Winter, o Golfinho
Baseado em uma história real, Winter, o golfinho é uma trama de superação que emociona e serve de inspiração. Em um mundo onde a acessibilidade e o respeito às diferenças são temas cada vez mais discutidos, é bastante propício que um filme infantil nos mostre essa relação partindo de um golfinho deficiente físico e de um garoto que faz de tudo para mantê-lo bem.
Winter é um golfinho fêmea que teve o azar de se enrolar em uma armadinha para caranguejos indo parar ferida na beira da praia. É lá que o garotinho Sawyer a encontra e fica encantado com o animal a ponto de fugir da escola para acompanhar seu tratamento. A cauda do golfinho ficou bastante danificada e acaba tendo que ser amputada. Winter reaprende a nadar rebolando, mas acaba prejudicando sua coluna vertebral. Apesar da sinopse deixar claro isso, vai ser uma luta até que Winter possa ter a sua prótese e possa voltar a nadar em paz.
O filme começa no mar, com os golfinhos nadando livremente próximo a um barco de pesca que retira os caranguejos da água. É assim, de forma simples, que vamos descobrir que o "vilão" do golfinho é uma rede de caranguejos. Logo depois passamos para apresentação do personagem Sawyer e a dificuldade de relacionamentos do garoto. É interessante o paralelo dele com o primo campeão de natação que vai para o exército e a importância disso para história de Winter. Como é interessante também saber das dificuldades de Sawyer para entender o porquê de sua mãe acabar aceitando que ele se dedique tanto a uma causa, ainda que nobre.
No hospital, Sawyer ganha mais do que a amizade de Winter, ganha uma família entre médicos, enfermeiros, treinadores e a garotinha Mel. Isso sem falar da folclórica ave de codinome Telha que tem uma função bastante interessante a cada nova cena. Ao mesmo tempo em que assusta os novos visitantes, denuncia Sawyer escondido nos primeiros momentos e serve de proteção em vários outros. Isso sem falar em sua função de coro, reagindo a cada situação apresentada.
O amor entre Winter e Sawyer é retratado de uma forma delicada, desde o primeiro instante em que o garoto a ajuda na beira da praia, passando pelo resgate da vontade de viver ao revê-lo no hospital à confiança nas primeiras alimentações e nas brincadeiras a cada dia de recuperação. Winter se torna um símbolo de superação, não apenas para Sawyer e sua dificuldade de relacionamentos pessoais, mas para diversas crianças deficientes físicas, esse é o mote que faz com que milhares de pessoas se sensibilizem com a causa. E é interessante a forma como o diretor Charles Martin Smith vai mostrando isso em imagens.
Winter, o Golfinho é mais do que um filme infantil. É uma curiosidade sobre um caso ímpar de um ser que sofreu um acidente e se tornou símbolo de milhares de crianças, e por que não, adultos, que viram em seu exemplo de superação uma força a mais para lutar pela vida, apesar das dificuldades. Se um golfinho se adaptou a uma prótese e voltou a nadar tranquilamente, porque não um ser humano?
O exemplo de Winter continua no site seewinter.com, vale uma visita, é possível ainda acompanhar o animal ao vivo em sua piscina.
Winter, O Golfinho (The Dolphin Tale: 2011 / Estados Unidos)
Direção: Charles Martin Smith
Roteiro: Karen Janszen e Noam Dromi
Com: Morgan Freeman, Ashley Judd, Kris Kristofferson, Harry Connick Jr.
Duração: 113 min.
Winter é um golfinho fêmea que teve o azar de se enrolar em uma armadinha para caranguejos indo parar ferida na beira da praia. É lá que o garotinho Sawyer a encontra e fica encantado com o animal a ponto de fugir da escola para acompanhar seu tratamento. A cauda do golfinho ficou bastante danificada e acaba tendo que ser amputada. Winter reaprende a nadar rebolando, mas acaba prejudicando sua coluna vertebral. Apesar da sinopse deixar claro isso, vai ser uma luta até que Winter possa ter a sua prótese e possa voltar a nadar em paz.
O filme começa no mar, com os golfinhos nadando livremente próximo a um barco de pesca que retira os caranguejos da água. É assim, de forma simples, que vamos descobrir que o "vilão" do golfinho é uma rede de caranguejos. Logo depois passamos para apresentação do personagem Sawyer e a dificuldade de relacionamentos do garoto. É interessante o paralelo dele com o primo campeão de natação que vai para o exército e a importância disso para história de Winter. Como é interessante também saber das dificuldades de Sawyer para entender o porquê de sua mãe acabar aceitando que ele se dedique tanto a uma causa, ainda que nobre.
No hospital, Sawyer ganha mais do que a amizade de Winter, ganha uma família entre médicos, enfermeiros, treinadores e a garotinha Mel. Isso sem falar da folclórica ave de codinome Telha que tem uma função bastante interessante a cada nova cena. Ao mesmo tempo em que assusta os novos visitantes, denuncia Sawyer escondido nos primeiros momentos e serve de proteção em vários outros. Isso sem falar em sua função de coro, reagindo a cada situação apresentada.
O amor entre Winter e Sawyer é retratado de uma forma delicada, desde o primeiro instante em que o garoto a ajuda na beira da praia, passando pelo resgate da vontade de viver ao revê-lo no hospital à confiança nas primeiras alimentações e nas brincadeiras a cada dia de recuperação. Winter se torna um símbolo de superação, não apenas para Sawyer e sua dificuldade de relacionamentos pessoais, mas para diversas crianças deficientes físicas, esse é o mote que faz com que milhares de pessoas se sensibilizem com a causa. E é interessante a forma como o diretor Charles Martin Smith vai mostrando isso em imagens.
Winter, o Golfinho é mais do que um filme infantil. É uma curiosidade sobre um caso ímpar de um ser que sofreu um acidente e se tornou símbolo de milhares de crianças, e por que não, adultos, que viram em seu exemplo de superação uma força a mais para lutar pela vida, apesar das dificuldades. Se um golfinho se adaptou a uma prótese e voltou a nadar tranquilamente, porque não um ser humano?
O exemplo de Winter continua no site seewinter.com, vale uma visita, é possível ainda acompanhar o animal ao vivo em sua piscina.
Winter, O Golfinho (The Dolphin Tale: 2011 / Estados Unidos)
Direção: Charles Martin Smith
Roteiro: Karen Janszen e Noam Dromi
Com: Morgan Freeman, Ashley Judd, Kris Kristofferson, Harry Connick Jr.
Duração: 113 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Winter, o Golfinho
2011-10-15T13:44:00-03:00
Amanda Aouad
Ashley Judd|critica|drama|Harry Connick Jr|infantil|Morgan Freeman|
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