Meu Malvado Favorito
Quando li que Meu Malvado Favorito tinha passado a bilheteria de Eclipse nos Estados Unidos, fiquei intrigada. Afinal, os fãs da série de Stephenie Meyer dormiram em filas aguardando o lançamento. Além disso, era a primeira investida do estúdio Illumination Entertainment, criado pelo produtor Chris Meledandri nos estúdios da Universal Pictures. O trailer não me parecia grande coisa, mas a divertida animação me conquistou por sua simplicidade.
Gru é um malvado incomodado com o fato de outro vilão ter feito o que a imprensa está chamando de Crime do Século, o roubo de uma das pirâmides do Egito. Ele então, resolve colocar em prática seu plano perfeito de roubar a lua. Para concretizar seu sonho, no entanto, ele precisa da ajuda de três simpáticas órfãs. Margo, Edith e Agnes entram na vida do malvado e transformam o título do filme em português em uma definição perfeita para a história que se desenvolve a partir de então.
O mais interessante do longametragem não é a história em si, que, como já disse, é simples, quase boba. Os detalhes e situações engraçadas é que conquistam a todos. Para começar, Gru é malvado, sim. Não é um personagem atrapalhado. Mas isso não é tão inédito em filmes, mesmo nos infantis, vide o Sr. Scrooge de Um Conto de Natal. Esquisito, inteligente, mas com uma ferida fatal, ou seja, uma marca em seu passado que é a porta de entrada para seu ponto fraco. Quem tem uma mãe como a de Gru, tem justificativa para virar vilão. Outro ponto é que o filme não tem heróis para combater o mal. Todos os adultos são maldosos. Resta as três garotinhas o papel inocente e transformador, sem nenhuma luta. O arqui-inimigo de Gru é outro vilão, ainda mais caricato e tolo: Vetor. "Ah é...". E o que achei mais engraçado é que para colocar seu plano em prática, Gru precisa de dinheiro. Só que em vez de roubar, como ele faz com objetos raros ou simbólicos, ele pede empréstimo em um banco especial para malvados. Não faz o menor sentido, mas por isso mesmo fica interessante.
Como todo malvado que se preze, Gru tem aliados. Além de um cientista bem estereotipado, ele possui um exército de “minions”, umas criaturinhas amarelas estranhas e engraçadas que me lembraram os Oompa Loompa da Fábrica de Chocolate pela sua função na história. Na verdade eles estão lá para divertir as crianças. Algumas cenas são mesmo engraçadas, como o bichinho que bebe a poção antigravitacional, e passa a maior parte do filme no ar, ou a "família" de minions que vai ao supermercado conseguir outro unicórnio de brinquedo.
O ponto forte, no entanto, está na construção de Gru e sua relação com as três menininhas. O roteiro de Ken Daurio e Cinco Paul possui uma linguagem essencialmente infantil, mas dá toques sensíveis à relação desde o momento de doação do dinheiro para o foguete até o final. As personalidades típicas das três garotinhas ajudam na construção da narrativa: a certinha, a rebelde e a fofinha. A direção de Pierre Coffin e Chris Renaud explora bem o material que tem nas mãos. As vozes originais contam com nomes como Steven Carrel, Jason Segel e Julie Andrews. Na versão brasileira os "caras-de-pau" Leandro Hassum e Marcius Melhem fazem Gru e Vetor respectivamente.
Assisti a versão com e sem 3D. Devo dizer que para fruição da história a tecnologia não faz falta. É possível se divertir bastante. Mas, se é possível assistir à versão em três dimensões há alguns detalhes interessantes que são acrescidos. Principalmente na cena dos créditos, que foi totalmente pensada para o formato. Há alguns jogos de profundidade bem trabalhadas, principalmente na cena do supermercado é um barato ver aquelas prateleiras em várias camadas. Para os que curtem, alguns objetos saltam na tela também, principalmente foguetes. Agora, devo confessar que esperava mais da cena da montanha russa em 3D. De qualquer forma, é um filme divertido. As pessoas saem leves do cinema.
