
A trama, bem rasa, gira em torno de James, um assessor especial do embaixador norte-americano na França, e Charlie Wax, agente secreto com métodos poucos ortodoxos, segundo a definição no próprio filme, que chegam a Paris para investigar um possível atentado terrorista. A trama rasa com uma tentativa pífia de surpresa final serve apenas para ligar as diversas cenas de ação, bem eletrizantes, com algumas atitudes mentirosas até a alma. A cena em que James joga o revólver para Charlie mesmo é forçada ao extremo. Ainda assim, tem umas muito boas, como na sala de manequins ou a perseguição de carro.

A grande diferença deste para Busca Implacável é mesmo a história. Ambas tem um homem super talentoso que sabe como encontrar bandidos em Paris, com perseguições eletrizantes, muito tiro e ritmo acelerado. Aliás, depois desses filmes do diretor francês vou pensar duas vezes antes de visitar a Cidade-luz. Porém, enquanto no primeiro nos envolvíamos no sofrimento e busca daquele pai desesperado, em Dupla Implacável fica tudo muito solto e irreal. A tentativa de explicação é tão difícil de engolir e tão óbvia a partir de uma determinada cena da trama que chega a ser ridícula.
Difícil entender como Luc Besson conseguiu escrever um roteiro tão raso. Alguém que criou O Profissional ou O Quinto Elemento sabe que filmes de ação podem ter boas histórias. Ainda assim, é uma diversão para quem gosta de muito tiro, correria e explosões.