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Pai é quem cria

Meu Malvado FavoritoO cinema está repleto de pais exemplares. Da mesma forma que temos diversos tipos de pais ausentes e crises familiares. A cada Dia dos Pais trago aqui um ou vários exemplos como o post de 2012 onde selecionei dez grandes pais do cinema. Ano passado trouxe um exemplo de pai que já se foi, mas que marcou a vida do filho em Campo dos Sonhos e também já trouxe o exemplo do filme Minha Vida, onde o pai, sabendo que iria morrer, prepara recordações para o filho.


Mas, hoje, queria falar de um tipo de pai que muitos acabam esquecendo e que já tinha citado como uma menção honrosa na lista de 2012. O pai adotivo. Porque é um fato indiscutível, pai é quem cria. Nem todos tem a sorte de ter um pai biológico que cumpra o seu papel a contento. Eu tive. Um ótimo pai, amigo e companheiro. Mas, conheço diversos exemplos de pais ausentes, assim como pais que não geraram uma criança, mas cumprem a função de maneira exemplar.

Engraçado que, ao pensar em pais adotivos, os exemplos que vêem em minha cabeça são de animações. Mr. Ping de Kung Fu Panda, homenageei na já citada lista. Então, trago hoje o exemplo de Gru, uma relação de amor que surgiu como objeto de um plano vilanesco, mas que se transformou em um exemplo de família.

O vilão atrapalhado de Meu Malvado Favorito adotou três adoráveis órfãs para se aproximar da fortaleza de Vetor, seu arqui-inimigo. Margo, Agnes e Edith são irmãs e já passaram da idade de adoção, digamos assim. É muito comum a procura por bebês recém-nascidos, quanto mais velha a criança, mas difícil encontrar pais. Ainda mais três juntas.

De maneira atrapalhada, Gru começa a cuidar das meninas e vai se afeiçoando a elas. É muito interessante ver a forma como ele vai ganhando paciência e amolecendo o coração à medida que convive com elas. Basta observar esta cena em que conta uma história para elas dormirem, quando ainda está encenando o papel, mas já começa a ter algumas emoções alteradas.


E em outro momento, onde ele recria a história dos três gatinhos a partir do seu próprio exemplo.


O que faz de Gru um exemplo de pai é o amor que ele constrói junto às meninas, que passam a ter nele um protetor, um amigo. Alguém com quem podem contar. Para elas, ele é o pai que conheceram e é o melhor do mundo, como todo filho gosta de definir seus pais. E é isso que importa. Saber que se pode contar com alguém que está ali por você, independente do que aconteça.

Mesmo que o pai biológico nunca tenha participado da vida da criança, uma figura paterna é sempre importante. E é lindo quando presenciamos um amor incondicional surgir onde já não havia esperanças. Ainda que os minions roubem a cena na franquia, a ponto de ganhar filme próprio, Meu Malvado Favorito traz um belo exemplo de relação paterna e por isso, a homenagem hoje.


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