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Até que a Sorte nos Separe
Até que a Sorte nos Separe
Até que a Sorte nos Separe nova comédia de Roberto Santucci, mesmo diretor de De Pernas para o Ar, promete ser a nova sensação das bilheterias brasileiras. A boa notícia é que é mesmo uma comédia divertida e gostosa de acompanhar.
A trama gira em torno de dois casais bem diferentes. Leandro Hassum e Danielle Winits são Tino e Jane, novos ricos graças a um acerto na loteria, que esbanjam e vivem de maneira irresponsável. Kiko Mascarenhas e Rita Elmor são Amauri e Laura, seus vizinho. Um casal cheio de regras e posturas que sofrem com as extravagâncias do casal ao lado. Tudo muda quando Tino descobre que está falido e vai precisar dos conselhos financeiros de Amauri. O problema é: como esconder isso de Jane, que dá a notícia de que está grávida novamente?
O tom de Até que a Sorte nos Separe é de uma comédia leve, próxima de outro sucesso brasileiro Se eu Fosse Você, que pode agradar a diversos públicos. Seu roteiro é bem pensado e chega a ter momentos de emoção, sem chegar a ser piegas. As piadas são boas, não caem no exagero, não apelam para o besteirol, nem conotações sexuais ou escatológicas. Todas são piadas de situação e que se seguram muito no talento humorístico de Leandro Hassum.
Esse talvez seja um problema no tempo da montagem. Por Hassum ter uma explosão cômica boa, com muitos gestos e expressões engraçadas, o filme acaba demorando um pouco a mais em cada cena, deixando o ápice do riso cair. Talvez, se tivesse um ritmo mais ágil, deixando muitas coisas no ar, fosse melhor. Ainda assim, o filme constrói bem a sua linha cômica, contando uma história divertida e com boas cenas.
Até porque o filme não se segura tão somente no talento de Hassum. Ele faz uma boa parceria com Danielle Winits. A atriz que já ficou conhecida por seus papéis cômicos na televisão, tem aqui uma boa performance, sem precisar cair nos estereótipos de "loura burra" ou "burra gostosa", tão comuns. A brincadeira maior aqui é com a perua plastificada, mas há nuanças em sua personagem que não a tornam apenas isso. Outro que segue na mesma linha de comédia é Ailton Graça, o dono de bar que se torna designer.
Contrabalanceando esse time de comédia mais rasgada estão Kiko Mascarenhas e Rita Elmor, que trazem um humor mais irônico. A história do casal está mais para uma tragicomédia. A construção densa dos dois, os problemas financeiros, a vontade de engravidar, o controle excessivo. Os dois atores possuem uma boa química e nos dão esse outro ponto de vista da história de uma forma divertida também.
E claro, para agradar todos os públicos, ainda tem a trama do casal adolescente, Bruno e Tete, filhos dos dois casais. Bruno é o garoto tímido e romântico, filho de Amauri e Laura. E Tete é a filha mais velha de Tino e Jane, que parece ser a única voz da razão diante daquela família sem regras. Apesar da história deles não ter muito espaço, nem grande importância na trama, está ali, como mais um elemento para agradar todos os públicos.
No final, Até que a Sorte nos Separe demonstra-se uma boa surpresa. Com algumas falhas e clichês, mas que também a torna uma comédia bem feita. Engraçada, divertida e com momentos de reflexão. Divertimento certo para todos os gostos.
Até que a Sorte nos Separe (Até que a Sorte nos Separe, 2012 / Brasil)
Direção: Roberto Santucci
Roteiro: Paulo Cursino
Com: Leandro Hassum, Danielle Winits, Kiko Mascarenhas, Ailton Graça e Rita Elmor
Duração: 105 min
A trama gira em torno de dois casais bem diferentes. Leandro Hassum e Danielle Winits são Tino e Jane, novos ricos graças a um acerto na loteria, que esbanjam e vivem de maneira irresponsável. Kiko Mascarenhas e Rita Elmor são Amauri e Laura, seus vizinho. Um casal cheio de regras e posturas que sofrem com as extravagâncias do casal ao lado. Tudo muda quando Tino descobre que está falido e vai precisar dos conselhos financeiros de Amauri. O problema é: como esconder isso de Jane, que dá a notícia de que está grávida novamente?
O tom de Até que a Sorte nos Separe é de uma comédia leve, próxima de outro sucesso brasileiro Se eu Fosse Você, que pode agradar a diversos públicos. Seu roteiro é bem pensado e chega a ter momentos de emoção, sem chegar a ser piegas. As piadas são boas, não caem no exagero, não apelam para o besteirol, nem conotações sexuais ou escatológicas. Todas são piadas de situação e que se seguram muito no talento humorístico de Leandro Hassum.
Esse talvez seja um problema no tempo da montagem. Por Hassum ter uma explosão cômica boa, com muitos gestos e expressões engraçadas, o filme acaba demorando um pouco a mais em cada cena, deixando o ápice do riso cair. Talvez, se tivesse um ritmo mais ágil, deixando muitas coisas no ar, fosse melhor. Ainda assim, o filme constrói bem a sua linha cômica, contando uma história divertida e com boas cenas.
Até porque o filme não se segura tão somente no talento de Hassum. Ele faz uma boa parceria com Danielle Winits. A atriz que já ficou conhecida por seus papéis cômicos na televisão, tem aqui uma boa performance, sem precisar cair nos estereótipos de "loura burra" ou "burra gostosa", tão comuns. A brincadeira maior aqui é com a perua plastificada, mas há nuanças em sua personagem que não a tornam apenas isso. Outro que segue na mesma linha de comédia é Ailton Graça, o dono de bar que se torna designer.
Contrabalanceando esse time de comédia mais rasgada estão Kiko Mascarenhas e Rita Elmor, que trazem um humor mais irônico. A história do casal está mais para uma tragicomédia. A construção densa dos dois, os problemas financeiros, a vontade de engravidar, o controle excessivo. Os dois atores possuem uma boa química e nos dão esse outro ponto de vista da história de uma forma divertida também.
E claro, para agradar todos os públicos, ainda tem a trama do casal adolescente, Bruno e Tete, filhos dos dois casais. Bruno é o garoto tímido e romântico, filho de Amauri e Laura. E Tete é a filha mais velha de Tino e Jane, que parece ser a única voz da razão diante daquela família sem regras. Apesar da história deles não ter muito espaço, nem grande importância na trama, está ali, como mais um elemento para agradar todos os públicos.
No final, Até que a Sorte nos Separe demonstra-se uma boa surpresa. Com algumas falhas e clichês, mas que também a torna uma comédia bem feita. Engraçada, divertida e com momentos de reflexão. Divertimento certo para todos os gostos.
Até que a Sorte nos Separe (Até que a Sorte nos Separe, 2012 / Brasil)
Direção: Roberto Santucci
Roteiro: Paulo Cursino
Com: Leandro Hassum, Danielle Winits, Kiko Mascarenhas, Ailton Graça e Rita Elmor
Duração: 105 min
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Até que a Sorte nos Separe
2012-10-04T08:30:00-03:00
Amanda Aouad
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