O poder da montagem
Quando Eisenstein disse que a montagem era a ferramenta base do cinema, ele não estava brincando. Na sala de montagem, um filme ruim pode ser salvo ou um bom filme, destruído. Não é à toa que saem tantas versões do diretor após sua insatisfação com a edição dos grandes estúdios. Isso porque, em Hollywood, normalmente, o diretor não faz parte do processo de montagem, encerrando sua participação com o fim das filmagens. O cinema de autor, defendido pelo grupo de cineastas que criaram a Nouvelle Vague, criticavam esse sistema norte-americano onde a indústria comanda o conteúdo dos filmes, tornando-os quase todos iguais. É difícil identificar uma autoria em filmes blockbusters e ficamos sempre com o mesmo formato já consagrado.
Para compreender melhor o poder da montagem, vejam essa "versão" do clássico Star Wars.
Impressionante, não é? Seria definitivamente outro filme, sem nenhuma cena extra filmada. Claro que extremos assim não acontecem, mas através dessa brincadeira é possível perceber as diversas possibilidades de linguagem que o cinema nos traz. Um Star Wars mudo? Acho que nem Charlie Chaplin imaginaria tanto.
Por curiosidade, percebam que as imagens mais rápidas se devem a rotação do antigo cinema. Eles eram rodados a 18 quadros por segundo. Apenas em 1930, com a invenção do cinema falado, passou-se a rodar a 24 quadros por segundo, pois essa era a velocidade da sincronia da fala.
Para compreender melhor o poder da montagem, vejam essa "versão" do clássico Star Wars.
Impressionante, não é? Seria definitivamente outro filme, sem nenhuma cena extra filmada. Claro que extremos assim não acontecem, mas através dessa brincadeira é possível perceber as diversas possibilidades de linguagem que o cinema nos traz. Um Star Wars mudo? Acho que nem Charlie Chaplin imaginaria tanto.
Por curiosidade, percebam que as imagens mais rápidas se devem a rotação do antigo cinema. Eles eram rodados a 18 quadros por segundo. Apenas em 1930, com a invenção do cinema falado, passou-se a rodar a 24 quadros por segundo, pois essa era a velocidade da sincronia da fala.

Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
O poder da montagem
2009-01-02T11:40:00-03:00
Amanda Aouad
acao|Darth Vader|Especial|George Lucas|materias|
Assinar:
Postar comentários (Atom)
cadastre-se
Inscreva seu email aqui e acompanhe
os filmes do cinema com a gente:
os filmes do cinema com a gente:
No Cinema podcast
mais populares do blog
-
"Sempre pense antes de agir", esta é a frase que Eugene Brown diz aos seus alunos ao ensinar-lhes xadrez . Uma lição que vai além...
-
Os cinéfilos de Salvador já podem comemorar. Nessa terça-feira, dia 06 de maio, terá a primeira sessão do Cineclube Glauber Rocha . O filme...
-
Não deixa de ser curioso que o filme Getúlio tenha estreado no dia 01 de maio, Dia do Trabalho. O "pai dos pobres" foi, de fato,...
-
Martin Scorsese , uma das maiores lendas vivas do cinema , encontrou mais um momento de consagração com Os Infiltrados (2006). Em um casame...
-
Destinos à Deriva (2023) é um filme que nos conduz a um mergulho nas profundezas do desespero humano, onde a sobrevivência se transforma ...