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Vidas que se cruzam?

Charlize TheronQue Guillermo Arriaga é um excelente roteirista não se tem dúvida, já que nos brindou com pérolas como 21 Gramas, Babel e Amores Brutos. Roteiros inteligentes, sensíveis e que brincam com o formato da narrativa. Agora ele estreia na direção e nos traz uma boa história, mas parece que, ao se aventurar em outra técnica, deixou a desejar exatamente naquilo em que era especialista.

Vidas que se cruzam já começa com um erro na tradução do título que é na verdade o grande erro do roteiro. A história tenta se sustentar na mesma brincadeira de várias vidas cruzadas, mas se perde ao apresentar uma teia óbvia. Desde o início está bem claro quem é quem e na terceira sequência já dá para perceber a falta de linearidade e onde tudo isso vai nos levar. Então, o jogo de esconde-esconde acaba soando com enrolação e o ritmo do filme fica lento ao extremo.


Cartaz de Vidas que se cruzamThe Burning Plain, o título original, nos traz um enigma muito mais interessante, afinal o que está em chamas naquela história é, na verdade, todos os valores, medos, desejos e carências daqueles personagens. Um drama que daria belas sessões de terapia e reconstruções a partir de grandes traumas. O filme nos conduz também para esse lado, mas fica tão preocupado em esconder o jogo do quem-é-quem que perde a chance de explorar ainda mais esses processos e relações familiares.

Contar qualquer coisa da história é entregar o pouco que resta de surpresa, então, devo falar apenas que são pessoas com grandes traumas no passado e culpas no futuro. Os alicerces que regem a trama são quatro mulheres: Mariana, Sylvia, Gina e Maria. Todas com interpretações fantástica, pricipalmente a garota Jennifer Lawrence, a Mariana, que surpreende nos momentos de maior dor, principalmente no clímax de sua história. Charlize Theron, a Sylvia, e Kim Basinger, a Gina, retornam ao cinema após uma pauta longa e também demonstram grande segurança em suas interpretações. A garotinha Tessa Ia, a Maria, é a de menor destaque, mas ainda assim, passa verdade em sua personagem.

Vidas que se cruzam

Quem elas são, como as vidas "se cruzam" e qual o jogo escondido é o que menos importa. O drama humano ali vivido é intenso e repleto de momentos de extrema sensibilidade. A condução para ele é que falha ao tentar privilegiar o mistério, que na verdade, não existe. Destaque para a cena final, quase um resumo de momentos decisivos, que teve uma escolha de direção muito interessante.



GAME QUINCAS
E para quem está acompanhando o jogo de Quincas, segue mais uma pista.

Já descobriu em que rua aconteciam as festas do Pelourinho de Quincas? Então continue.

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