Home
cinebiografia
critica
drama
Eli A. Smith
Ethan Hawke
Eve Hewson
Josh Hamilton
Kyle MacLachlan
Lucy Walters
Luna Jokic
Michael Almereyda
Tesla, o Homem Elétrico
Tesla, o Homem Elétrico
Em meio às luzes e sombras do cinema atual, surge Tesla (2020), uma obra que promete desafiar as convenções fílmicas e iluminar a vida de um dos maiores visionários da história moderna. Dirigido por Michael Almereyda e estrelado pelo talentoso Ethan Hawke no papel-título, este drama biográfico mergulha nas complexidades do icônico inventor Nikola Tesla, oferecendo uma perspectiva única e ousada sobre sua vida e legado.
Desde os primeiros momentos, Tesla revela sua propensão a desafiar as expectativas do público. Ao invés de seguir uma narrativa convencional, o filme opta por uma abordagem não linear, entrelaçando passado e presente, realidade e fantasia, em uma dança cinematográfica que cativa e desconcerta. Inspirado, o diretor Almereyda nos leva por um labirinto de possibilidades, onde a lenda se mistura à realidade e a imaginação transcende os limites do tempo.
No centro dessa tempestade criativa está Ethan Hawke, cuja interpretação de Tesla é nada menos que magnética. Hawke traz uma intensidade e vulnerabilidade ao papel, capturando a essência do gênio atormentado e visionário. Ao seu lado, um elenco talentoso, incluindo Eve Hewson e Kyle MacLachlan, eleva cada cena com sua presença marcante.
A direção de Almereyda é igualmente notável, navegando habilmente entre os desafios narrativos do roteiro não linear e as nuances emocionais dos personagens. Sua visão audaciosa e sua habilidade de mesclar elementos históricos com toques de fantasia criam uma experiência cinematográfica verdadeiramente única.
Entre os momentos marcantes do filme, destaca-se a quebra da quarta parede e o uso criativo de dispositivos narrativos não convencionais. A cena em que os rivais Tesla e Edison protagonizam um duelo de sorvetes, enquanto a narradora interrompe para questionar a veracidade dos eventos, é um exemplo vívido dessa abordagem única.
Porém, a falta de coesão narrativa e de compromisso com a precisão histórica são pontos fracos da obra. A abordagem experimental de Almereyda pode não incluir alguns espectadores mais tradicionais, enquanto a falta de desenvolvimento de certos personagens deixa o público desejando por mais.
Envolvente e provocativo, o filme Tesla vai além de um filme biográfico, é uma ode à imaginação, à inovação e à complexidade do espírito humano. Sob a direção visionária de Michael Almereyda e a atuação cativante de Ethan Hawke, esta obra nos desafia a explorar os labirintos da mente de um dos maiores gênios da história. Tesla é uma experiência cinematográfica que deixa uma faísca de inspiração no coração de todos os que se aventuram em seu mundo eletrizante.
Tesla, o Homem Elétrico (Tesla, 2020 / EUA)
Direção: Michael Almereyda
Roteiro: Michael Almereyda
Com: Ethan Hawke, Eve Hewson, Eli A. Smith, Josh Hamilton, Lucy Walters, Luna Jokic, Kyle MacLachlan, Dan Bittner, David Kallaway, Karl Geary
Duração: 102 min.

Ari Cabral
Bacharel em Publicidade e Propaganda, profissional desde 2000, especialista em tratamento de imagem e direção de arte. Com experiência também em redes sociais, edição de vídeo e animação, fez ainda um curso de crítica cinematográfica ministrado por Pablo Villaça. Cinéfilo, aprendeu a ser notívago assistindo TV de madrugada, o único espaço para filmes legendados na TV aberta.
Tesla, o Homem Elétrico
2024-04-22T08:30:00-03:00
Ari Cabral
cinebiografia|critica|drama|Eli A. Smith|Ethan Hawke|Eve Hewson|Josh Hamilton|Kyle MacLachlan|Lucy Walters|Luna Jokic|Michael Almereyda|
Assinar:
Postar comentários (Atom)
cadastre-se
Inscreva seu email aqui e acompanhe
os filmes do cinema com a gente:
os filmes do cinema com a gente:
No Cinema podcast
anteriores deste site
mais lidos do site
-
Em Alexandria (Ágora), Alejandro Amenábar empreende um mergulho ambicioso no século IV, colocando no centro uma figura rara: Hipátia , pol...
-
Rafiki me envolve como uma lufada de ar fresco. Uma história de amor adolescente que rompe o silêncio com coragem e delicadeza. Desde os pr...
-
Poucos filmes carregam em seu DNA o peso de inaugurar, questionar e ao mesmo tempo mitificar um gênero cinematográfico nacional. O Cangacei...
-
Fitzcarraldo (1982) é uma obra que supera qualquer limite do cinema convencional, mergulhando o espectador em uma narrativa tão grandiosa q...
-
Poucos filmes conseguem atravessar a barreira do drama para se tornar confissão. O Lutador (The Wrestler, 2008), de Darren Aronofsky , é u...
-
Assistindo a Timbuktu (2014), de Abderrahmane Sissako , encontrei um filme que, logo na abertura, revela sua dicotomia: a beleza quase hip...
-
Assisti Wallay com a sensação de que o que vemos na tela é ao mesmo tempo familiar e invisível: uma história de choque cultural, sim, mas f...
-
Rever Johnny & June (Walk the Line) quase duas décadas após seu lançamento é como escutar uma velha canção de Johnny Cash em vinil: há...
-
Loucamente Apaixonados (Like Crazy, 2011) é uma elegante dissecação do amor jovem . Não o amor idealizado, mas aquele repleto de fissuras, ...
-
Assistir Margin Call – O Dia Antes do Fim (2011) é como espiar pela fechadura o instante exato em que uma engrenagem colossal decide se que...