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Liesel é filha de uma comunista em plena ascensão da Alemanha Nazista. É entregue a um casal de alemães para adoção e tem que se adaptar à nova morada e à saudade da mãe. Principalmente porque sua nova "mama" é bastante ríspida. Sem saber ler, ela sofre, mas logo é acolhida pelo novo pai que a ensina com paciência e por seu vizinho Rudy, que se torna seu melhor amigo. Sua mania de roubar livros, que começou no enterro do irmão, vai aumentando à medida que encontra o prazer de conhecer e compartilhar boas histórias.
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A diferença torna a simbologia um pouco frouxa, quase sem sentido, ainda que consiga boas pontuações, principalmente quando fala da guerra e sua inutilidade. Falo isso não para entrar no juízo de valor de que o livro é melhor, ou algo parecido. Mas, para pontuar as diferenças que torna o sentido das obras díspares. E que também propicia o tal apelo emocional que está fazendo plateias chorarem e críticos se irritarem com a manipulação de emoções fáceis.
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A começar pelo casal Hans e Rosa, vivido por Geoffrey Rush e Emily Watson. Os dois atores conseguem traduzir muito bem o "papa" e "mama" de Liesel com uma delicadeza única. Geoffrey Rush emana bondade e cuidados com a garota, ao mesmo tempo que traz um ar infantil ao se tornar cúmplice de sua filha em aventuras que a mãe odiaria. Já Emily Watson nos passa a dureza que mascara o verdadeiro coração daquela mulher sobrevivente.
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A ambientação e fotografia do filme é bastante feliz ao construir este ambiente insólito, frio e quase distante do período de guerra. Apenas no porão da casa, onde Liesel aprende suas palavras e Max se esconde temos uma sensação momentânea de aconchego. Nem na bela casa do prefeito, em meio a uma biblioteca imensa, nos sentimos bem como naquele local escondido, que ainda trará uma ironia dramática ao final.
A Menina Que Roubava Livros é um filme bem feito. Busca o sofrimento e choro fácil, mas, a despeito disso, consegue nos apresentar uma narrativa honesta sobre uma menina especial. Tão especial que chamou a atenção do anjo da morte que diante de seu desprezo pela humanidade, achou relevante nos contar sobre ela.
A Menina Que Roubava Livros (The Book Thief, 2013 / EUA)
Direção: Brian Percival
Roteiro: Michael Petroni
Com: Sophie Nélisse, Geoffrey Rush, Emily Watson, Nico Liersch, Ben Schnetzer
Duração: 131 min.