
Sonhos. Por mais clichê que seja, este é um tema que parece nunca sair de moda. O ser humano é movido por sonhos, por metas a serem alcançadas. Não por acaso vemos tantos filmes sobre isso. A Bailarina não é diferente.
Félicie, uma garotinha órfã, vive com seu amigo Victor em um orfanato na Bretanha, mas seu grande sonho é ser uma bailarina profissional. Quando Victor mostra para ela uma foto do Opera de Paris, ela resolve fugir para a capital francesa, na tentativa de conseguir uma vaga na famosa escola, realizando seu sonho. E, claro, nada será tão fácil quanto ela pensa.

Aliás, o roteiro deixa várias questões em aberto como o passado de Odette, a faxineira que a ajuda. Ou a história do coreógrafo, ou mesmo a do garoto Victor que sonha em ser um inventor. A narrativa é simples, linear e sem muitas peripécias, construída com estereótipos e trazendo momentos divertidos como o treinamento de Félicie por Odette que nos faz lembrar do Senhor Miyagi ensinando ao Daniel San em Karatê Kid.

De qualquer maneira, ainda que sem uma técnica perfeita, a animação é bem realizada. Os movimentos de ballet são bem construídos e criam uma beleza estética nos números de dança, sem ser apenas uma repetição mecânica tipo uma caixinha de música. Tudo é bonito de acompanhar.
No final, A Bailarina é uma animação divertida e inofensiva, que deve divertir as crianças em geral. Como uma grande brincadeira, Félicie e Victor vão atrás de seus sonhos. Afinal, para criança, brincadeira é coisa séria e vale uma vida.
A Bailarina (Ballerina, 2017 / França)
Direção: Eric Summer, Éric Warin
Roteiro: Eric Summer, Carol Noble, Laurent Zeitoun
Duração: 90 min.