Mais uma semana onde os Festivais chamam a atenção, no Rio de Janeiro, várias premières e expectativas para as produções internacionais. O cinema nacional, como sempre, tem espaço de destaque. E as notícias deixam curiosidade, principalmente com “Histórias que só existem quando lembradas”, da estreante Julia Murat que levou o público presente às lágrimas. Já "Eu Receberia as Piores Notícias de seus Lindos Lábios", de Beto Brant que traz Camila Pitanga com protagonista, teve a sessão com maior público até o momento. Outro que causou furor foi "A Novela das 8", de Odilon Rocha, tendo exibição com casa cheia, mas parece que o filme não empolgou tanto. Enquanto isso, no Rio Market, a boa notícia é a criação da NOSSA Distribuidora que une Conspiração Filmes, Lereby, Mobz, Morena Filmes, O2 Filmes, Vinny Filmes e Zazen Produções para promover e melhorar a distribuição do cinema brasileiro. A idéia é não distribuir apenas filmes das sete produtoras participantes, mas dar um controle maior ao produtor, viabilizando a função no país, antes controladas pelas majores norte-americanas. É torcer para o negócio vingar e o mercado de cinema no país se tornar ainda mair forte. 

Com o feriado, os filmes da semana estrearam na quarta-feira dia 12. Foram eles, Os Três Mosqueteiros, em uma versão hi-tech com bons e maus momentos, tendo uma boa utilização de 3D e vilões bem desenvolvidos e interpretados. A comédia romântica Qual o seu número?, que traz Anna Faris em um papel tolo de uma mulher que não pode aumentar o número de parceiros sexuais e resolve procurar todos os seus exs com a ajuda do vizinho interpretado por Chris Evans. E Winter, o golfinho, baseado na história real de um golfinho que teve a cauda amputada e com o empenho de um garoto conseguiu sobreviver e se tornar símbolo de superação. Quem quiser conhecer mais é só visitar o seewinter.com A nota triste foi o adiamento do lançamento de A Pele Que Habito, filme de Pedro Almodovar que estrearia hoje no país. Só nos resta torcer para que novembro chegue logo.
O filme tem claras influências de O Cubo e da série Lost, com flashbacks dando pistas de por que essas pessoas foram parar ali. Toda a produção é muito bem cuidada, desde as escolhas da direção, direção de fotografia, sonoplastia, cenografia e figurino. O roteiro se destaca principalmente pela forma como envolve e deixa o espectador curioso com o passado e destino de cada personagem. O elenco, no entanto, é fraco e há um pequeno descuido de continuísmo com a barba de um dos atores. Mesmo assim, O Labirinto impressiona, sendo uma produção acadêmica acima da média. Os realizadores têm tudo para trilhar uma carreira de sucesso no mundo cinematográfico. É bom ficar de olho.
Direção: Bruno Jareta
Roteiro: Bruno Jareta, Laís Gurjão e Natalia Torres.

