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Chico Bento e a Goiabeira Maraviosa
Chico Bento e a Goiabeira Maraviosa
Depois de dois filmes e duas séries da versão live action de Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali, chegou a vez de acompanhar a jornada do caipira mais amado das histórias de Maurício de Sousa. Chico Bento e a Goiabeira Maraviosa cumpre a expectativa nos dando uma obra divertida, com um toque ingênuo do personagem e mensagens ecológicas.
Na trama, a famosa goiabeira de Nhô Lau é ameaçada por um projeto de uma estrada que o Coronel Agripino, o pai de Genezinho, pretende levar para a Vila Abobrinha. Agora resta a Chico, junto com os amigos Zé Lelé, Rosinha, Zé da Roça, Tábata e Hiro arrumarem um plano para impedir tal tragédia sem serem taxados como inimigos do progresso, já que toda a comunidade parece maravilhada com a possibilidade da tal estrada.
O primeiro acerto do filme está no elenco. O influencer Isaac Amendoim consegue encarnar de maneira extremamente autêntica o espírito do personagem de Maurício de Sousa. Chico é paradoxalmente esperto e ingênuo, divertido e carismático como nos quadrinhos, proporcionando uma jornada divertida desde a ambientação inicial da obra, com o seu acordar o sítio, a relação com os animais e a maneira como lida com tudo.
O restante do elenco também cumpre bem sua missão. Como o atrapalhado Zé Lelé de Pedro Dantas ou a doce Rosinha de Ana Julia Dias. Destaque ainda para o “malvado favorito” do Nhô Lau interpretado por Luis Lobianco, que está sempre irritado com Chico, mas demonstra bom coração em diversos momentos. E Augusto Madeira como o verdadeiro vilão, o Coronel Agripino. O filme conta ainda com as participações especial de Débora Falabella como a professora Marocas e Taís Araújo com um personagem surpresa.
A goiabeira que dá nome ao título, além de ser ameaçada, tem sua história contada desde a origem, criando um laço ainda maior entre Chico e seus frutos. Um toque do universo fantástico nesse universo que sempre explora as lendas e culturas locais de maneira bastante divertida. Afinal, quem nunca ouviu um “causo” da vó Dita?
A direção de Fernando Fraiha é feliz ao reconstruir a ambientação da Vila Abobrinha. O filme tem um ritmo ágil, com diversas referências aos quadrinhos, brincando com aquele universo e suas histórias. Mérito também do roteiro, em parceria com Elena Altheman e Raul Chequer que consegue costurar bem a apresentação e vida de Chico, situações comuns da vila como as cenas na escola ou brincadeiras na beira do rio, com direito a ostentação de Genezinho, com a trama da goiabeira e a estrada.
Tal qual o impacto de ver Laços na tela grande, Chico Bento e a Goiabeira Maraviosa promete ser um dos grandes destaques do verão para as crianças. Uma boa notícia para o cinema nacional, já que há tempos as produções brasileiras infantis não chamam tanto a atenção quanto os blockbusters internacionais. Que o universo de Mauricio de Sousa possa, cada vez mais, nos proporcionar obras divertidas e emocionantes como essa.
Chico Bento e a Goiabeira Maraviosa (Brasil, 2025)
Direção: Fernando Fraiha
Roteiro: Fernando Fraiha, Elena Altheman e Raul Chequer
Com: Isaac Amendoim, Pedro Dantas, Ana Julia Dias, Luis Lobianco, Augusto Madeira, Débora Falabella, Taís Araújo
Duração: 90 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Chico Bento e a Goiabeira Maraviosa
2025-01-07T08:30:00-03:00
Amanda Aouad
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