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Coletiva Crô: O Filme
Coletiva Crô: O Filme
O filme do personagem Crô da telenovela Fina Estampa estreou ontem nos cinemas de todo o país. Em Salvador, o ator Marcelo Serrado falou um pouco sobre o processo de construção do personagem e detalhes sobre o filme. A coletiva de imprensa foi em um hotel na cidade antes da pré-estreia realizada no UCI Orient do Shopping Barra.
Marcelo Serrado começou falando sobre a complexidade de fazer um personagem como o Crô. "O personagem era muito composto. E quando é assim, você tem que ir largando dele aos poucos. Foi difícil. Logo depois, eu fui fazer Gabriela e ainda estava com o gestual do Crô, mas, lá pelo capítulo 10 da novela, eu já estava mais à vontade, me sentindo como o Tonico Bastos. Aí, para voltar para o filme, tive que ver vídeos da novela, frequentei boates que eu tinha ido na época. Conversei com amigos. E ensaiei bastante. Foi mais difícil me aproximar novamente dele, do que me livrar dele".
Segundo o ator, o principal do personagem é a sua espontaneidade. "O filme tem muita coisa espontânea do Crô. Ele é amado pelas crianças também, então, é um filme para toda a família. O Crô não pode perder a espontaneidade dele". Ainda nesse tema, ele falou que teve liberdade para inserir diversos "cacos" nos diálogos do filme. E até homenagens. "Fiz até uma homenagem ao Renato Aragão no filme, quando pego o telefone e coloco no rosto, como ele fazia", contou.
Questionado sobre diferença entre o Crô na telenovela e no filme, ele confirmou que tem. "Para o cinema, procurei colocar um pouco mais de sutileza no personagem, já que a linguagem do cinema é diferente". E fez questão de ressaltar que as duas coisas funcionam separadamente. "Quem não viu a novela, pode acompanhar uma história com começo, meio e fim. A história de um mordomo doido, divertido, que tem tiradas ótimas", afirmou. E ainda definiu "O Crô tem um pouco de Mazzaroppi, de Costinha, de Jerry Lewis. Nossa pegada é essa. Um filme extremamente popular".
Sobre a composição do personagem, Marcelo revelou que teve diversas fontes, inclusive conversando com funcionários na Rede Globo, coletando experiências. Mas, uma referência que o ajudou muito foi o mordomo da família Moreira Salles, que está exposta no documentário Santiago. "Eu faço uma homenagem ao Santiago de João Moreira Salles no filme. Porque foi algo que me ajudou muito na época da composição do personagem. Ele só fez sucesso, porque é um personagem verdadeiro, por mais transloucado que fosse. E essa verdade, eu peguei muito do Santiago", explicou.
Uma das curiosidades explicadas na coletiva foi como surgiu a ideia do filme Crô. "A ideia do filme foi de Bruno Barreto, ele falou isso para mim em um jantar: 'Queria fazer um filme do Crô'. Eu disse que tinha que procurar a Globo. Mas, a minha condição para fazer o filme era que o roteiro fosse do Aguinaldo Silva. Afinal, é quem melhor conhece o personagem", concluiu.
Na telenovela, o passado de Crô não era explorado. Para o filme, foi criada uma mãe que explicou muito de sua formação. "A mãe foi bem criada, porque ela explica por que ele é assim. A Ivete foi muito inteligente, ela viu cenas da novela e fez gestos que ele fazia, para mostrar que o Crô aprendeu os gestos com a mãe. "Meu filho, você tem que ser viado, tem que encontrar outra rainha do Nilo"(risos).
Sobre como foi contracenar com Ivete, Marcelo explicou. "Eu estava no estúdio junto com ela. Ficava atrás do menino, dando as minhas falas e ela respondia olhando para mim. Ela precisava da minha ajuda lá. E era sempre muito divertido, a gente improvisava muito, brincava. Terminava a cena, ela perguntava o que eu achei, deixava eu ajudar no processo. Então, foi muito legal".
O tema da homossexualidade e o preconceito também foi levantado na coletiva. "Crô é um palhaço, um clown. Às vezes, os gays reclamam que o Crô não está prestando um serviço a comunidade. Mas, Crô é um palhaço, é um bufão, as crianças adoram o Crô, isso já é uma quebra de paradigma. Eu gosto muito de luta, MMA, então, durante a novela, eu continuava frequentando as lutas, que é um lugar de machão. Apesar daqueles caras se pegando (risos). E nunca sofri preconceito. Nunca ninguém apontou falando "olha o viado lá". Pelo contrário, vinham, tiravam foto. Então, é muito legal fazer um personagem que possa ajudar a acabar com o preconceito, mesmo que seja um estereótipo. Mas, acho que isso cumpre um papel".
Questionado sobre uma possível continuação, Marcelo Serrado foi realista "O filme só terá uma continuação se passar de 3 milhões. Vamos ver como será". Atualmente, ele está com outros quatro projetos, dois filmes em produção, um com o próprio Bruno Barreto. E dois na televisão. Está estreando um quadro de humor no Fantástico e vai fazer um especial de Fim de Ano com Ney Latorraca, em cima de um conto de Graciliano Ramos.
