Vinte, Trinta, Quarenta
O filme de Sylvia Chang, único filme chinês selecionado para o Festival de Berlim de 2004 é um panorama da mulher moderna. Três mulheres, três faixas etárias diferentes e a mesma questão: a busca pela felicidade. Claro que o amor passa por elas e todas estão confusas em relação a ele. Xiao Jie é uma garota que sonha em ser cantora e acaba descobrindo uma experiência incrível em Taipei. Xiang Xiang é uma aeromoça que não consegue se prender a um homem, assim como os vê se tornando maridos de outras. E Lily descobre que seu marido tem outra família, pede o divórcio e tenta refazer sua vida, aproveitando experiências que antes não se permitia.
Contando a história dessas três mulheres em paralelo, Sylvia Chang nos envolve em questões típicas do nosso tempo. Qual o papel da mulher? O que precisamos para sermos felizes? Um homem é mesmo necessário em nossa vida? E nossa carreira? Ninguém quer estar só, e as três protagonistas se envolvem, cada uma à sua maneira, com pessoas tão diferentes que às vezes parece que não dará mesmo certo.
O sonho de Xiao Jie é cantar, ela deixou os pais em outra cidade para tentar esse caminho, mas as pessoas que conhece no caminho vão lhe mostrando que existem outras coisas na vida. A relação dela com sua companheira de quarto é delicada e pura, típica de uma adolescente descobrindo a vida. Xiang Xiang parece ser auto-destrutiva, se relacionando com homens complicados, em relações sexuais doentias. O amor parece passar longe dela. Até que sua relação com o piano lhe mostra um novo caminho. Já Lily parece ser a mais estruturada. Dona de uma floricultura, tem a coragem de pedir o divórcio e buscar uma nova chance. Ela se diverte com homens mais jovens, aprende esportes como o tênis, não tem medo de se aproximar dos outros, tudo parece uma questão de tempo.
Interessante, como as três estão praticamente no mesmo quarteirão, mas não se conhecem. Típico de uma cidade grande. Em algumas cenas, elas se cruzam, mas não há interação entre as histórias. Ainda assim, o roteiro não parece fragmentado. É fluido, envolvente, gostoso de acompanhar. Há detalhes na direção que nos divertem, como um jogo de espelhos ou a forma como ela apresenta as personagens.
O filme ainda quebra a barreira do oriente / ocidente contando uma história universal, com problemas, perfis e soluções típicos de qualquer ser humano em um mundo atual. São apenas mulheres em busca de sua própria vida.
Contando a história dessas três mulheres em paralelo, Sylvia Chang nos envolve em questões típicas do nosso tempo. Qual o papel da mulher? O que precisamos para sermos felizes? Um homem é mesmo necessário em nossa vida? E nossa carreira? Ninguém quer estar só, e as três protagonistas se envolvem, cada uma à sua maneira, com pessoas tão diferentes que às vezes parece que não dará mesmo certo.
O sonho de Xiao Jie é cantar, ela deixou os pais em outra cidade para tentar esse caminho, mas as pessoas que conhece no caminho vão lhe mostrando que existem outras coisas na vida. A relação dela com sua companheira de quarto é delicada e pura, típica de uma adolescente descobrindo a vida. Xiang Xiang parece ser auto-destrutiva, se relacionando com homens complicados, em relações sexuais doentias. O amor parece passar longe dela. Até que sua relação com o piano lhe mostra um novo caminho. Já Lily parece ser a mais estruturada. Dona de uma floricultura, tem a coragem de pedir o divórcio e buscar uma nova chance. Ela se diverte com homens mais jovens, aprende esportes como o tênis, não tem medo de se aproximar dos outros, tudo parece uma questão de tempo.
Interessante, como as três estão praticamente no mesmo quarteirão, mas não se conhecem. Típico de uma cidade grande. Em algumas cenas, elas se cruzam, mas não há interação entre as histórias. Ainda assim, o roteiro não parece fragmentado. É fluido, envolvente, gostoso de acompanhar. Há detalhes na direção que nos divertem, como um jogo de espelhos ou a forma como ela apresenta as personagens.
O filme ainda quebra a barreira do oriente / ocidente contando uma história universal, com problemas, perfis e soluções típicos de qualquer ser humano em um mundo atual. São apenas mulheres em busca de sua própria vida.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Vinte, Trinta, Quarenta
2011-01-11T08:54:00-03:00
Amanda Aouad
cinema asiático|critica|drama|romance|
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