percurso da humanidade; mostra a angústia, as constantes preocupações e a perturbação de seu criador frente aos infortúnios do homem. É novamente Godard renegando a história e a lógica, objetivando através da imagem; a busca de sensações, sentimentos e representações. A estrutura é desregrada, incomunicável e "artística". Mas, não deixa de ser um estilo muito interessante, provando que não precisamos de uma sequência lógica e didática para compreendermos os sentimentos e os seus significados. Um godardiano dos mais herméticos.
Passion (1982)
Um diretor começa a preparar um filme sobre grandes mestres da pintura. Em meio a esse cenário, ele passa a ter problemas para encontrar a luz adequada para a reprodução dessas obras e se envolve com duas mulheres.
A chinesa (1967)
Um grupo de estudantes franceses se tranca em um apartamento durante as férias e, enquanto discutem sobre diferentes temas político-sociais, também planejam ações terroristas.
Made in USA (1966)
Experimento linguístico e descontínuo de Godard, último filme que ele rodou com sua musa Anna Karina. Paula vai para Atlantic City encontrar-se com o marido, mas descobre que ele foi morto e encarna uma femme fatale para encontrar os assassinos.
As inscrições para o V Semcine, no valor de R$ 25 (meia) e R$ 50 (inteira), dão acesso às mesas-redondas e mostras de filmes. Devem ser feitas através do site.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
V SENCINE - Ano da França no Brasil
2009-07-11T14:08:00-03:00
Amanda Aouad
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