Gru é um malvado incomodado com o fato de outro vilão ter feito o que a imprensa está chamando de Crime do Século, o roubo de uma das pirâmides do Egito. Ele então, resolve colocar em prática seu plano perfeito de roubar a lua. Para concretizar seu sonho, no entanto, ele precisa da ajuda de três simpáticas órfãs. Margo, Edith e Agnes entram na vida do malvado e transformam o título do filme em português em uma definição perfeita para a história que se desenvolve a partir de então.
O mais interessante do longametragem não é a história em si, que, como já disse, é simples, quase boba. Os detalhes e situações engraçadas é que conquistam a todos. Para começar, Gru é malvado, sim. Não é um personagem atrapalhado. Mas isso não é tão inédito em filmes, mesmo nos infantis, vide o Sr. Scrooge de Um Conto de Natal. Esquisito, inteligente, mas com uma ferida fatal, ou seja, uma marca em seu passado que é a porta de entrada para seu ponto fraco. Quem tem uma mãe como a de Gru, tem justificativa para virar vilão. Outro ponto é que o filme não tem heróis para combater o mal. Todos os adultos são maldosos. Resta as três garotinhas o papel inocente e transformador, sem nenhuma luta. O arqui-inimigo de Gru é outro vilão, ainda mais caricato e tolo: Vetor. "Ah é...". E o que achei mais engraçado é que para colocar seu plano em prática, Gru precisa de dinheiro. Só que em vez de roubar, como ele faz com objetos raros ou simbólicos, ele pede empréstimo em um banco especial para malvados. Não faz o menor sentido, mas por isso mesmo fica interessante.
Como todo malvado que se preze, Gru tem aliados. Além de um cientista bem estereotipado, ele possui um exército de “minions”, umas criaturinhas amarelas estranhas e engraçadas que me lembraram os Oompa Loompa da Fábrica de Chocolate pela sua função na história. Na verdade eles estão lá para divertir as crianças. Algumas cenas são mesmo engraçadas, como o bichinho que bebe a poção antigravitacional, e passa a maior parte do filme no ar, ou a "família" de minions que vai ao supermercado conseguir outro unicórnio de brinquedo.
O ponto forte, no entanto, está na construção de Gru e sua relação com as três menininhas. O roteiro de Ken Daurio e Cinco Paul possui uma linguagem essencialmente infantil, mas dá toques sensíveis à relação desde o momento de doação do dinheiro para o foguete até o final. As personalidades típicas das três garotinhas ajudam na construção da narrativa: a certinha, a rebelde e a fofinha. A direção de Pierre Coffin e Chris Renaud explora bem o material que tem nas mãos. As vozes originais contam com nomes como Steven Carrel, Jason Segel e Julie Andrews. Na versão brasileira os "caras-de-pau" Leandro Hassum e Marcius Melhem fazem Gru e Vetor respectivamente.
Assisti a versão com e sem 3D. Devo dizer que para fruição da história a tecnologia não faz falta. É possível se divertir bastante. Mas, se é possível assistir à versão em três dimensões há alguns detalhes interessantes que são acrescidos. Principalmente na cena dos créditos, que foi totalmente pensada para o formato. Há alguns jogos de profundidade bem trabalhadas, principalmente na cena do supermercado é um barato ver aquelas prateleiras em várias camadas. Para os que curtem, alguns objetos saltam na tela também, principalmente foguetes. Agora, devo confessar que esperava mais da cena da montanha russa em 3D. De qualquer forma, é um filme divertido. As pessoas saem leves do cinema.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Meu Malvado Favorito
2010-08-06T08:47:00-03:00
Amanda Aouad
animacao|aventura|critica|drama|infantil|Julie Andrews|Steve Carell|
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