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Noite de Ano Novo
Noite de Ano Novo
O título não é dos mais criativos, a história também não, mas o elenco estelar e o clima de renovação fazem de Noite de Ano Novo um bom exemplar de filmes de fim de ano. Ainda que a melhor piada do longametragem esteja nos créditos, com o "nascimento" do DVD de Idas e Vindas do Amor, o filme anterior de Garry Marshall que tem uma fórmula bastante parecida.
A história é uma costura de pequenas outras histórias de casais, solteiros, adolescentes, pessoas de diversas classes sociais e momentos de vida no último dia do ano. Tem a mulher madura que decide ir em busca de sua lista de desejos, os casais que disputam quem será o primeiro bebê de uma maternidade para ganhar uma boa quantia em dinheiro, o homem solitário à beira da morte, a mãe que tenta proteger a filha adolescente não deixando-a ir à Times Square, o rapaz rico que sonha com a moça que conheceu na festa do ano anterior, o solitário que odeia festa de virada de ano, entre outros tantos que vão se cruzando e distanciando no decorrer do filme.
O mais incrível do filme é o elenco. Eles vão chegando aos poucos e preenchendo a tela de uma maneira equilibrada até. Impressionante, já que normalmente esse tipo de time acaba se tornando um balaio onde ninguém se entende nem consegue boas cenas. Mas, apesar da repetição de tipos de alguns atores, os personagens são bem desenvolvidos e nos convencem de sua importância. Garry Marshall conseguiu um grande feito, de fato, reunindo nomes como Ashton Kutcher, Robert De Niro, Katherine Heigl, Josh Duhamel, Jessica Biel, Hilary Swank, Michelle Pfeiffer, John Lithgow, Sarah Jessica Parker, Halle Berry, Frankie Muniz, Carla Gugino, Sienna Miller, Zac Efron, Abigail Breslin e até Jon Bon Jovi, como um astro pop, claro e Lea Michele (de Glee), como sua back vocal.
Entre várias histórias, tons e argumentos, Noite de Ano Novo fala exatamente do que diz o título, da noite de ano novo. Dessa data mística onde as esperanças são renovadas em uma criação meio sem sentido de uma mudança de calendário. Tudo bem, não é sem sentido por completo, é o tempo em que a Terra dá a volta no Sol, mas é de fato um ciclo muito mais emocional que físico. Um marco, uma mudança, um momento de renovar as esperanças, repensar a vida, fazer promessas que se perdem com o passar dos dias. Um ritual. E por quantos rituais passamos em nossas vidas? O filme constrói sua história nessa colcha de retalhos de vidas que se transformam e são resumidas pela mensagem de Hilary Swank em um momento de tensão da trama. Ela, que é a responsável pela festa na Times Square, e por um dos rituais mais conhecidos no mundo nessa época, a bola que desce com a contagem regressiva.
Como já disse, o filme tem boas saídas e é bem construído ainda que diante de clichês diversos e papéis repetidos. É interessante ver, por exemplo, a solução encontrada para o tradicional clipe musical com todos os personagens em seus momentos de emoção. Tanto a que começa no elevador quanto a da virada do ano em si, não soam forçadas e são uma boa oportunidade para Jon Bon Jovi e Lea Michele soltarem a voz, deixando fãs felizes. Tomara que a coitada não fique marcada como uma eterna Glee e possa fazer filmes sem música.
E diante de tanto clichê e situação óbvia, não posso deixar de elogiar os momentos em que o roteiro de Katherine Fugate puxa o nosso tapete, surpreendendo. Não explico aqui em detalhes para não estragar a surpresa, mas quem assistir vai perceber o que falo, pois tudo nos leva a uma coisa e temos dois desdobramentos bem mais interessantes. Destaque ainda para a construção da personagem de Michelle Pfeiffer, despida de qualquer tipo de vaidade, que torna até seus olhos azuis apagados diante da mulher atrapalhada e sem sal. E destaque negativo para o irritante sotaque de Sofia Vergara, como a personagem Ava, ajudante de Katherine Heigl. Ah, claro, e para os fãs de Halle Berry, uma informação extra filme, sua personagem seria a de Heigl, mas problemas pessoais a fizeram sair do projeto e quando retornou, ficou apenas com a pequena participação como enfermeira, ainda assim, tem uma cena muito bonita no momento da virada.
É difícil falar de Noite de Ano Novo. O filme simplesmente é esse conjunto de recortes, momentos, personagens, todos envolvidos pela virada do ano e esperanças renovadas de que podem fazer diferente em nossa busca eterna pela felicidade. Clichê ao extremo, mas que, assim como a noite do dia 31, ainda funciona e não nos cansamos de ver. É só estar no clima.
Noite de Ano Novo (New Year's Eve: 2011 / EUA)
Direção: Garry Marshall
Roteiro: Katherine Fugate
Com: Ashton Kutcher, Robert De Niro, Katherine Heigl, Josh Duhamel, Jessica Biel, Hilary Swank, Michelle Pfeiffer, John Lithgow, Sarah Jessica Parker, Halle Berry, Frankie Muniz, Carla Gugino, Sienna Miller, Zac Efron, Abigail Breslin, Jon Bon Jovi e Lea Michele.
