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Resident Evil 5: Retribuição
Resident Evil 5: Retribuição
Depois de muitos erros e alguns acertos, Paul W.S. Anderson chega ao seu quinto filme com uma nova proposta que se aproxima definitivamente da linguagem dos jogos Resident Evil. Conquistando fãs do game e desagradando boa parte dos que gostam de cinema.
Após uma excelente abertura em câmera lenta retrocedendo, o filme nos coloca dentro de uma plataforma de games. Primeiro temos uma longa apresentação da situação, com Alice em uma tela digital fazendo um resumo de sua história. Ou seja, do que aconteceu nos quatro outros filmes. Algumas cenas ilustram a explanação. Temos, então, o que acontece no início de todo filme: Alice acordando. Só que agora, serão duas vezes em situações bem distintas, com bastante tensão e sustos na platéia.
Nossa protagonista acordada, missão dada e jogo iniciado. Resident Evil 5: Retribuição é isso, um jogo de videogame. Com diversas fases e uma estrutura bem similar à outra plataforma, em que a rainha vermelha controla os ambiente em um jogo de xadrez para destruir os personagens. E não é apenas na estrutura de fases, desafios e recompensas que ele se assemelha aos games. Mas, até na construção de ajudas e desafios, como quando Alice entra em Tóquio e tem que pegar uma arma dentro de um carro de polícia, ou quando ela não matou todos os zumbis, mas conseguiu "pontos" suficientes para mudar de fase e uma porta se abre.
Levando em consideração o roteiro, este filme se aproxima do primeiro. Alice e seus companheiros estão em uma sede da Umbrella, controlada pela rainha vermelha, e têm que fugir de alguma maneira para sobreviver. Há até uma brincadeira quando a vilã diz "vocês vão morrer todos aí embaixo". E Alice retruca que "já ouviu isso antes". A diferença é que ali, havia uma estrutura de um filme em um lugar fechado. Enquanto que aqui é mesmo um game com fases, chefões e novos desafios.
Não digo que isso seja completamente ruim. Depois do primeiro, esse acaba sendo o melhor filme da série. Porém, isso não quer dizer também muita coisa. É um acerto se aproximar dos jogos, claro. Essa era a maior reclamação dos fãs que queriam reconhecer suas próprias aventuras na tela grande. O problema é que estar tão próximo dos games, tornou o filme esquemático e cansativo. Mesmo tendo apenas 96 minutos de projeção.
Uma coisa é você pegar um console e conduzir seu avatar em uma aventura contra monstros, zumbis, clones e computadores. Outra coisa é você ficar passivamente assistindo àquilo tudo. É como se ficássemos vendo a simulação dos jogos em vez de jogá-los. Por isso, uma adaptação nunca é exatamente igual. É preciso levar em conta as particularidades dos outros meios. E nisso, Resident Evil acaba sendo um filme incompleto.
Ainda assim, há momentos que podem ser considerados épicos para os fãs, como a chegada do personagem Leon Scott Kennedy, último protagonista dos jogos que faltava aparecer na série. Ou a luta entre Alice e Jill Valentine. Há também o plus de Paul W.S. Anderson continuar dando uma boa utilização ao 3D. Assim como no quarto filme, a tecnologia é bem empregada, com profundidade trabalhada e objetos projetados que nos dão susto e a impressão de uma imersão maior.
Resident Evil 5: Retribuição é um entretenimento bem feito, pensado para aproximar ao máximo da plataforma dos games. Mas, que falha enquanto filme e avanço da história. É pobre de espírito, cansativo e totalmente descartável.
Resident Evil 5 - Retribuição (Resident Evil: Retribution, 2012 / EUA)
Direção: Paul W.S. Anderson
Roteiro: Paul W.S. Anderson
Com: Mila Jovovich, Sienna Guillory, Boris Kodjoe, Johann Urb e Michelle Rodriguez
Duração: 96 min.
Após uma excelente abertura em câmera lenta retrocedendo, o filme nos coloca dentro de uma plataforma de games. Primeiro temos uma longa apresentação da situação, com Alice em uma tela digital fazendo um resumo de sua história. Ou seja, do que aconteceu nos quatro outros filmes. Algumas cenas ilustram a explanação. Temos, então, o que acontece no início de todo filme: Alice acordando. Só que agora, serão duas vezes em situações bem distintas, com bastante tensão e sustos na platéia.
Nossa protagonista acordada, missão dada e jogo iniciado. Resident Evil 5: Retribuição é isso, um jogo de videogame. Com diversas fases e uma estrutura bem similar à outra plataforma, em que a rainha vermelha controla os ambiente em um jogo de xadrez para destruir os personagens. E não é apenas na estrutura de fases, desafios e recompensas que ele se assemelha aos games. Mas, até na construção de ajudas e desafios, como quando Alice entra em Tóquio e tem que pegar uma arma dentro de um carro de polícia, ou quando ela não matou todos os zumbis, mas conseguiu "pontos" suficientes para mudar de fase e uma porta se abre.
Levando em consideração o roteiro, este filme se aproxima do primeiro. Alice e seus companheiros estão em uma sede da Umbrella, controlada pela rainha vermelha, e têm que fugir de alguma maneira para sobreviver. Há até uma brincadeira quando a vilã diz "vocês vão morrer todos aí embaixo". E Alice retruca que "já ouviu isso antes". A diferença é que ali, havia uma estrutura de um filme em um lugar fechado. Enquanto que aqui é mesmo um game com fases, chefões e novos desafios.
Não digo que isso seja completamente ruim. Depois do primeiro, esse acaba sendo o melhor filme da série. Porém, isso não quer dizer também muita coisa. É um acerto se aproximar dos jogos, claro. Essa era a maior reclamação dos fãs que queriam reconhecer suas próprias aventuras na tela grande. O problema é que estar tão próximo dos games, tornou o filme esquemático e cansativo. Mesmo tendo apenas 96 minutos de projeção.
Uma coisa é você pegar um console e conduzir seu avatar em uma aventura contra monstros, zumbis, clones e computadores. Outra coisa é você ficar passivamente assistindo àquilo tudo. É como se ficássemos vendo a simulação dos jogos em vez de jogá-los. Por isso, uma adaptação nunca é exatamente igual. É preciso levar em conta as particularidades dos outros meios. E nisso, Resident Evil acaba sendo um filme incompleto.
Ainda assim, há momentos que podem ser considerados épicos para os fãs, como a chegada do personagem Leon Scott Kennedy, último protagonista dos jogos que faltava aparecer na série. Ou a luta entre Alice e Jill Valentine. Há também o plus de Paul W.S. Anderson continuar dando uma boa utilização ao 3D. Assim como no quarto filme, a tecnologia é bem empregada, com profundidade trabalhada e objetos projetados que nos dão susto e a impressão de uma imersão maior.
Resident Evil 5: Retribuição é um entretenimento bem feito, pensado para aproximar ao máximo da plataforma dos games. Mas, que falha enquanto filme e avanço da história. É pobre de espírito, cansativo e totalmente descartável.
Resident Evil 5 - Retribuição (Resident Evil: Retribution, 2012 / EUA)
Direção: Paul W.S. Anderson
Roteiro: Paul W.S. Anderson
Com: Mila Jovovich, Sienna Guillory, Boris Kodjoe, Johann Urb e Michelle Rodriguez
Duração: 96 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Resident Evil 5: Retribuição
2012-10-03T08:30:00-03:00
Amanda Aouad
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