Os Fantasmas de Scrooge
Robert Zemeckis tem minha admiração, primeiro ele dirigiu um dos filmes que mais me marcou nas últimas décadas, Contato. Lembro de ter ficado um tempo pensativa no cinema após a exibição. Depois, é dele a bela trilogia De Volta para o Futuro. Além, claro do inovador Forrest Gump. Após algumas tentativas incertas, o Náufrago e Revelação, além das animações Expresso Polar e Beowulf, Zemeckis traz à tela uma nova versão do livro de Charles Dickens: Um Conto de Natal. Alguém explica porque a versão brasileira mudou tanto o título do filme?
Um Conto de Natal é uma das histórias mais adaptadas do mundo. Já foi filme da época do cinema mudo, dos Muppets, quadrinhos do tio Patinhas, até uma versão de uma historinha da turma da Mônica. O filme mais lembrado, no entanto é Os Fantasmas Contra-Atacam, Scrooged no original, com Bill Murray, que já passou milhares de vezes na televisão. Essa nova versão é a mais fiel ao livro, é verdade. Tem uma atmosfera sombria da Londres Vitoriana e tem a temática densa, que o diretor tenta aliviar com alguns exageros nas caras e bocas de Jim Carrey, além de uma cena sem sentido, onde ele é diminuído e foge do fantasma do futuro pelos esgotos e ruas londrinas. Acontece que, apesar de ainda universal, a história do velho ranzinza que é visitado pelos fantasmas dos natais passado, presente e futuro fica, então, cansativa.
O roteiro é bom, a história é boa, mas a sensação é que estamos vendo mais do mesmo. O que salva a experiência é a roupagem. A animação é muito bem feita e soube utilizar as expressões dos atores de uma maneira primorosa. Jim Carrey e seus vários personagens está muito bem, utilizando seus trejeitos característicos. Além de Gary Oldman, como o simpático funcionário do velho Scrooge. Mais do que isso, no entanto, a tecnologia 3D dá um show a parte. A experiência é única e merece destaque. Apesar da polêmica nos comentários do post anterior, acredito que valha a pena ver o filme dublado só para presenciar esse jogo de profundidade e ultrapassagem dos limites da tela. O Fantasma do Natal Futuro, por exemplo, fica muito mais assustador com seu dedo apontando bem no nosso nariz. A neve caindo no nosso colo ou as viagens aéreas de Londres também são muito boas. A fotografia ganha um elemento a mais para contar a história. A única coisa ruim é que o óculos 3D deixa tudo ainda mais escuro na tela.
Ainda falando da tecnologia 3D, destaco também os trailers que passaram antes do filme. Apesar de querer ver Alice de Tim Burton na voz original, fiquei empolgada com as cenas em 3D dela caindo no buraco do coelho. Avatar também ganhou outra roupagem em minha visão. E impressionantes são as batalhas aéreas de Batalha por T.E.R.R.A. Talvez ver as duas versões seja uma solução razoável. Se as cópias chegarem ao Brasil legendadas, porque Os Fantasmas de Scrooge só vieram dublados aqui em Salvador, mesmo nos cinemas onde não existe o 3D. Dublado por dublado, vejamos nas três dimensões.
Um Conto de Natal é uma das histórias mais adaptadas do mundo. Já foi filme da época do cinema mudo, dos Muppets, quadrinhos do tio Patinhas, até uma versão de uma historinha da turma da Mônica. O filme mais lembrado, no entanto é Os Fantasmas Contra-Atacam, Scrooged no original, com Bill Murray, que já passou milhares de vezes na televisão. Essa nova versão é a mais fiel ao livro, é verdade. Tem uma atmosfera sombria da Londres Vitoriana e tem a temática densa, que o diretor tenta aliviar com alguns exageros nas caras e bocas de Jim Carrey, além de uma cena sem sentido, onde ele é diminuído e foge do fantasma do futuro pelos esgotos e ruas londrinas. Acontece que, apesar de ainda universal, a história do velho ranzinza que é visitado pelos fantasmas dos natais passado, presente e futuro fica, então, cansativa.
O roteiro é bom, a história é boa, mas a sensação é que estamos vendo mais do mesmo. O que salva a experiência é a roupagem. A animação é muito bem feita e soube utilizar as expressões dos atores de uma maneira primorosa. Jim Carrey e seus vários personagens está muito bem, utilizando seus trejeitos característicos. Além de Gary Oldman, como o simpático funcionário do velho Scrooge. Mais do que isso, no entanto, a tecnologia 3D dá um show a parte. A experiência é única e merece destaque. Apesar da polêmica nos comentários do post anterior, acredito que valha a pena ver o filme dublado só para presenciar esse jogo de profundidade e ultrapassagem dos limites da tela. O Fantasma do Natal Futuro, por exemplo, fica muito mais assustador com seu dedo apontando bem no nosso nariz. A neve caindo no nosso colo ou as viagens aéreas de Londres também são muito boas. A fotografia ganha um elemento a mais para contar a história. A única coisa ruim é que o óculos 3D deixa tudo ainda mais escuro na tela.
Ainda falando da tecnologia 3D, destaco também os trailers que passaram antes do filme. Apesar de querer ver Alice de Tim Burton na voz original, fiquei empolgada com as cenas em 3D dela caindo no buraco do coelho. Avatar também ganhou outra roupagem em minha visão. E impressionantes são as batalhas aéreas de Batalha por T.E.R.R.A. Talvez ver as duas versões seja uma solução razoável. Se as cópias chegarem ao Brasil legendadas, porque Os Fantasmas de Scrooge só vieram dublados aqui em Salvador, mesmo nos cinemas onde não existe o 3D. Dublado por dublado, vejamos nas três dimensões.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Os Fantasmas de Scrooge
2009-11-13T13:37:00-03:00
Amanda Aouad
animacao|aventura|critica|Jim Carrey|natal|
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