![Era uma vez Brasília - filme brasileiro Era uma vez Brasília - filme brasileiro](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCVmsMiDSmFYl9v57_dAdfRc3v9SS0OV6eVpYV4j4k1g02BMtL885f6cUMvdRJCwScB7sjkL5QxCHNIhyphenhyphenqgFoBp-SLa2WRl8S0hw3013NEDpA8cdSiJudwBwhkO0eGpfq6iuB_U9HWPEfr/s1600/era-uma-vez-brasilia-filme-brasileiro-01.jpg)
Uma sala lotada, expectativa alta. Sempre um risco para qualquer produção. Adirley Queirós é um ícone em Brasília, diretor pulsante, criativo, que teve seu ápice até o momento com “Branco Sai, Preto Fica”. Era de se esperar que seu novo filme causasse o alvoroço que vimos na noite do dia 22 de setembro no CineBrasília. Pena que, após a sessão, a sensação era maior de decepção que de alegria.
É injusto comparar “Era uma vez Brasília” com “Branco Sai, Preto Fica”, mas o próprio filme faz isso com ele ao utilizar tantos elementos parecidos. A começar pelo longo primeiro ato de uma pessoa em uma nave espacial tentando contato com aqueles que o enviaram em paralelo com rotina do Marquim da Tropa.
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O momento político entra no discurso do filme, mas não é trabalhado em sua dramaturgia de maneira criativa. Pior, não se acrescenta muito ao já conhecido e dito. O filme se limita a contemplar a paisagem com uma direção de arte criativa, é verdade, mas sem muita alma.
Adirley Queirós não consegue trabalhar o ritmo que impõe ao filme, tornando os longos planos em experimentações vazias que cansam em vez de impactar a plateia. A própria personagem da Andreia Vieira não funciona na trama. Descrita na sinopse oficial como a “rainha do pós guerra” que irá ajudar Marquim da Tropa “a montar um exército para matar os monstros que habitam hoje o congresso nacional”. Faltou roteiro para nos mostrar isso efetivamente em cena.
“Era uma vez Brasília” frustra em diversos aspectos, ainda que tenha sequências incríveis que só comprovam o talento e criatividade do diretor. Até por isso, ainda exista a cobrança pelo frescor de algo novo e impactante. Talvez estejamos exigindo demais da obra. Isso só o tempo dirá. Por enquanto fica essa sensação de vazio.
Filme visto no 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
Era uma Vez Brasília (Era uma Vez Brasília, 2017, Brasil)
Direção: Adirley Queirós
Roteiro: Adirley Queirós
Com: Wellington Abreu, Andreia Vieira, Marquim da Tropa, Franklin Ferreira
Duração: 100 min.