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Trapézio

Gina LollobrigidaRever clássicos é sempre uma experiência interessante. Vi Trapézio há muito tempo, nem lembro direito as circunstâncias, mas me impressionaram as cenas de circo, principalmente, claro, os vôos no trapézio. Mas, a história é centrada nos bastidores, tirando muito do glamour do picadeiro e mostrando o quanto é difícil o jogo para se manter em cena.


O filme já começa impactante. Burt Lancaster é o trapezista Mike Ribble, único capaz de fazer o salto triplo no trapézio. Ele se prepara, salta e cai. Não apenas na rede, mas no chão. Há uma passagem de tempo e o jovem Tino Orsini, vivido por Tony Curtis, aparece no circo a sua procura. Ribble agora é apenas um montador, ficou com um defeito na perna, mas o rapaz quer que ele o treine, pois pretende aprender o salto triplo. O embate dos dois se passa nos bastidores de um teste onde o empresário do circo irá comprar alguns números que serão apresentados no espetáculo. É nesse jogo de articulação para se dar bem que surge Lola, a interesseira vivida por Gina Lollobrigida.

Burt Lancaster, Gina Lollobrigida e Tony Curtis

Lola quer ser a estrela do circo e não poupa esforços para conseguir seu intento, inclusive jogar seu charme para os dois parceiros de trapézio. O jogo de sedução e troca de interesses é bem amarrado, nos envolvendo na história. As personalidades são bem datadas e marcadas, mas fazem parte da estrutura fílmica da época. Tino é o bobo, deslumbrado e presa fácil. Lola é a femme fatale. Ribble é o esperto e inteligente, mas que acaba enredado pela situação.

TrapézioO que mais impressiona no roteiro de James R. Webb é que apesar de todos os indícios, a história e principalmente o seu final, não é nada clichê. Somos surpreendidos pela forma que o filme nos conduz e ficamos perdidos sem saber como aquilo tudo irá se resolver, a partir das complicações que vão se desenrolando. A direção de Carol Reed é segura e as cenas são tensas. O trapézio é mais um personagem que nos deixa em suspensão a cada movimento. Nem por isso, ele descuida dos secundários. Principalmente Rosa e seu marido com o número do cavalo no arco de fogo.

Emoção não falta nesse longametragem de 1956. Bom roteiro, boa direção, boas atuações e cenas fortes tornam Trapézio uma boa opção em qualquer tempo.

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