Marcelo Serrado começou falando sobre a complexidade de fazer um personagem como o Crô. "O personagem era muito composto. E quando é assim, você tem que ir largando dele aos poucos. Foi difícil. Logo depois, eu fui fazer Gabriela e ainda estava com o gestual do Crô, mas, lá pelo capítulo 10 da novela, eu já estava mais à vontade, me sentindo como o Tonico Bastos. Aí, para voltar para o filme, tive que ver vídeos da novela, frequentei boates que eu tinha ido na época. Conversei com amigos. E ensaiei bastante. Foi mais difícil me aproximar novamente dele, do que me livrar dele".
Segundo o ator, o principal do personagem é a sua espontaneidade. "O filme tem muita coisa espontânea do Crô. Ele é amado pelas crianças também, então, é um filme para toda a família. O Crô não pode perder a espontaneidade dele". Ainda nesse tema, ele falou que teve liberdade para inserir diversos "cacos" nos diálogos do filme. E até homenagens. "Fiz até uma homenagem ao Renato Aragão no filme, quando pego o telefone e coloco no rosto, como ele fazia", contou.
Questionado sobre diferença entre o Crô na telenovela e no filme, ele confirmou que tem. "Para o cinema, procurei colocar um pouco mais de sutileza no personagem, já que a linguagem do cinema é diferente". E fez questão de ressaltar que as duas coisas funcionam separadamente. "Quem não viu a novela, pode acompanhar uma história com começo, meio e fim. A história de um mordomo doido, divertido, que tem tiradas ótimas", afirmou. E ainda definiu "O Crô tem um pouco de Mazzaroppi, de Costinha, de Jerry Lewis. Nossa pegada é essa. Um filme extremamente popular".
Sobre a composição do personagem, Marcelo revelou que teve diversas fontes, inclusive conversando com funcionários na Rede Globo, coletando experiências. Mas, uma referência que o ajudou muito foi o mordomo da família Moreira Salles, que está exposta no documentário Santiago. "Eu faço uma homenagem ao Santiago de João Moreira Salles no filme. Porque foi algo que me ajudou muito na época da composição do personagem. Ele só fez sucesso, porque é um personagem verdadeiro, por mais transloucado que fosse. E essa verdade, eu peguei muito do Santiago", explicou.
Uma das curiosidades explicadas na coletiva foi como surgiu a ideia do filme Crô. "A ideia do filme foi de Bruno Barreto, ele falou isso para mim em um jantar: 'Queria fazer um filme do Crô'. Eu disse que tinha que procurar a Globo. Mas, a minha condição para fazer o filme era que o roteiro fosse do Aguinaldo Silva. Afinal, é quem melhor conhece o personagem", concluiu.
Na telenovela, o passado de Crô não era explorado. Para o filme, foi criada uma mãe que explicou muito de sua formação. "A mãe foi bem criada, porque ela explica por que ele é assim. A Ivete foi muito inteligente, ela viu cenas da novela e fez gestos que ele fazia, para mostrar que o Crô aprendeu os gestos com a mãe. "Meu filho, você tem que ser viado, tem que encontrar outra rainha do Nilo"(risos).
Sobre como foi contracenar com Ivete, Marcelo explicou. "Eu estava no estúdio junto com ela. Ficava atrás do menino, dando as minhas falas e ela respondia olhando para mim. Ela precisava da minha ajuda lá. E era sempre muito divertido, a gente improvisava muito, brincava. Terminava a cena, ela perguntava o que eu achei, deixava eu ajudar no processo. Então, foi muito legal".
O tema da homossexualidade e o preconceito também foi levantado na coletiva. "Crô é um palhaço, um clown. Às vezes, os gays reclamam que o Crô não está prestando um serviço a comunidade. Mas, Crô é um palhaço, é um bufão, as crianças adoram o Crô, isso já é uma quebra de paradigma. Eu gosto muito de luta, MMA, então, durante a novela, eu continuava frequentando as lutas, que é um lugar de machão. Apesar daqueles caras se pegando (risos). E nunca sofri preconceito. Nunca ninguém apontou falando "olha o viado lá". Pelo contrário, vinham, tiravam foto. Então, é muito legal fazer um personagem que possa ajudar a acabar com o preconceito, mesmo que seja um estereótipo. Mas, acho que isso cumpre um papel".
Questionado sobre uma possível continuação, Marcelo Serrado foi realista "O filme só terá uma continuação se passar de 3 milhões. Vamos ver como será". Atualmente, ele está com outros quatro projetos, dois filmes em produção, um com o próprio Bruno Barreto. E dois na televisão. Está estreando um quadro de humor no Fantástico e vai fazer um especial de Fim de Ano com Ney Latorraca, em cima de um conto de Graciliano Ramos.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Coletiva Crô: O Filme
2013-11-30T08:00:00-03:00
Amanda Aouad
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