Duração: 118 min.
A história é uma costura de pequenas outras histórias de casais, solteiros, adolescentes, pessoas de diversas classes sociais e momentos de vida no último dia do ano. Tem a mulher madura que decide ir em busca de sua lista de desejos, os casais que disputam quem será o primeiro bebê de uma maternidade para ganhar uma boa quantia em dinheiro, o homem solitário à beira da morte, a mãe que tenta proteger a filha adolescente não deixando-a ir à Times Square, o rapaz rico que sonha com a moça que conheceu na festa do ano anterior, o solitário que odeia festa de virada de ano, entre outros tantos que vão se cruzando e distanciando no decorrer do filme.
O mais incrível do filme é o elenco. Eles vão chegando aos poucos e preenchendo a tela de uma maneira equilibrada até. Impressionante, já que normalmente esse tipo de time acaba se tornando um balaio onde ninguém se entende nem consegue boas cenas. Mas, apesar da repetição de tipos de alguns atores, os personagens são bem desenvolvidos e nos convencem de sua importância. Garry Marshall conseguiu um grande feito, de fato, reunindo nomes como Ashton Kutcher, Robert De Niro, Katherine Heigl, Josh Duhamel, Jessica Biel, Hilary Swank, Michelle Pfeiffer, John Lithgow, Sarah Jessica Parker, Halle Berry, Frankie Muniz, Carla Gugino, Sienna Miller, Zac Efron, Abigail Breslin e até Jon Bon Jovi, como um astro pop, claro e Lea Michele (de Glee), como sua back vocal.
Entre várias histórias, tons e argumentos, Noite de Ano Novo fala exatamente do que diz o título, da noite de ano novo. Dessa data mística onde as esperanças são renovadas em uma criação meio sem sentido de uma mudança de calendário. Tudo bem, não é sem sentido por completo, é o tempo em que a Terra dá a volta no Sol, mas é de fato um ciclo muito mais emocional que físico. Um marco, uma mudança, um momento de renovar as esperanças, repensar a vida, fazer promessas que se perdem com o passar dos dias. Um ritual. E por quantos rituais passamos em nossas vidas? O filme constrói sua história nessa colcha de retalhos de vidas que se transformam e são resumidas pela mensagem de Hilary Swank em um momento de tensão da trama. Ela, que é a responsável pela festa na Times Square, e por um dos rituais mais conhecidos no mundo nessa época, a bola que desce com a contagem regressiva.
Como já disse, o filme tem boas saídas e é bem construído ainda que diante de clichês diversos e papéis repetidos. É interessante ver, por exemplo, a solução encontrada para o tradicional clipe musical com todos os personagens em seus momentos de emoção. Tanto a que começa no elevador quanto a da virada do ano em si, não soam forçadas e são uma boa oportunidade para Jon Bon Jovi e Lea Michele soltarem a voz, deixando fãs felizes. Tomara que a coitada não fique marcada como uma eterna Glee e possa fazer filmes sem música.
E diante de tanto clichê e situação óbvia, não posso deixar de elogiar os momentos em que o roteiro de Katherine Fugate puxa o nosso tapete, surpreendendo. Não explico aqui em detalhes para não estragar a surpresa, mas quem assistir vai perceber o que falo, pois tudo nos leva a uma coisa e temos dois desdobramentos bem mais interessantes. Destaque ainda para a construção da personagem de Michelle Pfeiffer, despida de qualquer tipo de vaidade, que torna até seus olhos azuis apagados diante da mulher atrapalhada e sem sal. E destaque negativo para o irritante sotaque de Sofia Vergara, como a personagem Ava, ajudante de Katherine Heigl. Ah, claro, e para os fãs de Halle Berry, uma informação extra filme, sua personagem seria a de Heigl, mas problemas pessoais a fizeram sair do projeto e quando retornou, ficou apenas com a pequena participação como enfermeira, ainda assim, tem uma cena muito bonita no momento da virada.
É difícil falar de Noite de Ano Novo. O filme simplesmente é esse conjunto de recortes, momentos, personagens, todos envolvidos pela virada do ano e esperanças renovadas de que podem fazer diferente em nossa busca eterna pela felicidade. Clichê ao extremo, mas que, assim como a noite do dia 31, ainda funciona e não nos cansamos de ver. É só estar no clima.
Noite de Ano Novo (New Year's Eve: 2011 / EUA)
Direção: Garry Marshall
Roteiro: Katherine Fugate
Com: Ashton Kutcher, Robert De Niro, Katherine Heigl, Josh Duhamel, Jessica Biel, Hilary Swank, Michelle Pfeiffer, John Lithgow, Sarah Jessica Parker, Halle Berry, Frankie Muniz, Carla Gugino, Sienna Miller, Zac Efron, Abigail Breslin, Jon Bon Jovi e Lea Michele.
Duração: 118 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Noite de Ano Novo
2011-12-10T09:11:00-02:00
Amanda Aouad
Ashton Kutcher|Carla Gugino|Halle Berry|Hilary Swank|Jessica Biel|Katherine Heigl|Michelle Pfeiffer|Robert De Niro|Sarah Jessica Parker|Zac Efron|
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